A comédia “Auto da Compadecida”, obra de Ariano Suassuna com adaptação de Bento Júnior que recebeu das mãos do próprio Autor
o direito de montar e apresentar entra em cartaz, aos sábados e domingos do mês
de agosto, no Teatro Ednaldo do Egypto, sempre às 20h.
Apresentada por um elenco de novos talentos paraibanos, sob
a direção de Alberto Black, “Auto da Compadecida”, já foi por diversas vezes
encenado no Brasil e no exterior, sendo no cinema, um grande sucesso de público
e bilheteria. “Assinar a direção da peça Auto da Compadecida é viajar pela
cultura nordestina e curtir a essência de Ariano Suassuna e os seus valores”,
diz Alberto Black.
“Auto da Compadecida” presta uma homenagem à atriz Socorro
Rapôso, a Compadecida desde a primeira montagem da peça que foi escrita em 1955
e montada pela primeira vez em 1956, pelo Teatro Adolescente do Recife, com a
direção de Clênio Wanderley. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi
considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno
teatro brasileiro".
Com a
participação especial no elenco do ator Bento Júnior, a produção de Alblack
Produções, realização do Grupo de Teatro Circo Sem Pano, “Auto da
Compadecida”, conta com o apoio cultural do Juarez Carneiro
Studio, Jornal da Paraíba Clube do Assinante, Panificadora Manaíra, Preview Produtora, SATED-PB e Centro de
Arte e Cultura Municipal Teatro Ednaldo do Egypto.
Os ingressos custam R$ 20 (inteira), R$ 10 (estudante) e
estão à venda na bilheteria do Teatro Ednaldo do Egypto que fica localizado na Avenida Maria Rosa, 284,
Manaíra. Informações: 3214-8021/8819-5039.
Crédito das fotos: Juarez Carneiro Studio.
Auto da Compadecida:
Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de auto, em
três atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna.
É um drama do Nordeste do Brasil. Insere elementos da tradição
da literatura de cordel, do gênero comédia, apresentando traços do barroco
católico brasileiro, misturando cultura popular e tradição religiosa. Apresenta
na escrita traços de linguagem oral por demonstrar na fala do personagem sua
classe social, como também regionalismos, pelo fato da história se passar no
nordeste, onde o autor nasceu.
Socorro Rapôso:
Natural da cidade de Souza, na Paraíba, pernambucana de
coração é considerada uma pessoa especial no Teatro Pernambucano. Com 81
anos de idade (24 de junho), foi ela quem viveu a Compadecida na primeira
montagem da peça, em 1956, sob direção de Clênio Wanderley, com o Teatro
Adolescente do Recife. O curioso é que ainda hoje, na versão da sua Dramart
Produções, comemoram 20 anos em cartaz circulando pelo Brasil e ela ainda faz o
mesmo papel. Na época da primeira montagem, o grupo atraiu as atenções do
Brasil para Ariano Suassuna, dramaturgo até então desconhecido, quando ganhou o
I Festival de Amadores Nacionais no Rio de Janeiro, no Teatro Dulcina, em 1957.
“A cortina fechou e abriu nove vezes. Foi apoteótico”, lembra Socorro
Rapôso.
Em entrevista ao Jornal do Brasil (RJ), ela declarou:
“Aprendi o papel poucos dias antes de subir ao palco. Estava tão tensa que tive
um branco total. Mas, graças ao Divino Espírito Santo, as palavras me voltaram
à cabeça. Foi um milagre”, brinca. Socorro que foi convocada às pressas para
substituir a atriz que acabara de desistir do personagem. Clênio Wanderley, o
diretor da primeira versão, era seu dentista e foi ele mesmo quem a convidou.
Naquela noite da estreia, depois de ser aplaudidíssima, inclusive por um Ariano
Suassuna bastante emocionado, Socorro saiu do Teatro Santa Isabel direto para o
hospital. Estava inchada e ardendo com 40 graus de febre.
Em 1992, resolveu montar a mesma peça que se transformou
num dos maiores sucessos do teatro pernambucano. Não é à toa que a
montagem já comemorou 20 anos de aplausos por todo o Brasil (muito antes de
qualquer microssérie de TV), visitando o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas
Gerais, Amazonas, Ceará, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Sergipe
e muitas cidades em Pernambuco, sempre com teatros lotados.
Socorro é dentista e exerce a profissão há mais
de 40 anos. É também proprietária do Espaço Cultural Inácia Rapôso, na Rua
da Glória, 465 – Boa Vista, onde muitos artistas realizam ensaios e cursos
de dança, teatro, violão, moda e outras atividades culturais. Ela nem casou nem
teve filhos, aliás, diz que as 24 pessoas que trabalham com ela na peça são os
seus “filhos adotivos”.
Socorro também foi destaque na Escola de Samba
Império Serrano, na homenagem a Ariano Suassuna, em 2002, quando parte do
elenco da peça dividiu o carro “Auto da Compadecida” com atores da microssérie
da Globo. O convite feito a ela foi um desejo do próprio Suassuna. Mesmo com
toda a sua admiração a Fernanda Montenegro, Compadecida na TV e no cinema, o
autor pediu que o posto fosse dado a Socorro, segundo ele “a minha Compadecida
de ontem, hoje e sempre”. Socorro Rapôso participa todos os anos da “Paixão de
Cristo do Recife”. Entre seus outros trabalhos como atriz, destacam-se “Batalha
dos Guararapes”, “Cantarim de Cantará”, “A Comédia do Amor”, “O Menino do Dedo
Verde” e “Cadeira Vazia”. Fez ainda a leitura dramática “Flores d’América”,
texto de João Denys. Atualmente, além do “Auto da Compadecida”, produz a peça
“Palhaços – O Reverso do Espelho”, com direção de Célio Pontes, ambas pela
Dramart Produções.
Bento
Júnior:
Bento Júnior é um dos grandes admiradores do paraibano
Ariano Suassuna. Na década de 80, foi um dos jovens atores paraibanos a fundar
e compor um grupo comunitário de teatro de rua, o Boca de Forno, que tinha como
pressuposto trabalhar em cima das questões políticas do momento, até porque
naquele período o Brasil vivia resquícios do golpe de 64 e tinha João Batista
como último presidente daquele movimento militar. Através deste grupo, Bento
Júnior montou o espetáculo teatral Circo Sem Pano, que fez várias apresentações
em praças, mercados, escolas, universidades, hospitais, centros de cultura,
palcos tradicionais etc.
Na sua trajetória artística participou de aulas teatrais
com Fernando Teixeira, Ednaldo do Egypto, Geraldo Jorge, Fernando Abath,
Margarida Cardoso, João Costa, Alarico Correia Neto e Buda Lira. Destas aulas
nasceu o espetáculo teatral “No Amor Somos Todos Reacionários”. Neste
espetáculo foram trabalhados vários textos do dramaturgo pernambucano Nelson
Rodrigues, dirigido por João Costa, com temporada nos teatros paraibanos.
Em 1985 teve a honra de atuar no espetáculo “A Cabeça da
Santa”, dirigido por Tarcísio Pereira, quando da inauguração do Teatro
Yrácles Pires, em Cajazeiras/PB. No mesmo ano, Bento Júnior entrou para a UFPB no Curso de Artes, com
Habilitação em Artes
Cênicas fazendo diversos experimentos teatrais ao lado de
Beto Quirino, Kennedy Costa, Paulo Ditarso e Glória Pordeus.
Alberto
Black:
“Assinar a direção de “Auto da Compadecida” é
viajar pela cultura nordestina e curtir a essência de Ariano Suassuna e os seus
valores. O teatro é uma atividade bastante rica e empolgante
depois de estarmos envolvidos nela. O fazer teatro requer duas coisas
fundamentais: Paciência e Persistência, isto independe do grupo. A
dificuldade na leitura, a falta de concentração e a imaturidade contribuem para
o exercício do sofrimento do diretor, sofrimento no bom sentido, onde ao
perceber as dificuldades, vislumbra nelas as soluções. A expectativa
existente na representação e na apresentação dos alunos é algo que só se
manifesta na véspera de uma apresentação, ou melhor, minutos antes dela.
Nossa intenção é formar atores e atrizes, contribuindo na
formação de bons cidadãos que têm direito à educação e à cultura. Exercite sua
emoção vá ao teatro!” Alberto Black.
Sobre o Grupo de Teatro Circo Sem Pano:
Fundado em 1991, o Grupo de Teatro Circo Sem Pano é de João
Pessoa-PB e coordenado pelo ator Bento Júnior montando
diversos espetáculos teatrais, inicialmente com alunos da rede pública de
ensino, do Estado da Paraíba e do Município de João Pessoa. Pelo Grupo de Teatro Circo Sem Pano já
passaram diversos nomes do teatro paraibano, Cris Maurício, Kleyton Cruz,
Alberto Black, Luciana Portela e outros. E
em parceria com Alberto Black o grupo montou “Auto da Compadecida” de 2001 a 2007, fazendo a sua
estreia no Theatro Santa Roza, no dia 12 de dezembro. Realizou outras
apresentações no Teatro Paulo Pontes, fez temporada no Teatro Ednaldo do
Egypto, dentro do Projeto “Teatro nas férias” no mês de julho, realizado pela
Egyptu`s Produções. Participou ainda da X Mostra Estadual de Teatro, no Theatro
Santa Roza, e do Prêmio Ednaldo do Egypto de Teatro, no Teatro Ednaldo do
Egypto.
Ficha Técnica
Autor: Ariano Suassuna
Adaptação: Bento Júnior
Direção
Geral: Alberto Black
Assistente
de Direção: Bento Júnior
Elenco:
Chris Maurício: João Grilo
Ítalo Rômany: Chico e Diabo
Andry Lira: Mulher do Padeiro e Cangaceira
Diego Machado: Padeiro e Cangaceiro
Arlysson Araújo: Padre João
Israel Ferbar: Bispo e Cangaceiro
Edilza Detmering: Cangaceira Anastácia
Mariana Petite: A Compadecida, Cangaceira Joana, Gatinha e Irmã das Almas
Nathanael Alves Filho: Jesus, Cangaceiro Zumbi e Major Antônio Morais.
Ítalo Rômany: Chico e Diabo
Andry Lira: Mulher do Padeiro e Cangaceira
Diego Machado: Padeiro e Cangaceiro
Arlysson Araújo: Padre João
Israel Ferbar: Bispo e Cangaceiro
Edilza Detmering: Cangaceira Anastácia
Mariana Petite: A Compadecida, Cangaceira Joana, Gatinha e Irmã das Almas
Nathanael Alves Filho: Jesus, Cangaceiro Zumbi e Major Antônio Morais.
Participação especial: Bento
Júnior como Severino do Aracaju.
Cenografia
e figurino: Alberto
Black e Bento Júnior.
Confecção
do figurino: Antônia
Pereira Soares
Direção
e operação de imagens: Adilson Luiz
Montagem
e edição do vídeo: Eduardo Correia Preview Produtora
Cenotécnico: Ítalo Rômany
Projeto
de Iluminação: Ítalo Rômany
Operador
de Luz: Marcelo Martins
Criação
de Cabelo e Maquiagem: Elenco do
Grupo de teatro Circo Sem Pano
Composição
da Trilha Sonora: Quinteto Itacoatiara
Operador
de Som: Gorette
Araújo e Marcelo Martins
Sonoplastia: Alberto Black
Arte Designer: Amadeus Coisethal
Fotografia: Juarez Carneiro Studio
Serviço:
Espetáculo “Auto
da Compadecida”
Local: Teatro Ednaldo do Egypto
Endereço Avenida Maria Rosa, 284, Manaíra.
Acesso
para deficiente físico
Ar
condicionado
Capacidade:
170 pessoas
Dias: Sábados e domingos do mês de agosto.
Horário: 20h
Ingressos: R$ 20,00 (inteira)
R$ 10,00 (estudante)
Forma
de pagamento: Dinheiro
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Informações: (83) 3214-8021
Pontos
de venda: Centro de Arte e Cultura
Municipal Teatro Ednaldo do Egypto.
Apoio Cultural: Juarez
Carneiro Studio, Jornal da Paraíba Clube do Assinante, Panificadora Manaíra, Preview Produtora, SATED-PB,
Panificadora Manaíra e Centro de Arte e Cultura Municipal
Teatro Ednaldo do Egypto.
Agradecimentos
especiais: A
Gráfica, Sonho Doce, D&F
Studio de Beleza, Gorette Araújo e Adilson Luiz.
Assessoria
de Imprensa: Sheilla Martins
Produção: Alblack
Produções
Realização: Grupo de Teatro Circo Sem Pano
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