A comédia “Auto
da Compadecida”, obra de Ariano Suassuna (com montagem paraibana e
adaptação de Bento Júnior, que recebeu das mãos do próprio Autor o direito
de montar e apresentar) estará em cartaz na terça-feira, 13 de novembro, com
única apresentação às 20h, no Cine-Teatro Polytheama, situado à Rua Marechal
Deodoro da Fonseca ,Centro, em Goiana/PE.
Apresentada por um
elenco de novos talentos paraibanos, sob a direção de Alberto Black, esta
montagem “Auto da Compadecida”, ganhou no FESTATY 2012(Festival de Teatro de
Santa Rita-PB), 04 troféus de melhor espetáculo, direção, ator e maquiagem.
“Auto da
Compadecida” presta uma homenagem à atriz Socorro Rapôso, a Compadecida desde a
primeira montagem da peça, que foi escrita em 1955 e montada pela primeira vez
em 1956, pelo Teatro Adolescente do Recife, com a direção de Clênio Wanderley.
Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por
Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".
Com a participação especial no elenco do ator Bento
Júnior, e produção de SM Assessoria & Produções e Alblack Produções,
realização do Grupo de Teatro Circo Sem Pano, “Auto da Compadecida”,
conta com o apoio cultural do Blog do Anderson Pereira,
Restaurante Buraco da Gia, Pousada e Restaurante Por do Sol, Juarez
Carneiro Studio, JB Designer, Adesivo 2 e SATED-PB.
Os ingressos estão à venda com preço único no valor de R$
10,00 (dez reais), no Restaurante Buraco da Gia, localizado na Rua
Padre Anselmo Batalha, 100, Centro. Informações: (081) 3626-0150
Auto da Compadecida:
Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de
auto, em três atos, escrita em
1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna.
É um drama do Nordeste do Brasil. Insere elementos da
tradição da literatura de cordel, do gênero comédia, apresentando traços do
barroco católico brasileiro, misturando cultura popular e tradição religiosa.
Apresenta na escrita traços de linguagem oral por demonstrar na fala do
personagem sua classe social, como também regionalismos, pelo fato de a
história se passar no nordeste, onde o autor nasceu.
Socorro Rapôso:
Natural da cidade de Souza na Paraíba e pernambucana de
coração, é considerada uma pessoa especial no Teatro Pernambucano. Com 81
anos de idade (24 de junho), foi ela quem viveu a Compadecida na primeira
montagem da peça, em 1956, sob a direção de Clênio Wanderley pelo Teatro
Adolescente do Recife. O curioso é que ainda hoje, na versão da sua Dramart
Produções, comemoram 20 anos em cartaz circulando pelo Brasil e ela ainda faz o
mesmo papel. Na época da primeira montagem, o grupo atraiu as atenções do
Brasil para Ariano Suassuna, dramaturgo até então desconhecido, quando ganhou o
I Festival de Amadores Nacionais no Rio de Janeiro, no Teatro Dulcina, em 1957.
“A cortina fechou e abriu nove vezes. Foi apoteótico”, lembra Socorro
Rapôso.
Em entrevista ao Jornal do Brasil (RJ), ela declarou:
“Aprendi o papel poucos dias antes de subir ao palco. Estava tão tensa que tive
um branco total. Mas, graças ao Divino Espírito Santo, as palavras me voltaram
à cabeça. Foi um milagre”, brinca. Socorro que foi convocada às pressas para
substituir a atriz que acabara de desistir do personagem. Clênio Wanderley, o
diretor da primeira versão, era seu dentista e foi ele mesmo quem a convidou.
Naquela noite da estreia, depois de ser aplaudidíssima, inclusive por um Ariano
Suassuna bastante emocionado, Socorro saiu do Teatro Santa Isabel direto para o
hospital. Estava inchada e ardendo com 40 graus de febre.
Em 1992, resolveu montar a mesma peça que se transformou
num dos maiores sucessos do teatro pernambucano. Não é à toa que a
montagem já comemorou 20 anos de aplausos por todo o Brasil (muito antes de
qualquer microssérie de TV), visitando Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais,
Amazonas, Ceará, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Sergipe e muitas
cidades em Pernambuco, sempre com teatros lotados.
Socorro é dentista e exerce a profissão há mais
de 40 anos. É também proprietária do Espaço Cultural Inácia Rapôso, na Rua
da Glória, 465 – Boa Vista - Recife, onde muitos artistas realizam ensaios
e cursos de dança, teatro, violão, moda e outras atividades culturais. Ela nem
casou nem teve filhos, aliás, diz que as 24 pessoas que trabalham com ela na
peça são os seus “filhos adotivos”.
Socorro também foi destaque na Escola de Samba
Império Serrano, na homenagem a Ariano Suassuna, em 2002, quando parte do
elenco da peça dividiu o carro “Auto da Compadecida” com atores da microssérie
da Globo. O convite feito a ela foi um desejo do próprio Suassuna. Mesmo com toda
a sua admiração a Fernanda Montenegro, Compadecida na TV e no cinema, o autor
pediu que o posto fosse dado a Socorro, segundo ele “a minha Compadecida de
ontem, hoje e sempre”. Socorro Rapôso participa todos os anos da “Paixão de
Cristo do Recife”. Entre seus outros trabalhos como atriz, destacam-se “Batalha
dos Guararapes”, “Cantarim de Cantará”, “A Comédia do Amor”, “O Menino do Dedo
Verde” e “Cadeira Vazia”. Fez ainda a leitura dramática “Flores d’América”,
texto de João Denys. Atualmente, além do “Auto da Compadecida”, produz a peça
“Palhaços – O Reverso do Espelho”, com direção de Célio Pontes, ambas pela
Dramart Produções.
Bento Júnior:
Bento Júnior é um dos grandes admiradores do
paraibano Ariano Suassuna. Na década de 80, foi um dos jovens atores paraibanos
a fundar e compor um grupo comunitário de teatro de rua, o Boca de Forno, que
tinha como pressuposto trabalhar em cima das questões políticas do momento, até
porque naquele período o Brasil vivia resquícios do golpe de 64 e tinha João
Batista como último presidente daquele movimento militar. Através deste grupo,
Bento Júnior montou o espetáculo teatral Circo Sem Pano, que fez várias
apresentações em praças, mercados, escolas, universidades, hospitais, centros
de cultura, palcos tradicionais etc.
Na sua trajetória artística participou de aulas teatrais
com Fernando Teixeira, Ednaldo do Egypto, Geraldo Jorge, Fernando Abath,
Margarida Cardoso, João Costa, Alarico Correia Neto e Buda Lira. Destas aulas
nasceu o espetáculo teatral “No Amor Somos Todos Reacionários”. Neste
espetáculo foram trabalhados vários textos do dramaturgo pernambucano Nelson
Rodrigues, dirigido por João Costa, com temporada nos teatros paraibanos.
Em 1985 teve a honra de atuar no espetáculo “A Cabeça da
Santa”, dirigido por Tarcísio Pereira, quando da inauguração do Teatro
Yrácles Pires, em Cajazeiras/PB. No mesmo ano, Bento Júnior entrou para a
UFPB no Curso de Artes, com Habilitação em Artes Cênicas fazendo diversos
experimentos teatrais ao lado de Beto Quirino, Kennedy Costa, Paulo Ditarso e
Glória Pordeus.
Alberto
Black:
“Assinar a direção de “Auto da Compadecida” é viajar pela
cultura nordestina e curtir a essência de Ariano Suassuna e os seus
valores. O teatro é uma atividade bastante rica e empolgante
depois de estarmos envolvidos nela. O fazer teatro requer duas coisas
fundamentais: Paciência e Persistência, isto independe do grupo. A
dificuldade na leitura, a falta de concentração e a imaturidade contribuem para
o exercício do sofrimento do diretor, sofrimento no bom sentido, onde ao
perceber as dificuldades, vislumbra nelas as soluções. A expectativa
existente na representação e na apresentação dos alunos é algo que só se
manifesta na véspera de uma apresentação, ou melhor, minutos antes dela.
Nossa intenção é formar atores e atrizes, contribuindo na
formação de bons cidadãos que têm direito à educação e à cultura. Exercite sua
emoção vá ao teatro!” Alberto Black.
Sobre o Grupo de Teatro Circo Sem
Pano:
Fundado em 1991, o Grupo de Teatro Circo Sem Pano
é de João Pessoa-PB e coordenado pelo ator Bento Júnior montando
diversos espetáculos teatrais, inicialmente com alunos da rede pública de ensino, do Estado da Paraíba e do
Município de João Pessoa. Pelo Grupo de Teatro Circo Sem Pano já passaram
diversos nomes do teatro paraibano, Cris Maurício, Kleyton Cruz, Alberto Black,
Luciana Portela e outros. E em parceria com Alberto Black o grupo montou
“Auto da Compadecida” de 2001 a 2007, fazendo a sua estreia no
Theatro Santa Roza, no dia 12 de dezembro. Realizou outras apresentações no
Teatro Paulo Pontes, fez temporada no Teatro Ednaldo do Egypto, dentro do
Projeto “Teatro nas férias” no mês de julho, realizado pela Egyptu`s Produções.
Participou ainda da X Mostra Estadual de Teatro, no Theatro Santa Roza, e do
Prêmio Ednaldo do Egypto de Teatro, no Teatro Ednaldo do Egypto.
Ficha Técnica
Autor: Ariano Suassuna
Direção Geral: Alberto Black
Assistente
de Direção: Bento
Júnior
Elenco:
Andry Lira: Mulher do Padeiro e Cangaceira
Andry Lira: Mulher do Padeiro e Cangaceira
Arlysson Araújo: Padre João
Chris Maurício: João Grilo
Diego Machado: Padeiro e Cangaceiro
Edilza Detmering: Cangaceira Anastácia
Israel Ferbar: Bispo e Cangaceiro
Ítalo Rômany: Chicó e Diabo
Mariana Petite: A Compadecida, Cangaceira Joana, Gatinha e Irmã das Almas
Nathanael Alves Filho: Jesus, Cangaceiro Zumbi e Major Antônio Morais.
Participação especial: Bento Júnior como Severino do Aracaju.
Chris Maurício: João Grilo
Diego Machado: Padeiro e Cangaceiro
Edilza Detmering: Cangaceira Anastácia
Israel Ferbar: Bispo e Cangaceiro
Ítalo Rômany: Chicó e Diabo
Mariana Petite: A Compadecida, Cangaceira Joana, Gatinha e Irmã das Almas
Nathanael Alves Filho: Jesus, Cangaceiro Zumbi e Major Antônio Morais.
Participação especial: Bento Júnior como Severino do Aracaju.
Cenografia
e figurino: Alberto Black e Bento Júnior.
Confecção
do figurino: Antônia Pereira Soares
Direção
e operação de imagens: Adilson Luiz
Montagem
e edição do vídeo: Eduardo Correia - Preview Produtora
Cenotécnico: Ítalo Rômany
Projeto
de Iluminação: Ítalo
Rômany
Operador
de Luz: Marcelo
Martins
Criação
de Cabelo e Maquiagem: Elenco do Grupo de Teatro Circo Sem Pano
Composição
da Trilha Sonora: Quinteto
Itacoatiara
Operador
de Som: Gorette
Araújo e Marcelo Martins
Sonoplastia: Alberto Black
Arte
Designer: Amadeus Coisethal
Fotografia: Juarez Carneiro Studio
Serviço:
Espetáculo “Auto
da Compadecida”
Local: Cine-Teatro Polytheama
Endereço Rua
Marechal Deodoro da Fonseca, Centro, Goiana/PE.
Acesso
para deficiente físico
Ar
condicionado
Capacidade:
230 pessoas
Dia:
13 de novembro ( terça-feira).
Horário: 20h
Ingressos: Preço único R$ 10,00
Forma
de pagamento: Dinheiro
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Informações: (081) 3626-0150
Ponto
de venda: Restaurante
Buraco da Gia, localizado na Rua Padre Anselmo Batalha, 100, Centro,
Goiana/PE.
Apoio Cultural: Blog do Anderson Pereira, Restaurante
Buraco da Gia, Pousada e Restaurante Por do Sol, Juarez Carneiro Studio, JB Designer, Adesivo 2 e SATED-PB.
Agradecimentos
especiais: Neto
(Administrador do Teatro Polytheama), empresário Daniel Fonseca e Layronys
Veríssimo.
Assessoria
de Imprensa e Produção local: Sheilla Martins, Ítalo Rômany e Edilza Detmering.
Produção
nacional: SM
Assessoria & Produções e Alblack Produções.
Realização: Grupo de Teatro Circo Sem Pano
Postar um comentário