Azul
Resplendor é uma comédia que promove, através de uma rara combinação entre humor
ácido e delicadeza, o encontro marcado que cada um tem consigo mesmo.
Renato
Borghi e Elcio Nogueira Seixas conheceram Eduardo Adrianzén, autor de destaque
da dramaturgia contemporânea do Peru, enquanto realizavam o projeto Embaixada
do Teatro Brasileiro (2008/2009) em países Ibero-americanos para promover o
teatro brasileiro e incentivar o intercâmbio entre as dramaturgias produzidas
em espanhol e português. O texto original de AZUL RESPLENDOR, apresentado por
Adrianzén a eles, causou o mesmo arrebatamento na atriz Eva Wilma. Estava
decidido que seria montado no Brasil.
A
estreia em 18 de julho / 2013, no Teatro
Renaissance, marca os 60 anos de carreira e 80 de vida da atriz Eva Wilma
e reúne num mesmo palco várias gerações de atores: Renato Borghi, Guilherme Weber, Luciana
Borghi, Débora Veneziani e Felipe Guerra. A montagem conta ainda com Renato
Borghi e Elcio Nogueira Seixas, que dividem a direção pela primeira vez nos
mais de 20 anos de parceria no teatro. Não há homenagem mais perfeita para uma
atriz da envergadura de Eva Wilma que a montagem de uma peça que celebra com
inteligência o próprio fazer teatral.
SOBRE AZUL RESPLENDOR
Escrita por Adrianzén em 2005 é um retrato do ofício do ator. Mas um
retrato sem retoques. Apesar de situada na atualidade, a peça revela os
bastidores de todos os teatros em todos os tempos. O texto expõe com clareza e
ironia os
jogos de poder, os afetos, as ambições, as inspirações, as vaidades, as
ilusões, as carências, as invenções, as manias e as frustrações dos
atores quando se juntam para ensaiar uma peça. Para desvelar os bastidores dos
palcos, o dramaturgo se valeu de uma galeria de personagens bem conhecidos no
mundo do Teatro: a célebre atriz dramática aposentada precocemente, o eterno coadjuvante recalcado, o
diretor arrogante e prepotente, a assistente de direção sem identidade e os
atores jovens em busca de fama e poder a qualquer preço.
Blanca Estela (Eva
Wilma) é uma grande dama do teatro afastada de seu ofício há mais de 30 anos.
Inesperadamente, ela recebe a visita de seu mais devotado fã – Tito Tápia
(Renato Borghi), um ator sem nenhuma expressão que passou a maior parte de sua
vida cuidando da mãe doente e fazendo “pontas” no teatro e na televisão.
De posse da herança
e com uma peça de sua autoria escrita em memória da mãe falecida, Tito decide
procurar Blanca Estela para confessar seu antigo amor e lhe fazer uma proposta
para que ela retorne aos palcos como protagonista de sua obra.
Apesar de ter sido
um dos maiores nomes do teatro, Blanca Estela alimenta um amargo desprezo pelo
mundo do teatro, o que motivou sua aposentadoria precoce. Mas, por razões que
só ficarão claras ao final da peça, a grande diva decide aceitar a proposta de
Tito, desde que a peça seja dirigida por um nome de peso. Tito decide chamar o
maior diretor teatral da atualidade: Antônio Balaguer (Guilherme Weber).
Considerado um gênio e cercado por uma equipe que o idolatra, o badalado
encenador promete surpreender o público montando “o espetáculo da década”.
“Adrianzén transmite com graça e extrema agudeza os conflitos que se
desenrolam no competitivo universo dos atores. Em uma época de culto às
celebridades, AZUL RESPLENDOR trata de maneira crítica e bem humorada o ávido
interesse que o público tem dedicado à vida privada dos artistas”, diz Borghi.
AZUL RESPLENDOR também irá revelar ao público e aos artistas
brasileiros mais um exemplo da excelente dramaturgia produzida por nossos
vizinhos latino-americanos. O espetáculo foi um grande sucesso no Peru e seu
autor, Eduardo Adrianzén, é um dos dramaturgos contemporâneos de maior destaque
no mundo hispânico. Além de teatro, é também autor de telenovelas, o que lhe
oferece um panorama completo da vida dos atores profissionais.
A encenação é totalmente focada no trabalho dos atores e
sua interação com a luz. O texto de Eduardo Adrianzén sugere que a cena nua é
sustentada apenas pela iluminação e objetos essenciais à ação.
Ficha Técnica:
Elenco: EVA WILMA, RENATO BORGHI, GUILHERME WEBER, LUCIANA
BORGHI, DÉBORA VENEZIANI E FELIPE GUERRA.
Texto: EDUARDO
ADRIANZÉN (PERU)
Tradução: RENATO
BORGHI e ELCIO NOGUEIRA SEIXAS
Direção Geral: RENATO
BORGHI e ELCIO NOGUEIRA SEIXAS
Luz: LÚCIA
CHEDIECK
Cenário: ANDRÉ CORTEZ
Figurino: SIMONE MINA
Trilha Sonora: ALINE MEYER
Vídeos: RENATO ROSATI
Fotos: JOÃO CALDAS
Direção de
Produção: ANDRÉ MELLO
Realização: RENATO BORGHI PRODUÇÕES ARTÍSTICAS LTDA
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