CORREIO DAS ARTES DO MÊS DE OUTUBRO TRAZ COMO MATÉRIA DE CAPA UM ENSAIO DO JORNALISTA, ESCRITOR E HISTORIADOR BRUNO GAUDÊNCIO SOBRE A HISTÓRIA DA PRODUÇÃO LITERÁRIA DE CAMPINA GRANDE

O Correio das Artes do mês de outubro lançado no último domingo do mês (31), encartado em A União, oferece uma das melhores opções de leitura, para quem gosta de se manter atualizado com assuntos de arte e cultura. O suplemento traz como matéria de capa um ensaio do jornalista, escritor e historiador Bruno Gaudêncio sobre a história da produção literária de Campina Grande, do século dezenove aos dias atuais. A edição insere-se, assim, no rol de homenagens que o jornal da Imprensa Oficial do Estado vem prestando à cidade, por ocasião do sesquicentenário de emancipação política da “Rainha da Borborema”, comemorado em outubro deste ano. Em um texto cuja construção segue o norte da precisão referencial, da concisão e da objetividade narrativa, Bruno traça um panorama histórico da produção literária de Campina Grande, destacando os principais acontecimentos, autores, obras, movimentos e instituições que marcaram a tradição literária da cidade.

Ilustram a edição dois pesos-pesados das artes visuais paraibanas: Domingos Sávio e Tonio, ambos, atualmente, com “residência” fixa em A União.

E MAIS

A pauta da edição de outubro do Correio das Artes prossegue com uma reportagem de Linaldo Guedes sobre o produtor cultural e cineasta paraibano Laércio Ferreira Filho, criador e coordenador, entre outros eventos, do Festival Sertanejo de Poesia. Na área de cinema, Laércio comemora a trajetória de seu curta metragem Antoninha, vencedor, até agora, de 15 prêmios.

Linaldo também assina uma resenha sobre o novo livro do professor, poeta e crítico de literatura Hildeberto Barbosa Filho, Essa mecânica nefasta – O Eu e os outros (Editora Idéia, 2014). “A obra é, na verdade, um diálogo com leitores qualificados da poesia de Augusto dos Anjos, onde Hildeberto aponta opiniões sobre a lírica do autor de Eu, e concorda ou contesta os argumentos apresentados pelos seus autores”, define o jornalista.

CINEMA&QUADRINHOS

O crítico de cinema e literatura João Batista de Brito prossegue com a série de entrevistas com espectadores da sétima arte. O escolhido para o segundo encontro é o jovem Jefferson Cardoso, que teve na animação e nos videogames suas primeiras paixões, no campo do audiovisual.

O escritor, ator, poeta e artista plástico W. J. Solha volta a surpreender os fãs de seu estilo “enciclopédico”, notadamente em áreas como artes visuais, cinema e literatura, com um belíssimo ensaio-ilustrado sobre a magia dos quadrinhos. “Nós todos vivemos uma História em quadrinhos”, sublinha o autor.

EM PROSA...

Para quem gosta do gênero conto, o Correio das Artes selecionou dois textos nesta modalidade, para presentear seus leitores: “Agouro”, da jornalista, professora e escritora Joana Belarmino, e “O guarda-chuva e a dúvida”, do escritor José Leite Guerra.

E POESIA...

Os destaques desta edição do Correio das Artes, na área da poesia, ficam por conta de um poema inédito do poeta carioca Alexei Bueno, “A Ariano Suassuna, meu amigo”, gentilmente cedido pelo autor, para publicação exclusiva no suplemento.

Cinco poemas do livro Ciclo vegetal, do poeta paraibano Juca Pontes, reunidos sob o título geral “Primavera”, dão um brilho especial às páginas centrais desta edição.

“Naufrágio antigo” é o título do poema de Josafá de Orós, como os demais, gentilmente cedido pelo autor, para esta edição do Correio das Artes.

ARTIGOS, ENSAIOS&CRÔNICAS

O professor Josemir Camilo de Melo revisita o gênero fantástico, utilizando suportes teóricos de Todorov, Furtado e Rozas. Entre os autores citados perfilam-se Ariano Suassuna, João Guimarães Rosa, Gabriel García Márquez, Jorge Luís Borges e Juan Rulfo.

O talento narrativo do escritor e político Carlos Lacerda, principalmente na crônica, em livros como Uma rosa é uma rosa é uma rosa e O cão negro, é o tema da coluna “Convivência Crítica”, de Hildeberto Barbosa Filho.

O professor e crítico de literatura José Mário da Silva, também em boa hora, resgata o legado literário da escritora, hoje praticamente esquecida, Ondina Ferreira, destacando, na vasta obra da autora, o romance Chão de espinhos.

O escritor cearense Caio Porfírio Carneiro participa desta edição com um artigo bem-humorado, em que rememora suas relações não tão perigosas assim com Clarice Lispector, Câmara Cascudo e Érico Veríssimo.

A professora Analice Pereira consolida sua vocação para a crítica de literatura com uma bem fundamentada análise do livro O homem que amava os cachorros, do escritor cubano Leonardo Padura, cujos protagonistas são o revolucionário russo Leon Trótski e seu assassino, Ramón Mercader.

A poeta, ensaísta e professora mineira Gláucia Machado extrai e revela, em um texto inequívoco, as indiscutíveis qualidades do livro Sob o amor, do poeta paraibano Antônio Mariano. Para Gláucia, a obra de Mariano assenta-se sobre três lastros, ou melhor, três casos que o autor mantém com a pintura, o amor e o humor.

Para quem pretende decifrar os mistérios semânticos do livro O ignorado, do poeta, filósofo e ensaísta Ângelo Monteiro, nada melhor do que receber o “mapa do tesouro” diretamente das mãos do autor. Em “Palavras sobre O ignorado”, Ângelo conta a história do livro e a história que o livro conta.

O editor e colunista do Correio das Artes, William Costa, transforma em quase três mil suas “Duas Palavras”, na tentativa de passar um bom recado sobre a gênese e a estrutura narrativa do romance Quarenta dias, da escritora Maria Valéria Rezende.

O gênero crônica marca presença nesta edição no texto bem humorado do poeta, professor e ensaísta Carlos Newton Júnior, que relata a gafe cometida com uma colega. Nunca pergunte a uma mulher se ela está grávida, se não tiver absoluta certeza da condição de gestante de sua interlocutora. Caso contrário, o resultado pode ser embaraçoso... para ambos.

Fechando a edição, o escritor e professor Rinaldo de Fernandes, dando continuidade à série “anotações sobre romances”, capítulo quatro, em sua coluna “Ponto de Vista Crítico”, analisa o romance Dois rios, da escritora Tatiana Salem Levy. Por falar em Rinaldo, o autor está com romance novo na praça, Romeu na estrada, com selo da Editora Garamond, do Rio de Janeiro.

SOBRE O SUPLEMENTO

O Correio das Artes – suplemento de artes e literatura do jornal A União, da Imprensa Oficial do Estado da Paraíba, é considerado uma das mais importantes publicações do jornalismo cultural paraibano, com ampla repercussão local e nacional. Fundado no governo republicano de Álvaro Machado, o jornal A União circulou pela primeira vez no dia 2 de fevereiro de 1893. Criado pelo jornalista Édson Régis, o suplemento fez sua estreia em 27 de março de 1949.

O Correio das Artes publica artigos, ensaios, crônicas, contos e poemas, além de fotos e reportagens, assinados tanto por veteranos como por jovens talentos, e seu escrete opinativo é formado pelos professores Milton Marques Júnior, João Batista de Brito, Hildeberto Barbosa Filho, Edônio Alves, Expedito Ferraz, Amador Ribeiro Neto, Rinaldo de Fernandes e Carlos Newton Júnior, além do jornalista William Costa, seu atual editor.

Críticas, sugestões e colaborações, para o Correio das Artes, devem ser enviadas para o endereço eletrônico: editor.correiodasartes@gmail.com
 
Texto/fonte: William Costa










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