SAIBA MAIS SOBRE QUEM PARTICIPA DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DAS ARTES

Pesquisadores, artistas, produtores, gestores públicos, privados e sociedade civil em geral estão sendo chamados a colaborar com a construção da Política Nacional das Artes (PNA), conduzida pelo Ministério da Cultura (MinC), e pela Funarte (Fundação Nacional de Artes). O processo de elaboração foi lançado em seminário nesta terça-feira (9 de junho), no Rio de Janeiro. O objetivo é sistematizar um conjunto de políticas públicas consistentes e duradouras para as artes brasileiras.

O Brasil inteiro colabora. Três grupos coordenam o processo de elaboração, cada um com configuração e funções específicas. Esses três grupos são: Comitê Executivo, Articuladores e Consultores.
 
O Comitê Executivo é formado pelo Ministro da Cultura, Juca Ferreira, pelo secretário-executivo do MinC, João Brant, o secretário de Políticas Culturais do MinC, Guilherme Varella, o assessor especial do ministro Adriano de Angelis, o presidente da Funarte, Francisco Bosco, e o diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, Leonardo Lessa.

O grupo de Articuladores conta com seis profissionais das seguintes áreas: artes visuais, circo, dança, literatura, música e teatro. Os articuladores foram escolhidos pelo Comitê Executivo pela competência e atuação profissional na articulação e no debate político no campo de suas respectivas linguagens.
 
“Os seis articuladores compõem um grupo de perfis híbridos e abrangentes. Contaremos com pesquisadores, artistas, produtores e ex-gestores públicos e privados que, juntos, poderão construir debates aprofundados sobre o presente e o futuro das artes no Brasil”, definiu o presidente da Funarte, Francisco Bosco.

Já o grupo de Consultores trabalhará na pesquisa, análise, sistematização e elaboração das informações produzidas nas viagens da “Caravana das Artes”. Eles serão selecionados por meio de um edital que será lançado em parceira com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e atuarão em parceria com os Articuladores.

A “Caravana das Artes” é um dos quatro eixos de ação de construção da PNA e consiste em viagens aos 26 estados e Distrito Federal com o objetivo de reunir contribuições de propostas em rodas de conversa setoriais. Essas viagens terão início no segundo semestre deste ano.
 
Os demais eixos de ação da PNA são os Seminários Temáticos, que serão realizados em parceria com a Fundação Casa de Rui Barbosa, os Encontros Setoriais (já foram realizados dois: Encontro com o Teatro e Encontro com o Circo) e a Plataforma Digital, que estará aberta à participação social.

Confira o perfil dos Articuladores:

Cacá Machado (música)

É compositor, historiador e professor das universidades Estadual de Campinas (IAR/Unicamp) e de São Paulo (USP). É autor dos livros “O enigma do homem célebre: ambição e vocação de Ernesto Nazareth”, “Tom Jobim” e “Todo Nazareth – obras completas”, entre outros artigos e ensaios. Foi pesquisador no Departamento de Música da Columbia University (EUA) e professor na Universidade Anhembi Morumbi. Dirigiu o Centro de Estudos Musicais do Auditório Ibirapuera (SP, 2011) e o Centro de Música da Funarte, de 2009 a 2010. Como compositor, lançou o CD autoral eslavosamba (2013) e compôs músicas para televisão, cinema e teatro.

Jacqueline Medeiros (artes visuais)

Bacharel em Artes Visuais pela Faculdade Grande Fortaleza, mestre e doutoranda em História e Crítica da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Jacqueline Medeiros é responsável pelas artes visuais do Centro Cultural Banco do Nordeste de Fortaleza (CE). Em 2013, assumiu a gerência interina durante o período de relocalização da sede do CCBNB e, em 2015, articula e implanta a primeira ação do projeto “Viva o Centro Fortaleza” de promoção para ocupação cultural no centro histórico da cidade. Ela é co-organizadora do livro “Roberto Pontual: Obra crítica”, com artigos publicado em anais de congressos e revistas especializadas da área. Participou de várias comissões de seleção de editais públicos de artes visuais em Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro.
 
Júnior Perim (Circo)

Produtor e ativista cultural, é cofundador e coordenador executivo do Circo Crescer e Viver, organização não governamental que associa a cultura e as artes circenses a conceitos pedagógicos em atuação com jovens de territórios e classes populares. É membro e articulador internacional da Rede Circo do Mundo Brasil e membro do secretariado executivo da Rede Internacional de Formação em Circo Social. Foi presidente da Federação Ibero-americana de Circo (FIC). É um dos idealizadores do movimento Re-Cultura e autor do livro “Panfleto” pela coleções Tramas Urbanas. Foi membro do colegiado nacional de articuladores da Rede Circo do Mundo Brasil e representou na Rede Internacional de Formação de Formadores em Circo do Social criada pelo programa Cirque du Monde do Cirque du Soleil. Atua como consultor e avaliador de projetos organizações tais como Firjan, Itaú-Cultural, Sebrae-RJ, Fundação Vale, Petrobras, Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e realizou palestras e oficinas em países como Austrália, Canadá, Argentina, Burkina Faso, Portugal, Inglaterra, País de Gales, Bélgica, França, Chile, Peru, entre outros.

Marcelo Bones (Teatro)

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marcelo Bones participou de festivais, cursos e seminários no Brasil e exterior com seus espetáculos ou como debatedor, mediador, professor ou observador. É fundador e diretor do Grupo Teatro Andante, de Belo Horizonte, tendo participado de festivais nacionais e internacionais. É diretor executivo da Platô (Plataforma de Internacionalização do Teatro) e idealizador e coordenador do Observatório dos Festivais. Foi diretor artístico do FIT BH 2012 (Festival Internacional de Teatro Palco e Rua) e coordenador geral do FIT BH 2004. É assessor e consultor de diversos festivais de teatro no Brasil, como, por exemplo, o Festival do Teatro Brasileiro, o de Rua de Porto Alegre e o Nacional de Teatro de Fortaleza. É professor de interpretação da Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes) de Belo Horizonte desde 1989.

Foi diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, de 2008 a 2011. Formulou e gerenciou os editais para as áreas de circo, dança e teatro e criou novos. Participou do debate sobre a reforma da Lei Rouanet contribuindo na redação do projeto do ProCultura. É fundador e conselheiro nacional (2006 a 2009) do REDEMOINHO, movimento de representação de aproximadamente 70 grupos teatrais brasileiros e fundador e articulador da Rede Brasileira de Teatro de Rua.

Rui Moreira (Dança)

Bailarino, coreógrafo e investigador de culturas, Rui Moreira iniciou a carreira no fim dos anos 1970, com participações no Grupo Corpo (MG), Cisne Negro (SP), Balé da Cidade de São Paulo, Cie. Azanie (França/Lyon), Cia. SeráQuê? (MG), e atualmente na Rui Moreira Cia. de Danças (MG). Dedica-se a desenvolver criações a partir de pesquisas gestuais tendo como mote principal a diversidade cultural no Brasil. Fez curadoria da Mostra de dança contemporânea Telemig Celular Arte em Movimento (2004); FAN – Festival Internacional de Arte Negra (2003, 2005/2006, 2007 e 2009). Integra a Associação SeráQuê Cultural, da qual é sócio-fundador.
 
Sérgio Cohn (Literatura)

Criou a revista de poesia Azougue, em 1994, e, em 2000, a Azougue Editorial. Coeditou, com Fred Coelho e Heyk Pimenta, o tabloide “Atual – o último jornal da Terra”, entre 2009 e 2013. Coeditou, com Afonso Luz e Didi Rezende, a revista Nau, entre 2013 e 2014. Fez parte da Comissão Editorial da revista Poesia Sempre, da Biblioteca Nacional, entre 2011 e 2014. É autor das “Revistas de invenção – 100 revistas brasileiras de cultura, do modernismo ao século XXI (2011)”; “O sonhador insone – poesia 1994-2012″ (2012); “Roberto Piva”, coleção Ciranda da Poesia, (2012); “A reflexão atuante – ensaios interventivos e entrevistas”, (2014). Organizou uma série de volumes dedicados a personalidades como Ailton Krenak, Darcy Ribeiro, Fernando Gabeira, Gilberto Gil, Hélio Oiticica, Paulo Freire, Roberto Piva, Vinicius de Moraes e Zé Celso Martinez Correa, além de especiais dedicados a Tropicália, Geração Beat e Maio de 68.

TEXTO: AsCom/MinC.
 
 




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