EXISTE OU NÃO EXISTE “LITERATURA FEMININA”? ESCRITORAS REVELAM AO “CORREIO DAS ARTES” O QUE PENSAM SOBRE ESSA QUESTÃO

Vez ou outra uma questão vem à tona: existe ou não literatura feminina? No intuito de oferecer novas informações a quem se interessa pelo assunto, como também chamar atenção para os problemas que ainda enfrentam as escritoras, o “Correio das Artes” ouviu nove autoras paraibanas ou que, mesmo sendo naturais de outros Estados brasileiros, vivem e trabalham na Paraíba.

A edição de setembro do suplemento de literatura e artes de A União circula no próximo domingo, 25, encartado no jornal. O “Correio das Artes” é uma das mais antigas publicações, no gênero, que circulam no Brasil. Entre suas missões estão a divulgação de autores e artistas novos e consagrados e o acompanhamento crítico da produção cultural brasileira.

O Brasil perdeu, recentemente, dois mestres do jornalismo: Geneton Moraes e Goulart de Andrade. As qualidades profissionais de ambos são ressaltadas pelo professor e acadêmico José Mário da Silva, para quem, será difícil, para o país, preencher as lacunas abertas com as mortes de Goulart e Geneton, pelo nível de excelência alcançado no que fizeram em suas áreas específicas.

O depoimento pessoal é uma forma eficaz de o leitor saber mais sobre um autor ou autora de sua preferência. Por intermédio do poeta Sérgio de Castro Pinto, o “Correio das Artes” vem publicando testemunhos de personalidades literárias de todo o país, como acontece, nesta edição, com o poeta Pedro Américo de Farias, autor, entre outros livros, de “Coisas - Poemas etc”.

“Vou por aí”, primeiro livro de crônicas do professor, poeta e crítico literário Hildeberto Barbosa Filho, continua dando o que falar. Prova disso são a apresentação e a resenha da obra assinadas, nesta edição, pelos poetas Carlos Alberto Jales e Gustavo Felicíssimo. Para Jales, “Hildeberto imprensa suas crônicas de lirismo, de um sentimento poético que enriquece os textos”.

Em uma das recentes edições do projeto Pôr do Sol Literário, na Academia Paraibana de Letras (APL), o escritor e jornalista Hélder Moura fez a apresentação do livro “Grãos de esperança – 300 haicais guilhermianos”, do professor, músico e poeta Wilson Guerreiro. O “Correio das Artes” publica o texto de Hélder, que esclarece muito sobre a poética guerreira.

O poeta Francisco Gil Messias explora e revela todas as qualidades da novela “A morte de Ivan Ilitch”, de Leon Tolstói. Para ele, a novela, é “hoje um clássico indiscutível e uma das obras mais populares do autor russo, que escreveu, entre outras, as também célebres ‘Guerra e Paz’ e Ana ‘Karenina’”. Para Carpeaux, “A morte de Ivan Ilitch” é “a obra mais cruel da literatura mundial”.

A professora Genilda Azerêdo assina a resenha do filme “Aquarius”, do diretor pernambucano Kléber Mendonça Filho, cuja protagonista é a atriz Sônia Braga. Genilda, entre outras coisas, chama atenção para a questão espacial, segundo ela, uma preocupação nos filmes de Kléber Mendonça, sendo também uma problemática significativa em“Recife frio” e“O som ao redor”.

O escritor Thiago Andrade Macedo volta a incursionar pela crítica de cinema com uma resenha sobre “Chinatown”, um “clássico” do diretor Roman Polanski, cuja estrela maior é o ator Jack Nicholson, no papel do detetive Jakes Gittes. Para Thiago, o filme é um ‘thriller’ nostálgico e denso, conseguindo ser tão ou mais interessante que os melhores títulos da literatura ‘noir’.

A seção de prosa de ficção do “Correio das Artes traz”, nesta edição, contos exclusivos de Efigênio Moura (“Beradêro”), Rodrigo Novaes de Almeida (“Do amor e de outras tristezas”) e Archidy Picado Filho (“O presente de Sara”), ilustrados, respectivamente, por Tonio e Domingos Sávio, ambos, artistas dos quadros do jornal A União.

Colunistas - Rinaldo de Fernandes conclui suas anotações sobre “Matteo perdeu o emprego”, de Gonçalo M. Tavares. João Batista de Brito comenta o resultado da enquete que fez, para saber quem são os melhores atores coadjuvantes de todos os tempos. Carlos Newton Júnior faz a crônica de um milagre de São Libório. E Lívia Costa fecha a edição com suas “Tramas Visuais”.

Fonte/Texto: William Costa - Editor do Correio das Artes

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