Todos já contaram uma mentira para evitar alguma
situação constrangedora ou possíveis problemas. Contudo, a partir do momento
que constantemente são criadas histórias falsas, o indivíduo pode passar a
vivenciá-las. Neste estágio, é preciso redobrar a atenção, pois o quadro de
mitomania, ou mentira compulsiva, necessita acompanhamento psicológico. “Nesses
casos a pessoa cria uma realidade a parte e acredita nela. Geralmente são
sujeitos que possuem dificuldade em aceitar a sua própria realidade e, por
isso, escapa pela fantasia, de tornando real algo que imagina”, explica a
coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras de Linhares, Meire
Andersan Fiorot.
A docente explica que a mentira, como única
maneira de o sujeito funcionar, e não apenas como um acontecimento eventual, é
uma situação preocupante, pois, por trás da mentira está a dificuldade da
pessoa se defrontar com sua realidade. A pessoa começa a inventar diversas
situações, não apenas em sua vida pessoal, mas também no trabalho. “Não existe
uma causa única para a mentira compulsiva, já que podemos considerar um amplo
conjunto de fatores, a mentira está ligada a alguns mecanismos de defesa como o
da negação. O sujeito passa a fazer uso da mentira para usufruir, por certo
tempo, do alívio e amparo que ela pode proporcionar. Em alguns casos, essa
compulsão aparece após uma experiência traumática”.
A mitomania atrapalha a vida da pessoa em todos
os sentidos, pois o sujeito perde a noção do que é verdade ou não, além da
realidade paralela, o indivíduo tende a ficar sozinho, já que os outros tendem
a se afastar do mentiroso. “A compreensão da família e amigos pela situação do
paciente é de extrema importância. O afastamento pode agravar o caso, já que
causa mais constrangimento e o tratamento pode ser dificultado”, conclui Meire.
Foto: Reprodução/divulgação.
Foto: Reprodução/divulgação.
Fonte: S2Publicom
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