Entre os dias 11 e 15 de abril,
o Pavilhão da Bienal recebe a 14ª edição da SP-Arte – Festival Internacional de Arte de São Paulo, mais importante evento do setor na América
Latina, com a participação de galerias de 15 países expoentes no mercado das
artes. Se em 2017 a SP-Arte se
consolidou como um Festival espalhando-se pela
cidade para além dos limites do Ibirapuera, em 2018, além de dar continuidade à
expansão por São Paulo, o
evento intensifica ainda mais a sua programação dentro do Pavilhão da Bienal.
Performances de longa duração e uma seção dedicada a designers independentes,
além de galerias nacionais e estrangeiras que participam pela primeira vez,
prometem renovar a experiência dos visitantes.
"Em um cenário de instabilidade econômica do país, a solidez e
relevância conquistadas junto ao mercado garante que a SP-Arte continue sendo um destino para galeristas do mundo
inteiro. Para 2018, queremos reforçar nossas atenções nas novidades produzidas
no setor. Além da permanência de galerias já consagradas, o
Festival também reserva espaço para novos expositores, que trazem olhares
inéditos sobre a produção artística", afirma Fernanda Feitosa, diretora e
fundadora da SP-Arte.
As visitas guiadas do evento, que entraram na programação do ano passado,
também estão confirmadas para esta edição. Ao todo, mais de mil pessoas participaram
das visitas em 2017. "Neste ano, insistiremos nesta aposta, que vem ao
encontro de um de nossos principais objetivos: trabalhar pela formação de
público, tanto de novos apreciadores, como de colecionadores de arte. Queremos proporcionar a nossos visitantes uma imersão
neste universo", conta a diretora.
A agenda educativa no Pavilhão da Bienal contará não só com as visitas
guiadas temáticas, mas também com lançamentos de livros e com o Talks -
ciclo de debates com especialistas, artistas e colecionadores.
SOBRE
Expositores
Mais uma vez, a SP-Arte atrai as mais renomadas galerias de arte do mundo. Entre os nomes de destaque que retornam à Feira, estão David Zwirner e Marian Goodman (Nova York), White Cube (Londres), Neugerriemschneider (Berlim) e Kurimanzutto (Cidade do México). Já entre as galerias, Fragment (Moscou) e Cayón(Madri) são destaques entre as novatas internacionais do evento. É a primeira participação de expositores da Rússia na SP-Arte.
Mais uma vez, a SP-Arte atrai as mais renomadas galerias de arte do mundo. Entre os nomes de destaque que retornam à Feira, estão David Zwirner e Marian Goodman (Nova York), White Cube (Londres), Neugerriemschneider (Berlim) e Kurimanzutto (Cidade do México). Já entre as galerias, Fragment (Moscou) e Cayón(Madri) são destaques entre as novatas internacionais do evento. É a primeira participação de expositores da Rússia na SP-Arte.
No âmbito nacional, participam não só galerias tradicionais como Dan,
Bergamin & Gomide, Vermelho, A Gentil Carioca, Casa Triângulo, Fortes
D'Aloia & Gabriel, Luisa Strina e Millan,
mas chegam também 12 novatas, entre elas Adelina, Verve, Base e
Mapa (as duas últimas no setor Repertório apostando no resgate da
obra de artistas históricos), todas paulistanas, e a carioca Gaby
Indio da Costa.
Entre os trabalhos expostos na SP-Arte, o público poderá conferir os projetos curados Solo e Repertório,
espaços concebidos com o objetivo de evidenciar a produção de importantes nomes
da contemporaneidade. Neste ano, galerias oriundas de dez países apresentam
alguns de seus artistas mais relevantes. Conheça abaixo um pouco sobre cada um
desses espaços.
Solo
Criado em 2014, o setor dedica-se a mostras individuais de artistas
contemporâneos, proporcionando ao público uma imersão na produção e trajetória
destes nomes. Mais uma vez, Luiza Teixeira de Freitas assina a curadoria do
projeto, que neste ano reúne 16 trabalhos de gerações e estilos distintos.
"No Solo, o público se depara sempre com a possibilidade de encontrar
novos artistas e galerias. Ainda assim, o que destaco é o foco em um artista
específico, permitindo ao visitante entender e mergulhar fundo em determinada
prática. É uma oportunidade rara nos dias que correm, onde tudo é tão efêmero,
rápido e fragmentado", aponta a curadora.
Reconhecida por seu viés politizado e suas ações performáticas, a
chilena Lotty Rosenfeld (Isabel Aninat | Santiago) é
um dos destaques internacionais, assim como o suíço Dieter Roth (Zucker
Art Books | Nova York), pioneiro nas artes gráficas. Duas recém-abertas
galerias de Lisboa, Balcony e Uma Lulik, trazem dois jovens artistas
portugueses: Horácio Frutuoso e Henrique
Pavão.
O russo Ilya Fedotov-Fedorov (Fragment |
Moscou), autor de uma obra que reflete sobre a solidão existencial, marca a
estreia da Rússia no Festival. A África do Sul marca
presença celebrando a trajetória de Pedro Wirz (Blank
Projects | Cidade do Cabo), suíço-brasileiro cuja obra volta-se a um imaginário
coletivo, em referência às lendas populares locais. Estreiam também as galerias
Barro (Buenos Aires) e Parque (Cidade do México), que apresentam ao público
trabalhos do portenho Matias Duville e do equatoriano Oscar
Santillan.
Entre os brasileiros, destaque para a paulistana Marina
Weffort (Cavalo | Rio de Janeiro) e o paraibano Martinho
Patrício (Superfície | São Paulo), ambos artistas que tomam o tecido como principal
suporte para suas criações. Os desenhos, fotografias e objetos da
brasiliense Raquel Nava (Portas Vilaseca | Rio de
Janeiro) também poderão ser vistos pelo público.
Confira aqui a lista completa de galerias do setor
https://www.sp-arte.com/expositores/galerias/?setor=solo
Repertório
Como o próprio nome sugere, o setor visa contribuir para a formação de um
repertório mais amplo, de modo a facilitar a compreensão de um recorte da
produção contemporânea. A ideia é criar um diálogo entre aclamados artistas
internacionais ainda pouco conhecidos no Brasil e nomes com carreiras
historicamente relevantes para a arte brasileira,
hoje com menos visibilidade.
Novamente curado por Jacopo Crivelli Visconti, o espaço chega a sua
segunda edição mantendo uma linha cronológica, apresentando ao público
trabalhos realizados até a década de 1980. "A seleção de artistas
apresenta ao público a riqueza e a diversidade da arte produzida
ao redor do mundo numa época específica, criando contrapontos interessantes
entre obras contemporâneas, mas de contextos completamente distintos",
afirma o curador.
Entre os nomes reconhecidos mundialmente, ganham destaque o francês Christian
Boltanski (Marian Goodman | Nova York), reconhecido por obras que
tratam da fragilidade da condição humana; e o chinês Chen Zhen (Continua
| San Gimignano), artista conceitual famoso por suas esculturas de grandes
proporções e trabalhos extremamente poéticos.
No campo nacional, o setor traz telas de Loio-Pérsio (Mapa
| São Paulo), raro
exemplo do abstracionismo informal brasileiro e incansável defensor da
espontaneidade do gesto e da liberdade criativa. Destaque também para a
gaúcha Ione Saldanha (Almeida e Dale | São Paulo), pintora e escultora que
ganhou notoriedade por adotar suportes não convencionais à sua produção, como
ripas e bambus, também integra a seleção singular.
No total, 13 galerias estão confirmadas para o setor. Confira aqui a
lista completa. https://www.sp-arte.com/expositores/galerias/?setor=repertorio
Performances
A SP-Arte inaugura um
espaço totalmente dedicado à performance. Ao longo dos cinco dias do Festival, artistas selecionados apresentam cinco performances
simultâneas de longa duração, criando uma atmosfera intensa que desafia os
limites e a resistência. Essa experiência de imersão radical é um dos destaques
da programação.
Expressão artística que vem ganhando cada vez mais destaque no Brasil e no
mundo, a performance foi incorporada ao evento em 2015. Nas últimas edições, as
apresentações se espalhavam pelo Pavilhão. Este ano, porém, com o intuito de
dar ainda mais atenção e destaque ao tema, o evento estreitou seus laços
com Paula Garcia, artista, curadora independente e
colaboradora do Marina Abramovic Institute, para desenvolver um projeto inédito
em um espaço de 220 metros quadrados no segundo piso do Pavilhão. Nele,
trabalhos de artistas de diferentes backgrounds se
complementam ao mesmo tempo em que o público se sente parte do processo.
Segundo a curadora, essa disposição é inovadora por oferecer um contraponto à
dinâmica usual das feiras, onde os estandes são todos
abertos. "É um projeto muito intenso dentro de um local que não é um
espaço de arte tradicional. É uma excelente
oportunidade para que os artistas de performance criem estratégias junto ao
sistema representado pelas galerias, museus e coleções", explica.
Ao dispor os trabalhos lado a lado, Garcia promove um diálogo constante,
uma vez que todos compõem uma perspectiva única, afetando-se mutuamente. Ao
entrar nesse espaço intimista, o público também se torna parte do conjunto,
integrando uma cena complexa, que se modifica a cada segundo, enquanto as ações,
ora rápidas, ora lentas, se sucedem.
No setor, há artistas de gerações e contextos distintos. Em comum,
todos são autores de obras multidisciplinares,
que aproximam a arte contemporânea de distintos
campos do saber. A paulistana Karlla Girotto parte
da pergunta "O que pode ser manipulado num trabalho de arte?" para apresentar uma performance que
busca ampliar os multisensoriais aspectos da percepção. Usando estratégias de
manipulação, trata de materializar o que acontece entre os conceitos de corpo e
performance, ambos um sistema complexo de experiências e representação. A
questão das vestimentas e seu impacto na vida cotidiana também é abordada na
produção da plataforma criativa Brechó Replay. Criando
conexões entre arte, moda e política, seus
integrantes propõem um olhar atento ao movimento social que os leva a criar
histórias e ambientações onde corpos excluídos possam ter protagonismo.
Paul Setúbal, artista goiano indicado ao Prêmio Pipa 2017
se apropria do sistema de mercado das artes em "Compensação por
Excesso", trabalho no qual propõe um contraponto entre o valor histórico e
comercial do objeto de arte e o valor do corpo
na sociedade, em um jogo constante de tensão e sustentação.
O paulista Gabriel Vidolin, por sua vez, utiliza a
cozinha como ateliê. Na Feira, o chef tratará do poder curativo dos alimentos,
questionando a divisão entre a medicina e os conhecimentos tradicionais. Já a
dupla Protovoulia, formada por Jéssica
Goes e Rafael Abdalla, traz o
trabalho Debris. Utilizando uma grande quantidade de cinzas
proveniente de resíduos carbonizados, os dois criam um conjunto de imagens
efêmeras que remetem ao processo de construção da memória pessoal e comum.
Nesse novo formato, o setor reúne obras potentes, que, assim como a
tradição da performance, tratam de temas de impacto na esfera pública. "É
um estilo que está em diálogo profundo com a contemporaneidade, dando respostas
a partir do corpo a questões urgentes, sejam elas políticas, de gênero ou
sociais", afirma a curadora.
Design
Definir quais são os limites entre as artes visuais e o design é uma tarefa cada vez mais difícil. A SP-Arte prefere unir as forças de ambas as criações oferecendo espaço para que expositores, artistas e público convivam com ainda mais proximidade. Em sua terceira edição, reúne 33 expositores no terceiro andar do Pavilhão da Bienal. Grandes destaques do design brasileiro autoral dividem espaço com respeitados antiquários e designers independentes – a grande novidade deste ano para o setor.
Definir quais são os limites entre as artes visuais e o design é uma tarefa cada vez mais difícil. A SP-Arte prefere unir as forças de ambas as criações oferecendo espaço para que expositores, artistas e público convivam com ainda mais proximidade. Em sua terceira edição, reúne 33 expositores no terceiro andar do Pavilhão da Bienal. Grandes destaques do design brasileiro autoral dividem espaço com respeitados antiquários e designers independentes – a grande novidade deste ano para o setor.
"O mobiliário moderno brasileiro é referência no mundo todo. Hoje,
nossos designers contemporâneos também vêm criando uma produção cheia de
personalidade que é reconhecida internacionalmente. Queremos, então, reunir
todo esse potencial do design brasileiro ao Festival:
seja ele antigo, moderno ou contemporâneo, produzido em maior ou menor escala e
das mais diversas vertentes", conta Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte. Os estandes do setor apresentam
luminárias, peças de tapeçaria, além de mobiliário moderno e contemporâneo.
Tudo disposto em um ambiente que convida o público a ter um contato próximo com
as peças e interagir com os criadores.
As grandes indicadoras das tendências do mobiliário autoral estão
presentes em peso na Feira. A Firma Casa, por exemplo,
lança a coleção Astral, da arquiteta Candida Tabet com nove peças
exclusivas, inspiradas nas formas do balaústre, elemento típico da arquitetura
europeia. Referência quando o assunto é o design moderno nacional, a Etel traz
a exposição Únicos e múltiplos, que reúne obras de três
designers e arquitetos brasileiros, Jorge Zalszupin, Paulo Werneck
e Oscar Niemeyer. Um dos designers de destaque do seu time, Arthur
Casas, também será apresentado com destaque no estande. Os
Idealizadores da Ovo, Luciana Martins e Gerson de Oliveira,
apresentam ao público duas linhas inéditas: Xeque, série de seis
mesas inspiradas no jogo de xadrez, e Escrita, conjunto de
cabideiros de aço carbono com banho de bronze.
Hugo França traz dez obras inéditas, todas
produzidas com toras e raízes de pequis-vinagreiros que viveram entre 600 e
1.200 anos até morrerem em queimadas.Jaqueline Terpins assina
vasos de cristal incandescentes inspiradas em blocos de gelo e a Prototype apresenta
a campanha Red Road, cujas peças são conduzidas
pela conexão entre a pureza dos materiais e elementos xamânicos e indígenas.
Felipe Protti, que comanda a galeria, assina o mobiliário do
recém-inaugurado Vista Café, no topo do MAC.
A Herança Cultural propõe um desafio: a galeria
convidou Flávio Franco, Guilherme Wentz, Rodrigo Ohtake, Ronald Sasson e Zanini
de Zanine a produzir poltronas e pufes únicos combinados entre si sem que seus
autores saibam - eles serão vendidos sempre em combinações.
Já a estreante Micasa apresenta peças dos
ícones do surrealismo da arquitetura catalã Salvador Dalí, que assina a Leda
Chair, e Antoni Gaudí, autor do Banco Batlló e
da Calvet Chair. Também nova no Festival,
a Herman Miller é a primeira multinacional a
participar do evento: ícone do modernismo, a empresa produziu peças assinadas
por designers célebres como George Nelson, o casal Charles e Ray Eames e o
artista nipo-americano Isamu Noguchi, que se tornaram clássicos do design
industrial e tinham como prioridade a tecnologia aliada ao conforto.
Raros garimpos são apresentados em
galerias como a Passado Composto do Século XX, que traz a
tapeçaria Nordeste Seco, de Genaro de Carvalho, encomendada
na década de 1960 por Adolpho Bloch, fundador da extinta Rede Manchete. Outros
modernistas renomados como Lina Bo Bardi, Sergio Rodrigues e Joaquim Tenreiro
assinam peças de mobiliário presentes no espaço do Apartamento 61.
Expositores Independentes
Com o propósito de promover o design de criadores cuja produção não é
totalmente representada por uma galeria, a SP-Arte/2018 recebe 12 criadores independentes. É o caso de nomes
como Ana Neute, que apresenta luminárias feitas com
o capim dourado e Gustavo Bittencourt, que produziu três
peças inéditas e únicas feitas a partir do reaproveitamento de madeira de
jacarandá. Falando em sustentabilidade, o mineiro Domingos Tótora trabalha
exclusivamente com a reciclagem de papelão descartado. Para a feira, ele leva
uma série de bancos. Objetos de Brunno Jahara e
móveis assinados por Maneco Quinderé também são destaques do setor.
Antiquários
As paulistanas Resplendor Antiguidades e Arte e Homenco Antiguidades,
trazem achados antigos para a SP-Arte/2018,
assim como a mineira Sandra & Márcio, e a
baiana Cristiane Musse Arte e
Antiguidades.
Projetos especiais
Os arquitetos também marcam presença no setor, no Projeto de
Arquitetos. A exposição reúne peças dos consagrados Kiko Salomão, Ruy
Ohtake, Fernanda Marques, Bel Lobo, Leo Romano e o escritório Triptyque num
ambiente sem paredes. O Museu da Casa Brasileira também
estará presente a convite do Festival, com peças do
seu acervo que foram destacadas no Prêmio MCB.
Confira neste link a lista completa dos expositores do
setor https://www.sp-arte.com/expositores/design/
Ciclo de debates Talks
Discutir a arte na contemporaneidade, seus movimentos e tendências é a proposta da quarta edição do Talks, série gratuita de palestras e debates que integra a programação oficial da SP-Arte - Festival Internacional de Arte de São Paulo. Os encontros trazem ao público discussões aprofundadas sobre temas relacionados àarte, tais como universo digital, gênero e sexualidade, performance, arquitetura e colecionismo. Os debates ocupam novamente o Lounge Bienal, no subsolo do Pavilhão.
Discutir a arte na contemporaneidade, seus movimentos e tendências é a proposta da quarta edição do Talks, série gratuita de palestras e debates que integra a programação oficial da SP-Arte - Festival Internacional de Arte de São Paulo. Os encontros trazem ao público discussões aprofundadas sobre temas relacionados àarte, tais como universo digital, gênero e sexualidade, performance, arquitetura e colecionismo. Os debates ocupam novamente o Lounge Bienal, no subsolo do Pavilhão.
Em 2018, as conversas serão mediadas por Adriana Couto, jornalista e
apresentadora do programa Metrópolis, da TV Cultura, e contarão com a
participação de especialistas da área, colecionadores e artistas. Entre os
nomes confirmados, estão Aaron Cezar, diretor da Delfina
Foundation; Betty Duker, colecionadora
norte-americana; Giselle Beiguelman, artista e professora
da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, entre outros.
Além de gratuita, a participação no Talks garante
ao visitante o acesso ao Pavilhão ainda no mesmo dia. A distribuição de
ingressos será feita meia hora antes dos bate-papos (às 9h30 e às 14h) e a
lotação é de 300 pessoas. Confira abaixo a programação completa.
12 de abril
(quinta-feira):
Às 10h: A arte na
vanguarda da identidade de gêneros
O debate discutirá como a arte pode ser uma
plataforma legítima para a abordar a identidade sexual, além de apresentar um
panorama do que tem sido produzido por artistas trans. O painel é conduzido
por Paula Alzugaray, crítica de arte e
editora da Select, revista cuja última edição foi inteiramente dedicada ao
tema. Ariel Nobre eRosa Luz, dois
jovens artistas e ativistas trans, se juntam a ela, mostrando o vigor de seus
trabalhos e como suas criações são ferramentas
de inclusão social.
Às 11h30: Performatividade e sua conexão com as questões sociais
No ano em que o setor Performance ganha curadoria própria, a SP-Arte apresenta um painel que
expõe o quanto essa linguagem tem se conectado com os mais importantes
movimentos sociais. Paula Garcia, curadora do setor, se
junta a Bruno Mendonça (artista, pesquisador e
curador) e Maurício Ianês (artista visual) para
discutir de que forma a performatividade é influenciada e se inspira pelo que
acontece à sua volta.
Às 14h30: São Paulo nas Alturas
Organizado em parceria com a galeria de design Ovo, o debate é conduzido
por Raul Juste Lores, autor do livro São Paulo nas Alturas e editor-chefe da
revista Veja SãoPaulo. Na ocasião, ele discorrerá
sobre o "milagre arquitetônico" ocorrido em São Paulo durante os anos 1950. Como arquitetos de vanguarda
conseguiram, em uma década, erguer o Copan, o Conjunto Nacional, o Edifício
Itália, as galerias Metrópole e do Rock, além dos residenciais de Artacho
Jurado e boa parte do bairro Higienópolis? O que é necessário para São Paulo retomar a ambição de
quando se via como a Nova York do Sul? Esses são alguns
dos questionamentos que serão levantados durante o encontro.
13 de abril (sexta-feira)
Às 10h: O universo digital, novas possibilidades e caminhos para
as artes
Ao passo em que novos formatos de arte emergem
com a cultura digital e tornam-se mais acessíveis e dinâmicos, diferentes
desafios surgem neste cenário. Qual o impacto do universo digital na produção
artística e como se dá a adaptação dos artistas e das galerias nesse universo
digital? Giselle Beiguelman, artista, curadora e
professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, fala sobre seu
projeto Odiolândia, no qual reuniu depoimentos colhidos na
internet para compor um painel crítico do comportamento dos usuários das redes
sociais. Luli Radfahrer, professor de Comunicação
Digital da Escola de Comunicações e Artes da USP, resgata um histórico da
internet e projeta os impactos futuros sobre artistas e galeristas.
Às 11h30: Colecionismo e as novas práticas
Recentemente, a Delfina Foundation, importante instituição londrina que
acolhe e apoia artistas de todo o mundo, criou uma residência exclusiva para
colecionadores. Esta iniciativa foi o mote para a criação do painel, que
apresenta caminhos alternativos para o colecionismo. Entre os pontos
levantados, a atuação do colecionador moderno, que age não apenas em função de
interesses comerciais ou particulares, mas contribui com o fazer artístico,
promovendo artistas e patrocinando festivais e instituições. O diretor da
Delfina Foundation, Aaron Cezar, conversa com as
colecionadoras Betty Duker (americana, incentivadora
da arte latino-americana) e Pulane
Kingston (sul-africana, focada em artistas mulheres africanas).
Visitas guiadas
No total, serão oito roteiros, que vão se alternar durante os cinco dias de evento. São eles: Arte Contemporânea Brasileira das décadas 70/80, 80/90e a partir de 2000, Modernismo e Concretismo, Arte Contemporânea Internacional, Mulheres na Arte, além dos circuitos dos setores curados Repertório e Solo.
No total, serão oito roteiros, que vão se alternar durante os cinco dias de evento. São eles: Arte Contemporânea Brasileira das décadas 70/80, 80/90e a partir de 2000, Modernismo e Concretismo, Arte Contemporânea Internacional, Mulheres na Arte, além dos circuitos dos setores curados Repertório e Solo.
Os recortes foram pensados a partir dos artistas e trabalhos levados por
cada um dos expositores. As visitas terão partidas a cada 30 minutos,
iniciando-se sempre 1h após a abertura da Feira, se estendendo até 1h antes de
seu fechamento. Para participar, os interessados deverão se inscrever
presencialmente no balcão do primeiro piso.
Confira aqui mais detalhes sobre cada um dos roteiros
https://www.sp-arte.com/programacao/agenda/921/
Lançamentos
Neste ano, o Lounge SP-Arte irá
concentrar todos os lançamentos: três títulos serão publicados em cada evento,
que acontecem nos dias 12, 13 e 14 de abril, a partir das 17h.
Entre as publicações Cildo – estudos, espaços, tempo, livro
da editora Ubu que repassa toda a obra do artista carioca Cildo Meireles. A
Banca Tatuí apresenta Na outra margem, o Leviatã, publicação que
reúne contos de Cristhiano Aguiar.
A editora Madalena retorna à Feira, desta vem com Plano, seco e
pontiagudo e YG. O primeiro traz um registro da
fotógrafa Mônica Zarattini em viagens pelo sertão da Bahia, onde há mais de 100
anos ocorreu a Guerra de Canudos. Já o segundo título apresenta fotografias de
Antonio Saggese, feitas no Rio Tapajós entre 2015 e 2017.
A editora Cult Arte e Comunicação
apresenta ao público o livro O círculo de Theon Spanudis,
publicação biográfica do colecionador, crítico e apoiador das artes de origem
turca. Na obra, uma coletânea de trabalhos e artistas que o circundavam, entre
os quais Rubem Valentim, Alfredo Volpi e Niobe Xandó.
O artista Matheus Rocha Pitta lança o livro O ano da
mentira [The Fool's Year], desdobramento de sua
exposição homônima, pela Ikrek Edições. Tomando o jornal como fonte essencial
de sua produção, o autor coleta imagens de manifestações e elabora um
calendário próprio, atribuindo às faixas e aos cartazes a inscrição "1
April 2017".
Exposições pela cidade
A temporada de eventos e aberturas em torno do Festival teve
início já em 5 de abril. No dia 7, a Galeria Nara Roesler estreou Screenspace,
coletiva que integra a 28ª edição do Roesler Hotel, projeto que coloca em
diálogo as comunidades artísticas nacional e internacional e,
neste ano, tem curadoria de Vik Muniz, Lucas Blalock e Barney Kulok. No dia 10,
a mesma galeria abriu a individual León Ferrari, por um mundo sem inferno e
promoveu uma visita guiada pela curadora Lisette Lagnado. Ferrari, nome
consagrado com o Leão de Ouro na Bienal de Veneza (2017), ganha destaque no
estande da galeria no Pavilhão e tem seu percurso artístico discutido em
conferência no MAM-SP.
O escocês Douglas Gordon ganha
sua primeira individual no Brasil, I will, if you will..., em
cartaz na Galeria Marília Razuk a partir do dia 7 de
abril. No dia 14, o britânico tem ainda um de seus trabalhos expostos no
Instituto Moreira Salles, na Avenida Paulista. O Pivô inaugurou
em 8 de abril a coletiva Imannam, com Ana Linnemann, Ana Maria
Maiolino e Laura Lima. No dia 10, a Casa Triângulo exibiu
a primeira individual de Rodolpho Parigi, enquanto a Galeria
Vermelho abre a exposição da dupla Dias & Riedweg, cujas
obras dialogam com o trabalho do fotógrafo norte-americano Charles Hovland.
A Luciana Brito Galeria abre, no dia 14, Linha
do tempo, exposição da argentina Liliana Porter. Antes disso, no dia 10, o
espaço já adiantou ao público alguns destaques da mostra.
Confira aqui todas as exposições que
abrirão em torno do Festival pela cidade https://www.sp-arte.com/programacao/agenda/?cat[]=opening
Ateliês abertos
No dia 14, mais de 30 artistas abrem as portas de seus ateliês ao público,
que terá a oportunidade de conversar com os criadores sobre seus processos,
linhas de pesquisas e conferir seus trabalhos e ainda obras inéditas.
O espaço Hermes, por
exemplo, promove visitas aos ateliês de Carla Chaim, Julia Kater, Brisa
Noronha, Luisa Callegari e Raylander Mártis. O Projeto Fidalga,
uma extensão do Ateliê Fidalga, que atua como um braço independente para
iniciativas experimentais e residências artísticas, apresenta os espaços de
criação de Ding Musa, Felipe Cama, Leka Mendes, Luiz Telles e Otávio Zani.
Fora do circuito, concentrado
na Vila Madalena, a Sé Galeria promove uma visita ao
ateliê de Arnaldo de Melo. Já o artista Paulo von
Poser abre seu espaço na Represa de Guarapiranga e oferece um brunch para
os convidados.
De casa nova
Na primeira quinzena de abril, a roteiro artsy dos Jardins ganhou três novos
espaços. Duas galerias curitibanas estreiam sedes na capital paulista no mesmo
dia (7): aSIM abre suas portas com Zonas de
gatilho, individual da artista Julia Kater, já a Simões de
Assis exibe A utopia modernista, mostra de Carmelo
Arden Quin. No dia 10, a Emmathomas promoveu uma
festa para a inauguração de sua nova sede e apresenta Desver a Arte, mostra coletiva.
SERVIÇO
SP-Arte/2018
Datas abertas ao público:
12 a 15 de abril – Quinta-feira a sábado, das 13h às 21h. Domingo, de 11h às 19h.
Preview: 11 de abril
Pavilhão da Bienal
Parque Ibirapuera, Portão 3
São Paulo, Brasil
Entrada:
R$ 45,00 [geral] | R$ 20,00 [meia promocional*]
*Estudantes, portadores de deficiência, idosos com mais de 60 anos, jovens
entre 15 e 29 anos pertencentes a famílias de baixa renda, profissionais dos
quadros docentes ou de gestão da rede pública estadual e municipal de ensino e
portadores do Vale-Cultura poderão adquirir a meia entrada promocional,
mediante apresentação de documento oficial com foto e respectivo documento de
registro ao benefício. Crianças de até 10 anos não pagam entrada. A bilheteria
encerra suas atividades 30 minutos antes do término do evento.
Foto/Crédito: Jéssica Mangaba
- Legenda: Pavilhão da Bienal, 2017
Fonte:
Assessoria de Imprensa
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