Escrita por Oduvaldo Vianna Filho no início dos
anos 1970, a peça Vianinha conta o último combate do homem comum faz
temporada no Teatro da CAIXA Nelson Rodrigues entre os dias 6 e 29 e julho de
2018. A montagem dirigida por Aderbal Freire-Filho tem apresentações de sexta a
domingo, sempre às 19h, com patrocínio da CAIXA Econômica Federal e Governo
Federal.
Originalmente conhecida como Nossa Vida em
Família ou simplesmente Em Família, o espetáculo recebeu
de Aderbal este novo título, que homenageia as lendárias montagens do Teatro de
Arena, e destaca, como diz o diretor, “a grandeza desse personagem tão caro à
dramaturgia da sua geração: o lutador anônimo, o homem comum."
Lançando mão do humor ácido de Vianinha, a peça
conta o último combate deste homem comum - que é um pouco de todos nós. Depois
de uma vida inteira de trabalho, um casamento de longa data e cinco filhos
criados, Souza (Rogério Freitas) se vê sem ter onde morar e sem autonomia após
o aluguel de sua casa subir para um valor incompatível com sua renda. Tentando
ganhar tempo para buscar uma solução definitiva, os filhos decidem separar
Souza de sua companheira de toda vida, Lu (Vera Novello). No elenco também
estão Ana Velloso, Paulo Giardini, Gillray Coutinho, Isio Ghelman, Ana Barroso,
Beth Lamas, Mag Pastori e Kadu Garcia.
O texto pinta um triste - e ainda atual - quadro
sobre o idoso no Brasil, mas sempre usando as tintas do humor e assim imprimindo
uma dimensão humana aos seus personagens.
“É sempre oportuno fazer um texto do Vianinha. Ele
é um dos nossos autores clássicos. O teatro brasileiro é jovem, recente e a
gente reconhece esse mesmo valor no teatro do Nelson Rodrigues, uma das nossas
referências. Ambos são inventores do teatro brasileiro, que bebe dos teatros
universais. O Vianinha é um ‘autor inventor’ que descobriu formas novas, ‘abriu
o palco’. O teatro dele tem características não só dramáticas quanto épicas. Os
personagens trazem reflexão e um pensamento que traduz o homem comum
brasileiro”, explica Aderbal.
A montagem:
A encenação destaca os valores expressivos da peça,
oferecendo a ela uma poética cênica capaz de dialogar amplamente com a
imaginação do espectador. Como em todas as peças de Vianinha, o texto vai além
da sua estrutura básica de comédia dramática, antecipando o teatro aberto,
épico e dramático ao mesmo tempo em que configura o que se tem chamado de
"nova dramaturgia"
O cenário de Fernando Mello da Costa e os figurinos
de Ney Madeira e Dani Vidal criam uma visualidade que remete a um passado
relativamente recente, da época em que se passa a ação, isto é, o começo dos
anos 1970. Fernando, Ney e Dani partem de uma estética em preto e branco (dos
filmes PB) e de formas vagamente inspiradas, quer nas roupas, quer nos
mobiliários daqueles anos, sem, no entanto, recorrer a imagens icônicas ou
demasiadamente marcantes.
Em cena, apenas uma mesa e cadeiras. Em cada
lateral do palco, há objetos de uso variado – camas, cadeiras, máquinas de
escrever e malas – chamados pelo diretor de “despojos domésticos” e que compõem
um espaço que pertencerá mais aos atores e sua preparação para entrar em cena
do que aos seus personagens.
A ação, centrada no núcleo familiar, é conduzida
por um “clown / mestre de cerimônias” vivido por Kadu Garcia, ator que abre o
espetáculo e responde também pelos papéis dos personagens interlocutores desta
família - um médico, uma mulher da sociedade, o patrão de Jorge.
A luz é de Paulo Cesar Medeiros e a direção musical
e a trilha sonora original são de Tato Taborda.
Histórico e premiações:
Vianinha conta o último combate do homem comum estreou em junho de 2014,
no Teatro SESC Ginástico (RJ). Desde então, passou por cidades como Belo
Horizonte (MG), Teresópolis (RJ), Tiradentes (MG), Curitiba (PR), Cascavel (PR)
e muitas outras. Participou, em 2017, da Mostra Petrobras Premia (SP), com apresentações
no Auditório do Ibirapuera. Em 2018, o espetáculo foi apresentado na CAIXA
Cultural Brasília, antes de chegar ao Teatro da CAIXA Nelson Rodrigues, no Rio.
Reconhecida, a peça garantiu prêmios importantes no
cenário nacional, incluindo o Prêmio Cesgranrio de Melhor Ator e o
Questão de Crítica nas categorias Melhor Ator e Melhor Cenário. Foi indicada,
ainda, aos Prêmios: Shell e APTR de Melhor Ator; Questão de Crítica de Melhor
Direção (Aderbal Freire Filho) e Melhor Elenco; Prêmio APTR de Melhor
Iluminação. Atualmente, está indicada aos Prêmios FITA de Melhor Produção e
Prêmio Especial para os atores Vera Novello e Rogério Freitas por sua atuação
como os protagonistas Souza e Lu.
Ficha
técnica:
Texto: Oduvaldo Vianna Filho
Concepção
da dramaturgia: Oduvaldo
Vianna Filho e Ferreira Gullar
Direção: Aderbal Freire-Filho
Elenco /
personagens:
Rogério
Freitas (Souza)
Vera
Novello (Lu)
Ana
Velloso/ Bella Camero (Cora)
Ana
Barroso (Nora Anita)
Beth
Lamas (Neli)
Mag
Pastori (Suzana)
Isio
Ghelman (Jorge)
Paulo
Giardini (Beto)
Gillray
Coutinho (Afonsinho)
Kadu
Garcia (Aparecida, patrão e médico)
Cenário: Fernando Mello Da Costa
Figurino: Ney Madeira e Dani Vidal
Direção
musical e trilha sonora: Tato Taborda
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Programação
visual: Cacau
Gondomar
Direção
de produção: Lúdico
Produções Artísticas
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
Serviço:
Vianinha conta o último combate do homem comum
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro -
Teatro da CAIXA Nelson Rodrigues
Endereço: Av. República do Chile, 230 - Centro / Entrada pela Av. República do Paraguai (próximo ao Metrô e VLT Estação Carioca)
Telefones: (21)
3509-9600 / 3980-3815
Lotação: 400 lugares (mais 08 para
cadeirantes)
Datas: 6 a 29 de julho de 2018 (sexta a
domingo)
Horário: 19h
Duração: 120 min
Ingressos: Plateia - R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)/ Balcão: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.
Bilheteria: terça-feira a domingo, das
13h às 20h.
Classificação
indicativa: 14
anos
Acesso
para pessoas com deficiência
Fotos/crédito: Felipe Ando
Fonte: Assessoria
de Imprensa da CAIXA Cultural Rio de Janeiro
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