Ciúmes é sempre uma sensação muito desagradável,
pois, aparece em resposta à insegurança que se tem de perder um amor, um
emprego ou até um amigo. Porém, na maioria das vezes se manifesta apenas no
relacionamento amoroso. No entanto, a pessoa pode ter ciúmes apenas do seu
companheiro ou também de familiares e coisas. “O ciúme é um grande destruidor
de afetos. A boa notícia é de que ele pode ser tratado”, avisa a Life Coach,
Edina Esmeraldino.
De acordo com Edina, quem percebe que sente muito
ciúmes e pode ser prejudicado por esse sentimento, deve procurar ajudar de um
psicólogo, terapeuta ou de um coach para participar de coaching integral
sistêmico, por meio do qual vai se investigar a origem do problema e
desenvolver uma metodologia para se curar ou, pelo menos, mantê-lo sobre
controle. “O ciúme pode ser considerado uma doença e como tal deve ser curado.
Porém, a pessoa tem que tomar a firme decisão de que quer mudar, de que não
quer mais esse tipo de emoção na sua vida. Caso contrário, nada vai mudar”,
avisa.
O ciúme precisa ser curado quimicamente e
emocionalmente. Trata-se de um vício comportamental, muito sério. “A pessoa não
quer, sabe que não pode, mas acaba fazendo. O comportamento é muito parecido
com o do alcoólatra ou viciado em drogas. Depois a pessoa se arrepende, mas o
estrago já foi feito”, explica.
Esse padrão de comportamento é repetido tantas
vezes, que a pessoa cria uma condição química no seu organismo, ativando a
noradrenalina, também chamada de norepinefrina, uma das monoaminas que mais
influencia o humor, a ansiedade, o sono e a alimentação. Assim como a
serotonina é ativada com a realização de exercícios e deixa a pessoa feliz, com
bem- estar, a norepinefrina, ao contrário, faz a pessoa reagir de forma
inconsciente, a alimentar o ciúme. O corpo acaba viciando nessa sensação. Por
isso que deve ser tratado quimicamente. “É o chamado vício emocional. É o mesmo
mecanismo que ocorre com o viciado em cocaína. Por isso, como todo vício, deve
ser curado.”
Quem tem muitos ciúmes, sofre e causa sofrimento a
quem está se relacionando com ela. Muitos relacionamentos que tinham tudo para
dar certo, são desfeitos em virtude dos ciúmes. “Daí o ciumento começa outro
relacionamento, e, a princípio, com uma pessoa bacana, e repete o mesmo padrão
de comportamento. Então se torna um ciclo vicioso. Isso tira a paz da vida da
pessoa”, explica Edina.
Em qualquer tratamento de ciúmes deve ser
investigada a sua origem. Segundo Edina, todos nascem uma matriz limpa e vai se
estragando com o tempo, com as experiências, os traumas, etc.. A notícia boa
disso é que, qualquer hábito ruim adquirido, pode ser consertado, desde que a
pessoa se permita. “Tudo em nossas vidas é baseado nas nossas crenças e valores
e, a maioria deles, é adquirida ainda na infância, até os 5 anos de idade. Tem
gente que sente ciúmes de tudo, mesmo sem nunca ter sido traído na vida. Isso
pode ter origem em alguma má experiência que tenha acontecido próximo da
pessoa.”
É possível deixar de ser ciumento. O primeiro passo
é a pessoa encarar que é ciumenta e que tem um vício. Depois é necessário criar
uma estratégia para resolver esse problema. É o mesmo processo do viciado,
porém, cada pessoa tem uma estratégia diferente. Caso a pessoa não queria
procurar ajuda, pode então, sozinha mesmo, tentar a autoconsciência, buscar a
origem de tudo, desde quando se tornou ciumento, o porquê de alimentar esse
tipo de sentimento e ter determinação para mudar o seu comportamento. Todo
mundo tem condições, mesmo que seja um processo difícil, de crescer, mudar e
ser mais feliz, mas é necessário estar disponível para a mudança.
Dicas para controlar o ciúme:
Saiba com quem você se relaciona: se você namora uma pessoa
pública, como um artista, é natural que alguém apareça querendo fazer uma foto
com uma pessoa famosa e isso é bem diferente dessa pessoa ser inconveniente. É
preciso olhar para a situação com um pouco mais de realidade.
Tamanho do seu ciúme: É necessário que você se
conheça para poder avaliar qual a dimensão das suas reações diante do
surgimento do ciúme. Assim aprende a não colocar o outro numa situação de
risco. Porque quando o ciúme vem com muita força às pessoas não pensam e é
muito fácil perder o controle.
Autoestima elevada: quem tem autoestima muito
baixa costuma ter mais insegurança e o ciúme costuma atingir níveis mais altos.
É importante cuidar da sua autoestima, para não provocar situações complicadas
para o casal.
Posse: o ciumento pensa que o outro
é propriedade dele. Ele precisa manter a pessoa que ama por perto e tem que
saber de tudo, vasculhar tudo, como se a pessoa amada fosse um objeto. É um
equívoco porque manter a pessoa amada ao seu lado é uma conquista, não é
resultado de prender ou ameaçar o outro.
Impulsos: é um dos itens mais
difíceis e importantes, porque normalmente o ciumento primeiro briga e depois
pensa no que fez. Ele faz a confusão e dependendo do nível da autoestima da
pessoa, ela demora a se dar conta do que fez. Então é preciso controlar um
pouco a raiva e as palavras porque muitas vezes isso deixa marcas,
principalmente em função de situações em público.
Diálogo: o diálogo ainda é um
caminho. Não é o único, porque às vezes o silêncio também cabe muito bem, mas é
um dos caminhos que é capaz de melhorar e amadurecer um relacionamento criando
situações de mais segurança. Converse com o parceiro sobre como se sente e
pergunte como ele pode lhe ajudar nisso.
Foto-crédito: Ricardo Silva/Photuspress - Legenda: Edina
Esmeraldino
Fonte:
Assessoria de Imprensa
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