O Departamento de
Geografia e Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
(PUC-Rio) manifesta publicamente a sua inteira solidariedade com os
pesquisadores e funcionários do Museu Nacional por conta do incêndio
ocorrido no último domingo (2/9), que destruiu grande parte da história,
memória e cultura deste país. Ao mesmo tempo manifestamos o inteiro
repudio à situação periférica a que a Ciência e a Cultura vem sendo tratadas no
país. Não se trata de eleger governos culpados, pois essa situação persiste há
décadas. É oportuno lembrar que a Europa passou por duas guerras severas e a
situação atual dos museus em nada se compara com a que se vive atualmente no
país.
Particularmente o
Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio mantinha contato muito
próximo com o Laboratório de Arqueobotânica e Paisagem, ligado ao Departamento
de Antropologia do Museu Nacional (UFRJ). Diversas pesquisas vinham
sendo feitas em conjunto entre as duas instituições, destacando-se o
estudo da matriz energética do Rio de Janeiro nos séculos XVIII e XIX e o
estudo de visitantes pré-coloniais no Arquipélago as Cagarras, no Rio de
Janeiro.
Esse laboratório é
especializado em antracologia, o estudo dos carvões históricos, o que
possibilita a abertura de janelas para o conhecimento do passado. O Laboratório
de Arqueobotânica e Paisagem é uma referência não apenas internacional para
essa ciência, mas seguramente o principal do mundo tropical.
Nessas pesquisas diversos
docentes e discentes puderam usufruir da excelência acadêmica dos docentes do
Departamento de Antropologia. Vários artigos foram publicados ou se encontram
em vias de publicação. Espera-se que essa tragédia funcione como um divisor de
águas para a situação calamitosa a que a cultura e a ciência no país vêm
passando.
Rogério
Ribeiro de Oliveira
Diretor do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio
Diretor do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio
Fonte: Assessoria de Imprensa
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