Marc Glimcher, diretor
executivo (CEO) e presidente da Pace Gallery, anunciou,
em Nova York, que a artista brasileira Beatriz Milhazes passou
a integrar a lista de seletos artistas contemporâneos internacionais representados
pela galeria. A Pace atuará em conjunto com as galerias Fortes
D’Aloia & Gabriel, Max Hetzler e White Cube,
que já representam a obra de Milhazes em outros países,
criando uma abrangente rede global para promover a carreira da artista.
A obra de Beatriz Milhazes (1960,
Rio de Janeiro) é marcada por uma vitalidade cromática transbordante e livre.
Reconhecida por uma linguagem visual enraizada em pinturas, colagens e
gravuras, ela trabalha em sua cidade natal, o Rio de Janeiro. Seu
uso da cor e da geometria provém do lugar – partem do Jardim Botânico e
da Floresta da Tijuca, próximos de seu estúdio, da cidade
circundante, da faixa litorânea e dos motivos culturais brasileiros – e da
memória. “Meu desafio sempre foi o mesmo. Me interessa a vida e seus arredores;
mas para fazer isso funcionar como pintura, preciso pensar como uma artista
geométrica e conceitual, em meu ateliê”, afirma. Este processo culmina em sua
inconfundível forma de abstração, que ela mesma nomeou de “geométrica cromática
livre”. Nos anos 1980 ela encabeçou uma nova geração de
artistas, a Geração 80, que abraçou a pintura e deixou de lado as
práticas conceituais em voga nos anos 1970. Marcado pela seminal
exposição “Como vai você, Geração 80?”, realizada em 1984,
o retorno à pintura estimulou um retorno à liberdade processual, a
transformação do estúdio em um espaço de ação, e promoveu uma rica e amalgamada
forma de arte brasileira, influenciada pelo modernismo europeu, pela arte
barroca e pelo movimento antropofágico do final dos anos 1920.
“Conhecendo Beatriz há
mais de uma década, é uma honra dar-lhe as boas vindas à família Pace”,
diz Adam Sheffer, vice-presidente da Galeria. “Creio que não perdi
nenhuma de suas exposições ou projetos desde que a conheci. Nós da Pace temos
o prazer de nos unir a suas outras galerias, em um espírito colegial e
cooperativo, para ajudar uma artista com tão notável nível de realização. Somos
gratos a James Cohan pela confiança que nos foi depositada
para dar continuidade ao excelente trabalho que ele desenvolveu ao longo de
tantos anos por sua obra. A visão singular e o comprometimento de Beatriz
Milhazes com a pintura dá continuidade à histórica linhagem de
pintores da Pace que expandiram e transformaram radicalmente o
meio, como Jean Dubuffet, David Hockney, Agnes
Martin, Elizabeth Murray e Robert Ryman”,
acrescenta ele.
Beatriz Milhazes comenta:
“É com grande entusiasmo que passo
a fazer parte da Pace Gallery,
especialmente neste momento de
renovação. A jornada tem sido longa e empolgante, desde o
momento
em que realizei minha primeira exposição nos Estados Unidos, no
National
Museum of Women in the Arts, em Washington DC, em 1993,
até
agora. A importância da Pace na história da arte, com seu
forte
programa
em arte abstrata, é bem conhecida e o objetivo de dar continuidade a este
legado com um novo conceito de contemporaneidade global atesta seu
comprometimento com artistas como eu. É fascinante, estou entusiasmada em fazer
parte disso!”
Como pintora, Milhazes utiliza
uma técnica única de “monotransferência”, que começa com a pintura sobre folhas
de plástico e posteriormente com a transferência dessas películas sobre a tela,
que revela seus traços de manualidade. Esse sistema preserva eventuais erros e
mudanças visíveis que tenham ocorrido ao longo do processo, imbuindo a
superfície de seus trabalhos com a memória de suas ações – muitas vezes vistas
por meio de marcas das mudanças de decisões prévias, como nos recortes de Henri
Matisse.
Juntamente com a pintura, Milhazes está
empenhada em seu trabalho em colagem, que é uma parte igualmente importante de
sua prática e uma produção, gerando obras autônomas, resolvidas em si mesmas.
Segundo a artista, “suas colagens dialogam com um diário imaginário”. Os papéis
coletados provém de uma ampla variedade de interesses: algumas vezes são
selecionados por uma atração estética, mas outras vezes fazem parte da rotina,
como uma embalagem de chocolate ou restos de recortes de outras impressões. É
por isso que as composições na forma de colagem criam um diálogo que lhes é
exclusivo.”
A gravura também é um importante
componente da prática de Beatriz Milhazes. Há mais de vinte anos
ela trabalha com a Durham Press, na Pensilvânia,
frequentemente realizando residências artísticas por lá. Em última análise,
esse compromisso de passar um tempo fora do estúdio, trabalhando com outros
meios, informa, mesmo que indiretamente, seus métodos de pintura e colagem.
Somam-se aos trabalhos fora do atelier sua colaboração com a Márcia
Milhazes Companhia de Dança, fundada por sua irmã, e com mestres tecelões
de Pinton Mill, na França, onde artistas como Alexander
Calder e Sonia Delaunay também trabalharam.
Outra forma de colaboração importante
para Beatriz Milhazes tem sido seu trabalho com arquitetos, especialmente
com SANAA (Sejima, Nishizawa e Associados), o premiado
escritório de arquitetura japonês. Ela foi convidada a participar do Inujima
“Art House Project”, uma iniciativa do Benesse Art Site Naoshima para
levar arte e arquitetura contemporânea às ilhas do mar interior de Seto.
Trabalhando com Kazuyo Sejima, ela produziu a instalação “Yellow
Flower Dream” (“Sonho de Flores Amarelas”) em 2018, uma
estrutura floral independente que envolve a comunidade de Inujima e sua
natureza circundante com sua cor e energia vibrantes. Ela também contribuiu com
o trabalho do escritório na Grace Farms Foundation (New
Canaan/Connecticut), com um mural site-specific intitulado “Moon Love
Dreaming” (Sonho de Amor Lunar”), realizado em 2016, que se estende
por todo o comprimento interior do prédio e se espalha como um rio inspirado em
estruturas da natureza por toda a margem interna do prédio.
O trabalho de Beatriz Milhazes está
presente nas maiores coleções públicas em torno do mundo, como o Carnegie
Museum of Art, Pittsburgh; Centre Pompidou, Paris; Solomon R. Guggenheim
Museum, New York; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid; Museum of
Modern Art (MoMA), New York; Pérez Art Museum, Miami; San Francisco Museum of
Modern Art; Twenty-First Century Museum of Contemporary Art, Kanazawa, Japan;
and Worcester Art Museum, Massachusetts, entre vários outros. Ela realizou uma
série de importantes exposições individuais, incluindo as significativas
mostras panorâmicas da Pinacoteca do Estado
(2008); Fundação Cartier (2009); Fundação Beyeler (2011); Museu de Arte
Latinoamericano de Buenos Aires (2012) e Jardim botânico do Perez Art Museu, de
Miami (2014). Milhazes representou o Brasil na Bienal de Veneza de 2003.
A Galeria Pace deseja
envolver seu público internacional com o trabalho de Beatriz Milhazes e ampliar
a consciência crítica em relação a sua relevância histórica junto ao público
norte-americano por meio de publicações comissionadas, do trabalho de sua
equipe de curadores e de suas relações com os museus.
A Pace é uma
destacada galeria de arte contemporânea e representa muitos dos mais
significantes artistas e legados dos séculos XX e XXI.
Sob a liderança do presidente e
diretor executivo Marc Glimcher, a Pace é uma
força vital dentro do mundo da arte e desempenha um papel central para o
desenvolvimento da história, criação e compromisso com a arte moderna e
contemporânea. Desde que foi fundada por Arne Glimcher em 1960,
a Pace desenvolveu um importante legado de vibrantes e
dedicadas relações com renomados artistas. No momento em que se aproxima de sua
sétima década de vida, a missão da Pace continua inspirada pelo desejo de
apoiar os mais influentes e inovadores artistas mundiais e partilhar seu
trabalho visionário pelo mundo.
A Pace conduz esta
missão por meio de um dinâmico programa global, que inclui ambiciosas
exposições, projetos de artista, instalações públicas, colaborações
institucionais, performances e projetos interdisciplinares por meio do Pace
Live, e pesquisas e textos curatoriais. Hoje, a Pace possui
sete endereços no mundo: duas galerias em Nova York, incluindo sua
recém-inaugurada sede na 540 West 25th Street, e um espaço de exposição
adjacente, com cerca de 750 metros quadrados, na 510 West 25th Street –, bem
como as galerias em Palo Alto, Londres, Genebra, Hong Kong e Seul.
Siga Pace Gallery
@pacegallery @pacegallery @pacegallery
Foto/crédito Vicente de Paulo
Fonte: Assessoria de Imprensa
Postar um comentário