O cantor e compositor Wilson Simoninha anuncia
o projeto Na Minha Quarentena Eu Canto Assim, composto de gravações
minimalistas para composições inéditas e releituras de clássicos. O pontapé
inicial é a regravação de Moro no Fim da Rua, já
disponível nas plataformas de streaming (link) e
por meio de videoclipe no canal do artista no YouTube.
Os dois próximos lançamentos, de uma série de singles programados para o
período de isolamento social, são Minha Música (1/06) e Carnaval
e Réveillon (8/06).
Gravada originalmente para o 11º
disco de Wilson Simonal em 1970, Moro no Fim da Rua realimenta
o espírito hippie dessa época. “Que mistura liberdade e contestação.
Essa coisa de ‘Moro no Fim da Rua onde tudo é escuro
demais’ reflete a melancolia daquele momento sobre os caminhos que o mundo
seguiria, sentimento muito latente ao que estamos vivendo”, analisa o herdeiro
do primeiro popstar negro do país. A nova roupagem de Simoninha é
acompanhada por violão solo de Guiza Ribeiro.
Moro no Fim da Rua é
uma composição dos sulistas Luis Wagner e Tom Gomes. “Letristas que deram
visibilidade a cultura negra e quilombos do Rio Grande do Sul”, define Simoninha,
que tem na faixa um dos lados b preferidos do pai. Ele complementa. “Luis
trazia a força da música em si e da guitarra.
Quando surgiu, todo mundo prestou atenção nele. Sempre foi considerado um
excelente instrumentista e expoente do samba rock e reggae no país”,
opina.
Minha Música é uma
composição autoral derivada de projeto da Jazz Big Band com Simoninha,
de 2017. “Registra a minha chegada à fase madura da vida”, observa
ele. A letra aborda de relacionamentos a planos pessoais pelo prisma da reflexão
do presente e passado, para projetar o futuro. “Naturalmente, ganhou uma
importância maior pelo balanço da vida que eu e a maioria das pessoas
temos feito”, acrescenta Simoninha. O novo arranjo tem a participação do
pianista Michel Lima.
Em letra de Max de Castro para
álbum de João Marcello Bôscoli de 1995, Carnaval e Réveillon expressa
desejo de Simoninha para a retomada da rotina good vibes e
solar. “Mas hoje eu só queria abrir os braços e voar / Me esparramar no azul
sobre a plantação / Ter o melhor que a vida possa me dar”, diz um dos versos
iniciais. A releitura tem a interpretação de Juliana Ripke nos pianos.
Na Minha Quarentena eu Canto Assim é
produzido de maneira colaborativa. É uma alternativa a novo disco autoral de
inéditas do Simoninha, que seria gravado na Califórnia. “Coloco a voz de
minha casa e os músicos e produtores também atuam remotamente. Quero mostrar
simplicidade como verdade, para fazer registro fiel ao momento que estamos
vivendo. Estou me adaptando e acho que o momento é de descobertas”,
avalia.
A solidão pela qual músicos no momento
tem ajudado Simoninha a criar. “Vamos passar por um momento de
intensas transformações. A volta das aglomerações de pessoas é algo que vai
demorar muito ao meu ver. Mas, apesar disso, a música se transforma e não deixa
de chegar às pessoas. É o conforto e alegria do momento. E a internet viabiliza
essa nossa ligação com o público no momento de pandemia. Estamos
criando um hábito e ele está vindo para ficar em nosso dia a dia”,
reflete.
No entretenimento, Simoninha também
trabalha na direção musical do programa Domingão do Faustão ao
lado de Jair Oliveira, ambos sócios da produtora de som S de
Samba. Na publicidade, a dupla assina composição e direção musical,
respectivamente, de Usar
#MáscaraSalva, nas vozes de Ivete Sangalo e Luan Santana. A
música do movimento Todos pela Saúde incentiva a adesão dos
brasileiros ao item de proteção individual para o combate à proliferação do
Coronavírus (Covid-19).
O projeto Na Minha Quarentena Eu
Canto Assim tem produção da S de Samba, mixagem de Antônio
Arruda e distribuição digital da Ditto Music. A
coordenação de produção é de Simone Rodrigues, direção de arte
de Daniel Ekizian, edição de videoclipes de Bernardo
Bôscoli e fotos de Chrys Galante.
Foto/crédito: Chrys
Galante - Fonte: Assessoria de Imprensa
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