ALENTEJO: PRODUÇÃO DE VINHOS DA REGIÃO ESPERA AUMENTAR CERCA DE 5%

 

O fim do verão no Hemisfério Norte é a época da vindima. É hora de colher as uvas e começar a trabalhar os vinhos. A região do Alentejo mesmo com todos os percalços devido à pandemia e de alguns ataques de míldio (fungo que afeta as folhas), prevê aumento de produção.

“As vinhas estão sãs e boas e este ano a área de vinha no Alentejo vai superar, pela primeira vez, os 23 mil hectares, graças a zonas de vinha nova que foram plantadas”, diz Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), organismo de direito privado e utilidade pública que certifica, controla e protege os vinhos DOC Alentejo e os vinhos Regional Alentejano.

O porta voz ressalta que para prevenção e contenção da covid-19, os produtores elaboraram e acionaram um Plano de Contingência reforçando a higienização dos espaços nas adegas.

A produção de vinhos da região espera aumentar cerca de 5% (em 2019 foi de 98,3 milhões de litros). “Podemos chegar aos 104 milhões de litros de vinho, uma ótima notícia”, diz Francisco Mateus. Com um consumo importantíssimo no mercado brasileiro, essa é uma excelente notícia, afinal teremos vinhos cada vez melhores e de mais variedades. 

A grande maioria dos produtores alentejanos já estão a terminar a campanha de vindimas. As castas brancas foram as primeiras a ser vindimadas, tendo arrancado a das tintas só a partir da 4.ª semana de agosto. Iniciando do sul para o norte, estreando nas zonas de Vidigueira e Beja, depois para Reguengos de Monsaraz, em Évora e em seguida Borba e vai subindo o território.

Sustentabilidade

O Alentejo é um dos pioneiros na viticultura a priorizar programas de sustentabilidade, tanto que mantem o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) desenvolvido pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e lançou recentemente um novo selo de atribuição de certificados de produção sustentável, inédito no setor. 

A singularidade dos Vinhos do Alentejo começa na natureza. A região é, simultaneamente, um dos ambientes de maior biodiversidade na Europa e cenário da forte atividade econômica de vinhas e adegas. Há séculos no Alentejo, essa relação entre produção e equilíbrio do ecossistema tem se tornado um ponto-chave para a continuidade da viticultura local, além de uma prioridade para os produtores. Pioneiro em Portugal, o Plano de Sustentabilidade indica ferramentas para aumentar a sustentabilidade nas vinícolas.

Nos vinhedos, onde o uso de água, solo saudável e o controle de pragas são essenciais, as melhorias significam garantir que essas condições vão continuar disponíveis no Alentejo nos próximos anos. E com o enrelvamento nas entrelinhas, uso de grades de contenção na terra, o plano é controlar a qualidade do solo, o que significa retenção de água, resistência à erosão e captação de organismos auxiliares da vinha. Isso, claro, vem acompanhado de análises físico-químicas regulares tanto das plantas como do solo. Além das avaliações, a utilização de água e energia é monitorada, com o objetivo de reduzir o consumo. Para diminuir a quantidade de pesticidas químicos nas vinhas, o Plano de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo sugere substituir essas substâncias por insetos auxiliares da vinha, ou animais predadores de pragas, como aves de rapina, ou morcegos. Dentro dessas mudanças, são estabelecidas novas técnicas, que prometem deixar a produção mais

Terroir único

Um dos grandes diferenciais do Alentejo, em relação a outras regiões é a diversidade de climas que variam de acordo com o lugar onde as vinhas estão plantadas e de solos, já que no Alentejo encontramos, entre outros, granito, diferentes tipos de xisto, mármore, argila, calcário, areia, e muitas vezes estes solos estão misturados em um só terreno. A topografia também favorece esta diversidade, já que na região temos uma combinação de serras e planícies que permitem trabalhar com diferentes altitudes, exposições e níveis de maturação diferentes.

Vinhos de Talha

O Alentejo é ainda o lar dos Vinhos de Talha, tradição com mais de 2.000 anos generalizada pelos romanos nos seus territórios e que só o Alentejo conservou de forma initerrupta. “Apesar da longa tradição em fazer vinhos, o Alentejo tem-se reinventado, combinando muito naturalmente a tradição, práticas sustentáveis de agricultura mas também a modernidade que o consumidor exige.”, diz um dos porta vozes da CVRA. A região engloba oito DO’s (Denominações de Origem), regiões definidas pelas condições específicas de clima, solo e relevo, que emprestam algumas características típicas a cada uma delas.

SOBRE A CVRA - Comissão Vitivinícola Regional Alentejana

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) foi criada em 1989 e é um organismo de direito privado e utilidade pública que certifica, controla e protege os vinhos DOC Alentejo e os vinhos Regional Alentejano.
É também responsável pela promoção dos Vinhos do Alentejo, no mercado português e em mercados-alvo internacionais. Sua atividade é financiada através da venda dos selos de garantia que integram os contrarrótulos dos Vinhos do Alentejo. Para mais informações acessewww.vinhosdoalentejo.pt

Fonte/Foto-reprodução-divulgação: Assessoria de Imprensa –Legenda: Quinta do Quetzal


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