Coordenador técnico da seleção
brasileira de vela desde 2013, o bicampeão olímpico Torben Grael se prepara
para comandar a equipe na disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho, no
Japão. Dono das medalhas de ouro em Atenas, em 2004, e Atlanta, em 1996, ele
possui ainda uma prata (Los Angeles, em 1984) e dois bronzes (Seul, em 1988, e
Sydney, em 2000). Antes de embarcar para a capital japonesa, no dia 3 de julho,
o velejador de 60 anos faz uma parada em Goiânia nesta semana para dar
continuidade ao projeto de disseminar a cultura da vela no interior do Brasil.
Torben escolheu o Lago Corumbá IV, no
município de Abadiânia, para a construção da próxima marina da Intermarinas,
empresa que ele comanda ao lado dos sócios Klaus “Cacau” Peters e Alejandro
Comas, também velejadores. A infraestrutura de navegação fará parte do Escarpas
Eco Parque, condomínio de lazer e aventura que está em implantação às margens
do lago, e vai oferecer uma gama completa de serviços para embarcações. Segundo
o bicampeão olímpico, o Brasil tem potencial de sobra para continuar se
destacando nas principais competições, e o desenvolvimento dos esportes
náuticos no interior do país pode contribuir para consolidar esse cenário.
“Nós temos presenciado uma expansão
muito grande da vela como opção de lazer, e isso consequentemente desperta o
interesse nas pessoas pela modalidade. Já temos diversos clubes especializados
muito consolidados no Brasil, e agora precisamos expandir a presença da vela
para outros centros. As marinas privadas podem contribuir muito com isso,
principalmente ao permitir o contato das novas gerações com o esporte. O Brasil
ainda tem um caminho enorme pela frente na disputa dos esportes náuticos, com
potencial para conquistar cada vez mais títulos e medalhas”, define o bicampeão
olímpico.
Na quarta-feira, 30 de junho, às 19
horas, ele assina termo de intenção de parceria com os empreendedores do
Escarpas Eco Parque para a implantação da marina em encontro agendado no
Saccaria, no Setor Jardim Goiás. Na quinta, 1º de julho, ele faz visita in loco
ao Lago de Corumbá IV para dar início aos estudos de viabilidade técnica para a
execução do projeto.
A vela é uma das três modalidades que
mais renderam medalhas ao Brasil na competição internacional, com destaque para
atletas como Martine Grael, filha de Torben, e Robert Scheidt. Para Torben, a
proximidade do Lago Corumbá IV com Brasília tem tudo para atrair o público da
capital federal, um dos principais centros da vela no Brasil, e consolidar uma
nova geração de adeptos da prática. A infraestrutura a ser construída oferecerá
guarda-barcos, preparação de embarcações e manutenção, além de contar com mall
e outros serviços ligados à navegação.
“Estou muito entusiasmado com essa
sinergia entre a Intermarinas e o Escarpas. Em qualquer espelho d’água que
comporte o mínimo de navegação, é aconselhável ter uma marina com instalações
que ofereçam a estrutura necessária. Teremos uma infraestrutura completa de
serviços, e com certeza despertarão o interesse do pessoal de Brasília e
Goiânia e cidades vizinhas. Ela poderá contemplar tanto quem busca diversão e
lazer quanto quem tem aspirações para uma carreira nos esportes náuticos”,
avalia Torben.
O bicampeão olímpico também ressalta
a importância da interiorização na prática da vela e de outros esportes
náuticos. Apesar de a prática ainda estar muito associada às cidades
litorâneas, em especial o Rio de Janeiro, Torben destaca que muitos centros
importantes já se destacam em localidades como a Represa de Guarapiranga, em
São Paulo, o Lago Paranoá, em Brasília, e o Circuito do Lago Três
Marias, na região central de Minas Gerais. Pelas dimensões grandiosas, com 173
quilômetros quadrados de área alagada, o Lago Corumbá IV também tem muito
potencial para se juntar a este cenário.
“A vela é um esporte completamente
ligado à natureza, o que se encaixa perfeitamente ao Lago Corumbá IV e à
proposta do Escarpas. É muito importante fomentar essa cultura náutica no
interior do Brasil. Nosso país tem muitos reservatórios, barragens e lagos
artificiais que são totalmente favoráveis à navegação. Muitos deles, inclusive,
são maiores do que as baías naturais que temos. Então, nada mais natural do que
esportes como a vela e a canoagem se desenvolverem nestes lugares”, frisa o
velejador.
O desenvolvimento dos esportes
náuticos e a oferta de serviços ligados à navegação também causam impacto
positivo nas economias locais, como destaca Torben. “Há uma enorme gama de
serviços agregados que são movimentados por uma marina: abastecimento,
manutenção de motores, pintura, parte elétrica, limpeza das embarcações. Temos
ainda a organização de competições e eventos, a demanda por pilotos
particulares, entre diversos outros. Então, há uma oportunidade muito grande
para se desenvolver a economia local em torno desse segmento”.
Legenda: Torben Grael se prepara para comandar a seleção
brasileira de vela em Tóquio - Reprodução / Instagram - Fonte: Assessoria de Imprensa
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