YEBO MUSICAL TRANSFORMA DANÇA POPULAR DA ÁFRICA DO SUL EM SHOW INSTRUMENTAL

 

O #EmCasaComSesc segue com uma programação diversificada de espetáculos ao vivo na internet. Com uma enérgica e complexa trama sonora que nasce do corpo, a 12ª edição da Bienal Sesc de Dança ocupa a programação do Sesc Ao Vivo/ Instrumental Sesc Brasil com show do Yebo Musical no dia 5 de outubro, terça-feira, às 19h. No repertório, estão músicas compostas especialmente para os espetáculos da Cia Gumboot Dance Brasil, que coloca em cena uma dança popular da África do Sul. Será um transporte da performance de dança para um show de música instrumental, mas sem perder a essência de sua narrativa.
 
O Yebo Musical conta com Tamiris Silveira (baixo), Maurício Oliveira (sax), Theodoro Nago (violão) e Eduardo Marmo (percussão). Também haverá participação especial dos bailarinos Rubens Oliveira e Munique Costa. A expressão afirmativa “yebo”, comum entre os operários africanos, significa “sim, vamos”, e sublinha o convite para o show que nos convoca a ver e ouvir com todo o corpo.
 
Gumboot dance (dança de botas de borracha) é uma forma de dança popular originada no século XIX nas minas de ouro e diamantes da África do Sul. Os operários, em sua maioria negros submetidos a condições similares à da escravidão, descobriram no batuque das botas, no canto e no grito, a conjunção perfeita para se comunicarem de forma não verbal com companheiros oriundos de diferentes regiões do país. 
 
O bailarino, coreógrafo e diretor Rubens Oliveira, criador da Gumboot, sempre valorizou a construção e imersão da composição musical em seus trabalhos. A metáfora do corpo como instrumento é elevada à enésima potência percussiva na prática da dança “gumboot”. Oliveira foi apresentado ao estilo pelo coreógrafo e soprano sul-africano Derrick Mlambo. A transposição dessa técnica ao contexto brasileiro está na base da Cia Gumboot Dance Brasil, fundada em 2008.
 
A exploração das minas e dos povos vem à tona para propor um dialeto sonoro que nasce com as batidas das botas de borracha no interior das minas para ganhar um torso musical com os arranjos do quarteto formado pela melodia, harmonia e percussão de Tamiris Silveira, Maurício Oliveira, Theodoro Nago e Eduardo Marmo. Os bailarinos Rubens Oliveira e Munique Costa somam-se à formação para tanger os próprios corpos como instrumentos de percussão. 
 
A Bienal Sesc de Dança acontece de 2 a 10 de outubro e segue com a vocação de fomentar a dança contemporânea por meio de uma programação que contempla as investigações de artistas de diferentes regiões do Brasil e de países como Coreia do Sul, Portugal, França, Estados Unidos e Uruguai. A programação oferece transmissões ao vivo e gravadas de mais de 20 espetáculos, ações cênicas e formativas nas quais público e artistas compartilham experiências e visões. Saiba mais informações em bienaldedanca.sescsp.org.br
 
Ficha técnica 

Direção artística: Rubens Oliveira. Direção técnica: Washington Gabriel. Bailarinos: Rubens Oliveira e Munique Costa. Músicos: Tamiris Silveira (baixo), Maurício Oliveira (sax); Theodoro Nago (violão); Eduardo Marmo ( percussão). Produção: Incrivy Produções. Duração: 60 Minutos. Classificação Indicativa: Livre.

Serviço

Yebo Musical

5 de outubro | terça | às 19h


Foto/crédito: Maíra Jeannyse - Legenda: Subterrâneo - Sesc Paraty

Fonte: Assessoria de Imprensa Bienal Sesc de Dança

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem