MAB FAAP CELEBRA A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 COM A EXPOSIÇÃO “MODERNOS"

 

Em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o Museu de Arte Brasileira da FAAP (MAB FAAP) abre no dia 10 de março a exposição “Modernos”. A mostra estará dividida em dois grandes núcleos: Antes de 1922, com curadoria de Felipe Chaimovich, ficará em cartaz por três meses, e Depois de 1922, com curadoria de Laura Rodríguez, seguirá até novembro.

“Com um significativo núcleo de obras do modernismo brasileiro e de seus continuadores, não poderíamos deixar de relembrar esse momento tão importante, que marcou a época e trouxe transformações para o campo das artes e da cultura no Brasil”, destaca a diretora do MAB FAAP, Fernanda Celidonio.

O núcleo Antes de 1922 contempla o envolvimento da família Prado – considerada uma das mais influentes famílias paulistas - com as artes, incluindo o financiamento da Semana de 1922 pelo mecenas Paulo Prado, um dos principais incentivadores do movimento. “Reunimos aqui artistas que representam valores da família Prado nas duas décadas finais do século XIX, período de mudança da Monarquia para a República, tais como a crítica ao ensino oficial de Belas-Artes no Rio de Janeiro”, explica o curador e professor da FAAP, Felipe Chaimovich.

O público poderá apreciar, por exemplo, obras de Antônio Parreiras, Eliseu Visconti, Estevão Silva, Georg Grimm e João Batista Castagneto. Para constituir esse núcleo, o MAB FAAP conta com a parceria de outras instituições, que emprestaram obras de seus acervos, como a Pinacoteca de São Paulo, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), o Museu Afro Brasil, o Itaú Cultural, o Museu Antonio Parreiras (RJ) e o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA RJ).

O núcleo Depois de 1922 apresenta uma seleção de obras do acervo do MAB FAAP, organizadas em uma série de agrupações de artistas que surgiram depois de 1930. O objetivo, segundo a curadora Laura Rodríguez, é mostrar a ebulição característica das vanguardas até o surgimento dos grupos concretistas.

Entre os coletivos abordados estão o Núcleo Bernardelli, Clube dos Artistas Modernos, Grupo Santa Helena, Grupo Guanabara e Atelier-abstração. Além do eixo Rio-São Paulo, a mostra destacará, ainda, as reverberações do modernismo junto com a arte popular em outras regiões do Brasil. Uma cronologia apontará os eventos de maior importância, determinantes na sucessão de transformações que foram ocorrendo nas principais capitais.

A partir de junho, após a saída do núcleo temporárioAntes de 1922, o espaço receberá outras obras do acervo, ampliando o núcleo Depois de 1922. Serão obras dos grupos Concretistas de São Paulo e Rio de Janeiro, do grupo Realismo Mágico liderado por Wesley Duke Lee e por uma seleção dos primeiros professores e alunos da FAAP.

“Consideramos importante ressaltar que a FAAP surgiu como um dos frutos do desenvolvimento do modernismo no Brasil, inscrevendo-se numa tentativa de democratização e de estimulação da arte e da cultura por meio da criação de cursos de arte e de um Museu de Arte Brasileira”, ressalta Laura Rodríguez.

Até o fim da exposição, em novembro, o núcleo Depois de 1922 contará com obras de 119 artistas: Abraham Palatnik, Alberto da Veiga Guignard, Aldemir Martins, Aldir Mendes de Souza, Aldo Bonadei, Alfredo Ceschiatti, Alfredo Rullo Rizzotti, Alfredo Volpi, Anatol Wladyslaw, Anita Malfatti, Anna Letycia, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Gomide, Arcangelo Ianelli, Athos Bulcão, Bernardo Cid, Bruno Giorgi, Caciporé Torres, Candido Portinari, Carlos Scliar, Carybé, Charlotta Adlerová, Chico da Silva, Cícero Dias, Cidinha Pereira (Maria Aparecida de Mello), Clóvis Graciano, Djanira da Mota e Silva, Elvo Benito Damo, Emiliano Di Cavalcanti, Ernesto de Fiori, Fayga Ostrower, Farnese de Andrade, Fé Córdula, Fernando Lopes, Fernando Odriozola, Flávio de Carvalho, Flavio Shiró, Francisco Brennand, Francisco Rebolo Gonsales, Francisco Stockinger, Franz Weissmann, Genaro de Carvalho, Geraldo de Barros, Glauco Pinto de Morais, Hajime Higaki, Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Holmes Neves, Humberto Espíndola, Inimá de Paula, Ismael Nery, Israel Pedrosa, Ivan Serpa, Izar do Amaral Berlinck, J. Arrais, Jacob Carlos, Jacques Douchez, João Sebastião da Costa, Joaquim Lopes Figueira Jr., Jorge Mori, José Pancetti, Lasar Segall, Lothar Charoux, Lula Cardoso Ayres, Lydia Okumura, Lygia Clark, Manabu Mabe, Manoel Martins, Manoel Santiago, Marcello Grassmann, Maria Cecília Gismondi, Maria Guilhermina, Marília Giannetti Torres, Marina Caram, Mario Cravo Junior, Mario Zanini, Martha Loutsch, Mary Vieira, Melinda Garcia, Milton Dacosta, Mira Schendel, Mirian Inês da Silva, Nicolas Vlavianos, Nilson Pimenta, Niobe Xandó, Noemia Mourão, Norberto Nicola, Odilla Mestriner, Oswald de Andrade Filho, Oswaldo Goeldi, Otto Stupakoff, Paulo Rossi Osir, Pierre Chalita, Raimundo de Oliveira, Raphael Galvez, Reynaldo Fonseca, Renina Katz, Ruben Esmanhoto, Samson Flexor, Santa Rosa, Sérgio Camargo, Siron Franco, Sophia Tassinari, Tarsila do Amaral, Teresa Nazar, Thomaz Ianelli, Tomie Ohtake, Tomoo Handa, Vasco Prado, Vera Chaves Barcellos, Victor Brecheret, Waldomiro de Deus, Walter Lewy, Wega Nery, Wesley Duke Lee, Yoshiya Takaoka, Yuji Tamaki e Zélia  Salgado.

Sobre

MAB FAAP

Desde que abriu suas portas pela primeira vez, com a mostra “Barroco no Brasil”, o Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), que completou 60 anos no ano passado, se comprometeu a incentivar e divulgar a arte brasileira. Além de seu acervo próprio que conta com cerca de 3 mil obras de arte a partir do final do século 19, no decorrer dos últimos anos, abrigou exposições marcantes para a história da cultura do País, como a exposição “Toyota – O Ritmo do Espaço” premiada pela APCA em 2018. Em 2015, foi criada a Coleção MAB-Moda que reúne vestimentas, bonecas e acessórios de estilistas contemporâneos brasileiros, fortalecendo o vínculo entre o museu e a moda, que desde 1989 esteve presente por meio de desfiles e exposições vinculadas ao tema. Cabe destacar que além da pesquisa e organização de exposições de temas pertinentes às artes visuais brasileiras, o MAB incorporou a apresentação de mostras de arte internacional com temáticas de interesse geral que trazem experiências significativas ao público e ampliam a compreensão do fazer artístico e cultural.

 Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP)

Sustentada em três pilares: excelência, cultura e inovação, a FAAP é hoje um grande polo de educação, com Ensino Médio, 19 cursos de graduação, nas áreas de Exatas e Humanas, pós-graduação, cursos de aperfeiçoamento de curta-duração, além de programas de idiomas, intercâmbio e eventos que complementam a formação do aluno.  Além de São Paulo, a FAAP está presente em São José dos Campos, em Ribeirão Preto e em Brasília.

Serviço

Exposição “MODERNOS”

Período de visitação: de 10/03 a 27/11/2022

Núcleo temporário (Antes de 1922): de 10/03 a 29/05/2022

Horário: Segundas, quartas, quintas e sextas das 10h às 18h – última entrada às 17h30.
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h – última entrada às 17h30.
Fechado às terças-feiras, sem exceção, inclusive aos feriados.

Endereço: R. Alagoas, 903 – Higienópolis

Informações: (11) 3662-7198

Entrada: Gratuita

Fonte: Assessoria de Imprensa 

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