MUNDIAL DE SURFE: CAIO IBELLI SURFA UM TUBAÇO NOTA 10 NO OI RIO PRO APRESENTADO POR CORONA

 


O Oi Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema teve mais um dia de praia lotada vibrando com o show de tubos e aéreos desta sexta-feira, na Praia de Itaúna. Caio Ibelli surfou um tubaço que recebeu nota 10 unânime dos cinco juízes. Já Mateus Herdy usou os aéreos para fazer a maior somatória deste ano em um dia de muitas surpresas, como a eliminação do tricampeão mundial Gabriel Medina. Mas, Tatiana Weston-Webb fechou a sexta-feira vencendo a última vaga para as semifinais da etapa brasileira do World Surf League (WSL) Championship Tour.

 

A vice-campeã mundial surfou as melhores ondas contra Isabella Nichols, derrotando a australiana por uma larga vantagem de 11,40 a 4,50 pontos. Era um confronto direto pelo sexto lugar no ranking e Tatiana começou bem, botando pressão para a jovem australiana, que tinha barrado a heptacampeã mundial Stephanie Gilmore na repescagem. Com a vitória, Tatiana Weston-Webb agora fica na porta de entrada das top-5, que vão disputar o título mundial da temporada no Rip Curl WSL Finals, em setembro em Trestles, na Califórnia.

 

"Foi uma bateria bem difícil, porque ela (Isabella Nichols) é uma ótima competidora", disse Tatiana Weston-Webb. "No início, eu fui mais para o meio da praia, porque tinha visto algumas esquerdas lá. Depois, remei de volta para o pico e peguei uma direita boa, que rendeu nota 6. Acabei surfando outra direita para somar minha segunda nota e estou feliz em ter passado para as semifinais."

 

Ainda tem mais duas etapas depois do Brasil para fechar o grupo das top-5, mas Tatiana já pode entrar na lista se vencer o Oi Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema. Para isso, terá que passar pela líder do ranking e pentacampeã mundial, Carissa Moore. A havaiana ganhou a melhor de três com a brasileira no Rip Curl WSL Finals de 2021 e elas já se enfrentaram em 23 baterias do CT, três neste ano. A última na primeira fase na quinta-feira, quando Tatiana diminuiu a vantagem da Carissa para 14 a 9.

 

As outras duas no CT 2022 foram também em semifinais. A brasileira ganhou a primeira em Supertubos e foi campeã do MEO Pro Portugal. A havaiana deu o troco em G-Land, passando para a final na Indonésia. Carissa Moore competiu duas vezes na sexta-feira em Itaúna. Na primeira bateria do dia, iniciada às 7h30, derrotou a jovem peruana Sol Aguirre por uma pequena vantagem, de 8,50 a 8,33 pontos. Depois, achou ondas melhores para mostrar seu surfe e vencer a californiana Caroline Marks por 12,47 a 10,50 pontos.

 

Carissa Moore e Tatiana Weston-Webb vão disputar a segunda vaga para a grande final do Oi Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema. A primeira semifinal será entre a vice-líder do ranking, Johanne Defay, e Gabriela Bryan. A francesa barrou a última campeã da etapa brasileira em 2019, Sally Fitzgibbons. Depois, a jovem havaiana estreante na elite do CT, derrotou a americana Lakey Peterson, que defendia o terceiro lugar no ranking.

 

Primeira nota 10 -- Antes das meninas fecharem a sexta-feira, os homens deram um show para a torcida que mais uma vez lotou o Maracanã do surfe brasileiro, desde as primeiras horas da manhã até o pôr do sol. A Praia de Itaúna bombou altas ondas, com as direitas rodando tubos perfeitos e as esquerdas formando rampas para os aéreos.

 

No duelo brasileiro entre Jadson André e Caio Ibelli, o potiguar já começou botando para dentro de grab-rail, mas o tubaço do dia foi surfado no último minuto. Caio ficou entocado lá dentro, as placas caindo a sua frente e ele saiu já pedindo a nota 10, que foi unânime entre os cinco juízes.

 

"Eu passei a bateria inteira precisando de uma nota baixa e já estava quase me conformando que não ia vir mais onda", contou Caio Ibelli. "Aí surgiu aquela onda, só que eu estava muito atrasado para entrar, então fui acelerando e não acreditei que consegui sair depois da baforada. Essa é a primeira vez que consigo competir com toda a minha família junto aqui e eu só queria fazer uma boa apresentação, então estou feliz por essa nota 10".

 

Essa foi a primeira nota 10 em etapas do CT da carreira de Caio Ibelli e apenas a segunda em Saquarema, desde 2017 quando a etapa brasileira mudou da Barra da Tijuca para a Capital Nacional do Surf. A única era a do Filipe Toledo em 2018, no primeiro ano do seu bicampeonato consecutivo em Saquarema. Nos cinco anos da história do Oi Rio Pro, o tubo de Caio Ibelli foi a sexta onda a receber nota 10 dos juízes. As quatro primeiras saíram no Postinho da Barra, duas para o Filipe, em 2015, e duas para o Gabriel Medina, em 2016.

 

Filipe Toledo não usou sua lycra amarela na sexta-feira, porque tinha estreado com vitória na primeira fase. Ele só perdeu uma bateria em Saquarema, em 2017. A próxima será com o peruano Miguel Tudela, que venceu de virada no último minuto, o confronto que abriu a repescagem masculina. Era contra o número 3 do ranking, Griffin Colapinto, que já derrotou Filipe Toledo em duas finais esse ano, em Portugal e em El Salvador.

 

Vitória peruana -- O californiano abriu a bateria no primeiro tubaço do dia nas direitas de Itaúna, largando na frente com nota 7,50. Miguel respondeu numa esquerda, já arriscando um aéreo rodando de frontside que valeu 7,10. Nos minutos finais, a bateria estava empatada em 12,60 pontos, com Tudela precisando de 5,51 para vencer. Ele pega uma onda nos últimos segundos e manda outro aéreo, girando alto no ar e completa a aterrisagem. Os juízes dão nota 7,20 para Miguel Tudela derrotar Griffin Colapinto por 14,30 pontos.

 

“Eu sabia que a bateria com o Griffin (Colapinto) ia ser muito difícil, porque ele estava vindo de vitória (em El Salvador semana passada)", disse Miguel Tudela. "Eu escolhi surfar as esquerdas para mandar uns aéreos, mas nem sei como consegui aterrissar nesse último. Estou muito feliz por ter recebido a nota que precisava para vencer a bateria. Eu fiquei surpreso quando recebi o e-mail do convite para participar do Oi Rio Pro. Nem acreditei no início, mas confirmei na hora e estou muito feliz por estar vivendo tudo isso aqui."

 

Recorde de pontos -- Quem também usou os aéreos foi Mateus Herdy, que fez um novo recorde de 16,00 pontos para o Oi Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema. O jovem catarinense foi chamado para substituir o havaiano Barron Mamiya e despachou outro top-5 do ranking, Kanoa Igarashi. Mateus achou o lugar certo das rampas nas direitas de Itaúna para voar muito alto em duas ondas seguidas. Na primeira, já ganhou a maior nota da bateria, 7,17. Mas, o segundo aéreo foi mais impressionante e valeu 8,83, que só ficou abaixo da nota 10 do Caio Ibelli.

 

"A energia aqui é muito forte e quando acertei aquele primeiro aéreo, todo mundo vibrou, gritou e isso me deu mais empolgação", disse Mateus Herdy. "Quando eu recebi um wildcard (convite) em 2019, eu me machuquei e não consegui surfar, mas esse ano eu sabia que seria diferente. Estou muito feliz, porque cresci surfando junto com o João (Chianca), o Samuel (Pupo), então é um sonho poder estar junto com eles, competindo em um CT no Brasil."

 

Depois de Mateus Herdy eliminar o número 5 do ranking, Samuel Pupo foi o último brasileiro a aproveitar a segunda chance de classificação para as oitavas de final do Oi Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema. Samuca também acertou os aéreos para vencer o californiano Kolohe Andino por 11,00 a 6,27 pontos. O surfista de Saquarema, João Chianca, tinha acabado de perder por 1 décimo para o australiano Ethan Ewing, 13,67 a 13,57.

 

Surpresa do dia -- Depois, o tricampeão mundial Gabriel Medina acabou sendo a grande surpresa do dia. Ele até começou bem, fazendo um aéreo que valeu nota 7,50. Mas, acabou caindo em sua segunda onda e levou uma pancada da prancha no joelho direito. Medina não conseguiu mais surfar direito, enquanto o australiano Callum Robson ia pegando tubos e voando nos aéreos, para somar notas 8,17 e 7,40 no segundo maior placar do Oi Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema, 15,57 pontos.

"Eu escorreguei no meu segundo aéreo e a prancha bateu no lado do joelho (direito), que está um pouco dolorido. Até tentei mandar outros aéreos, mas sem confiança para aterrissar, com medo de piorar ainda mais", contou Gabriel Medina. "É sempre incrível competir em casa e agradeço a toda a torcida por tanto apoio. Eu queria ter avançado mais, mas esse ano está sendo para voltar ao ritmo das competições. O ano que vem é quando quero estar 100% para ir atrás de outro título mundial e da classificação para as Olimpíadas de 2024."

 

Oitavas de final -- Com esta derrota sem vencer nenhuma bateria, o que não acontecia para Gabriel Medina desde a etapa de Margaret River (AUS) em 2017, o Brasil ficou com oito surfistas nas oitavas de final do Oi Rio Pro apresentado por Corona. Na primeira bateria, Mateus Herdy vai reeditar a semifinal da etapa do México no ano passado que ele perdeu para o australiano Jack Robinson. Depois, vêm dois duelos 100% brasileiros, de nota 10 Caio Ibelli com Samuel Pupo e do campeão olímpico, Ítalo Ferreira, com Michael Rodrigues.

 

Na quarta bateria, Miguel Pupo enfrenta o californiano Nat Young e na quinta tem Filipe Toledo com a lycra amarela de número 1 da WSL, contra o peruano Miguel Tudela. Filipe já tem três títulos de campeão nos 5 anos de história do Oi Rio Pro. Ele ganhou a primeira edição no Postinho da Barra da Tijuca e foi bicampeão nas duas últimas em Saquarema, em 2018 e 2019. Depois do líder do ranking, o último brasileiro a competir será Yago Dora, disputando a penúltima vaga para as quartas de final com o australiano Ethan Ewing.

 

O Oi Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema é realizado com os patrocínios da Oi, Corona, Havaianas, Red Bull, Oakley, Hydro Flask, Expedia, Banco do Brasil, BB Asset, Localiza, 51 Ice, Australian Gold, Oakberry, TikTok, UniCesumar, Enel, NewOn (Grupo Prevent Senior), Secretaria de Estado de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Prefeitura Municipal de Saquarema, EY, Pura Vida, BFGoodrich e está sendo transmitido ao vivo pelo Globoplay e Sportv, no site e aplicativo da WSL.

 

Havaianas -- Todos os patrocinadores estão fazendo ativações diárias para o público na Praia de Itaúna. A Havaianas montou uma loja surfável, uma piscina de bolinhas que replica o balanço do mar e pranchas no formato sandálias Havaianas. A marca mergulha fundo na sua proposta, oferecendo a todos a possibilidade de experimentar a sensação de surfar, mesmo que fora do mar. A 213 Sports é a responsável pelo stand interativo e pelo registro de conteúdos instantâneos em formato de GIFs, que serão disponibilizados para os participantes compartilharem no TikTok ou Instagram.

 

O corredor do "Sponsor Village" com stands e lojas de todos os patrocinadores, também vêm atraindo grande atenção do público. No final, tem a "Beach Gourmet" oferecendo refeições e lanches com pratos temáticos dos outros países que sediam etapas do Championship Tour -- Austrália, Estados Unidos, Havaí, Indonésia, Taiti e Portugal. A "Beach Gourmet" funciona todos os dias, com o evento estando "ON" ou "OFF".

 

OI RIO PRO APRESENTADO POR CORONA EM SAQUAREMA:

 

OITAVAS DE FINAL -- 9.o lugar com US$ 13.500 e 3.320 pontos:

1.a: Jack Robinson (AUS) x Mateus Herdy (BRA)

2.a: Caio Ibelli (BRA) x Samuel Pupo (BRA)

3.a: Italo Ferreira (BRA) x Michael Rodrigues (BRA)

4.a: Miguel Pupo (BRA) x Nat Young (EUA)

5.a: Filipe Toledo (BRA) x Miguel Tudela (PER)

6.a: Connor O`Leary (AUS) x Matthew McGillivray (AFR)

7.a: Ethan Ewing (AUS) x Yago Dora (BRA)

8.a: Callum Robson (AUS) x Jackson Baker (AUS)

 

SEMIFINAIS - 3.o lugar com US$ 40.000 e 6.085 pontos:

1.a: Johanne Defay (FRA) x Gabriela Bryan (HAV)

2.a: Carissa Moore (HAV) x Tatiana Weston-Webb (BRA)

 

RESULTADOS DA SEXTA-FEIRA NA PRAIA DE ITAÚNA:

 

SEGUNDA FASE -- 9.o lugar com 2.610 pontos e US$ 13.500:

1.a: Carissa Moore (HAV) 8,50 x 8,33 Sol Aguirre (PER)

2.a: Isabella Nichols (AUS) 11,16 x 10,70 Stephanie Gilmore (AUS)

3.a: Johanne Defay (FRA) 8,90 x 7,10 Courtney Conlogue (EUA)

4.a: Lakey Peterson (EUA) 11,33 x 5,80 Brisa Hennessy (CRI)

 

SEGUNDA FASE -- 17.o lugar com 1.330 pontos e US$ 12.125:

1.a: Miguel Tudela (PER) 14,30 x 12,60 Griffin Colapinto (EUA)

2.a: Caio Ibelli (BRA) 14,43 x 8,83 Jadson André (BRA)

3.a: Mateus Herdy (BRA) 16,00 x 12,90 Kanoa Igarashi (JPN)

4.a: Nat Young (EUA) 12,00 x 10,17 Jordy Smith (AFR)

5.a: Ethan Ewing (AUS) 13,67 x 13,57 João Chianca (BRA)

6.a: Samuel Pupo (BRA) 11,00 x 6,27 Kolohe Andino (EUA)

7.a: Callum Robson (AUS) 15,57 x 10,37 Gabriel Medina (BRA)

8.a: Matthew McGillivray (AFR) 11,40 x 10,53 Jake Marshall (EUA)

 

QUARTAS DE FINAL -- 5.o lugar com US$ 20.000 e 4.745 pontos:

1.a: Johanne Defay (FRA) 9,43 x 8,10 Sally Fitzgibbons (AUS)

2.a: Gabriela Bryan (HAV) 8,94 x 8,33 Lakey Peterson (EUA)

3.a: Carissa Moore (HAV) 12,47 x 10,50 Caroline Marks (EUA)

4.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 11,40 x 4,50 Isabella Nichols (AUS)

 

Sobre a WSL - Estabelecida em 1976, a World Surf League (WSL) é a casa do melhor surfe do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo. Com sede em Santa Monica, Califórnia, possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA. A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surfe profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave. Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o site da WSL. A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System. A WSL é dedicada a mudar o mundo por meio do poder inspirador do surfe, criando eventos, experiências e histórias autênticas, a fim de motivar a sempre crescente comunidade global para viver com propósito, originalidade e entusiasmo. Para mais informações, visite o site da WSL .


Foto/Crédito: Daniel Smorigo/WSL - Legenda: O brasileiro Caio Ibelli garantiu nota 10


Fonte: Assessoria de Imprensa 

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