ENSAIO DE JULIO BITTENCOURT NA GALERIA LUME SOBRE SUPERPOPULAÇÃO TEM PERÍODO PRORROGADO


Avanços no padrão de vida e bem-estar têm assegurado, década após década, a expansão das famílias. Apesar de algumas sociedades registrarem queda nas taxas de natalidade, praticamente todas testemunham o aumento da longevidade, fruto de revoluções farmacêuticas e tecnológicas. As implicações ocasionadas pela superpopulação é o que norteia Plethora, ensaio que o fotógrafo Julio Bittencourt apresenta na Galeria Lume até 16 de outubro.

A mostra, que tem curadoria assinada por Paulo Kassab Jr., apresenta ao público paulistano dez obras do artista, entre fotografias, composições em metacrilatos e uma projeção de vídeo. Alguns dos registros que compõem a mostra são inéditos, realizados pelo fotógrafo em julho deste ano.

"Através de imagens de temas comuns a grande parte população mundial, o projeto tem como objetivo utilizar o homem como personagem principal nesses cenários de massas e dar uma visão global sobre a questão da superpopulação a partir da abordagem do relacionamento do homem com o ambiente ao seu redor", afirma Julio Bittencourt.

A exposição traz um recorte do projeto, retratando comunidades em centros urbanos em que o fenômeno é particularmente relevante. São Paulo, Nova York, Tóquio, Mumbai, Pequim e Jacarta são as cidades utilizadas como pano de fundo nas fotografias de Bittencourt, que documenta cenas urbanas superpovoadas, dos presídios brasileiros aos hotéis-cápsulas e metrôs superlotados do Japão.
Para o fotógrafo, o mal-estar causado pelo excesso de vida, sentimento tão comum aos habitantes das grandes metrópoles, é antes consequência de um desejo natural do homem em aglomerar-se, em estar junto a seus semelhantes. Ao mesmo tempo em que tal proximidade diminui vastidão do mundo e o torna mais acolhedor, também implica no acirramento da disputa por recursos finitos.

"Se os prognósticos não mudarem, podemos estar olhando para um futuro em que nosso planeta não será apenas superpovoado e mais urbano, mas também mais pobre e muito mais desigual economicamente", pontua o fotógrafo.

O artista

O fotógrafo paulistano Julio Bittencourt cresceu entre São Paulo e Nova York. Seus trabalhos, de modo geral, refletem seu interesse por, através de histórias distintas, investigar as relações entre o homem e o seu ambiente.

Suas fotografias já foram expostas em galerias e museus em diversos países, entre os quais o Museu de Arte de São Paulo (Masp), em São Paulo; o Museu Nacional, em Brasília; e o Kiyosato Museum of Photographic Arts, em Yamanashi, no Japão.

Com Plethora, Bittencourt integra atualmente a Aesthetica Art Prize, exposição coletiva em cartaz na York Art Gallery, em York, na Inglaterra. Promovida pela Aesthetica Magazine, revista inglesa de arte, cultura e design, a mostra reúne obras e artistas que têm se destacado no mundo das artes.

Seus trabalhos estiveram presentes ainda em publicações como GEO, Stern, TIME, Le Monde, The Wall Street Journal, C Photo, The Guardian, The New Yorker, Esquire, French Photo, Financial Times, Los Angeles Times, The Huffington Post e Leica World Magazine, entre outras.

Bittencourt é também autor de dois livros - Numa janela do Edifício Prestes Maia 911 e Ramos.

Serviço:

Exposição Plethora, individual de Julio Bittencourt na Galeria Lume

Curadoria: Paulo Kassab Jr.

Período expositivo: 23 de agosto a 16 de outubro

Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 - Jardim Europa, São Paulo

Visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h | sábados, das 11h às 15h

*A Galeria não abrirá nos dias 12, 13 e 14 de outubro

Telefone: (11) 4883-0351

Fonte/Foto-reprodução/divulgação: Assessoria de Imprensa - Legenda: Julio Bittencourt: Plethora - Tokyo Subway, 2016

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