A convite da editora DarkSide®
Books, Dave McKean, renomado quadrinista e ilustrador, chega no país Conhecido
por sua colaboração com Neil Gaiman — na série “Sandman” e em “Sinal e Ruído”,
“Mr. Punch” e “Violent Cases” —, Dave McKean assombra o universo dos quadrinhos
desde a sua estreia, em 1991, com o premiado graphic novel “Cages”. Agora, a
DarkSide Books apresenta a nova graphic novel do artista, baseada na vida de
Paul Nash, pintor inglês surrealista que combateu na Primeira Guerra Mundial.
“Black Dog: Os Sonhos de Paul
Nash” aborda, sobretudo, esse período delicado e determinante na vida do
pintor, que iria marcar profundamente sua produção artística posterior, e
compõe, através das lembranças de Nash e seus companheiros de batalha, um
painel multifacetado e tocante sobre como a guerra e situações extremas nos
modificam e como lidamos com toda a dor, a perda e o trauma que ela provoca.
Paul Nash alistou-se no Exército
britânico aos 25 anos de idade, seis semanas após o início do confronto, e
engajou-se primeiro como soldado e mais tarde como oficial artista de guerra.
Sobreviveu a muitos dos seus colegas soldados que tombaram nas trincheiras na
Bélgica, retornou à sua Inglaterra natal modificado após as terríveis
experiências que encarou, e encontrou um propósito para a morte e a destruição
que atravessaram o seu caminho. A guerra forneceu-lhe algo a dizer. E o levou a
criar pinturas poderosas, fantásticas, perturbadoras e que conseguem transmitir
um vislumbre da loucura que a guerra produz em todos aqueles que participam
dela. Uma citação recorrente sobre o artista afirma que “enquanto a grande
maioria testemunhava as explosões ao redor, para Nash, as explosões aconteceram
dentro dele”.
E são exatamente as pinturas de
Paul Nash — ao lado das memórias autobiográficas que o artista deixou — que
inspiraram este lançamento da DarkSide® Graphic Novel. “Black Dog: Os Sonhos de
Paul Nash” se utiliza de diversas técnicas e estilos, e transforma a linguagem
e a estética dos sonhos, dos pesadelos e da memória, com todas as suas
alterações e confusões próprias deste estado entre a vigília e sono,
influenciando e, por vezes, formando a nossa percepção da realidade. Pensada em
cada detalhe, esta graphic novel arrebatadora nos concede um pequeno vislumbre
da experiência aterrorizante que foi a guerra para Paul Nash.
Além do próprio pintor, o outro
único personagem recorrente é o seu cão negro, que o acompanha, conduz e
assombra desde a primeira infância, ainda que alterando a forma e a função a
cada momento de sua vida. O cão negro personifica há muito tempo a depressão e
o presságio da morte na mitologia e na ficção, simbolismo que aqui tem a função
de um fio condutor que nos leva pela loucura e os devaneios de Nash, ajudando a
consolidar a ideia de que os acontecimentos e a realidade são muito mais as
impressões que ficam com a gente do que qualquer outra coisa.
“Quando me deparo com a obra de
Paul Nash, sempre me sinto como se estivesse assistindo a um sonho. É como se
estivéssemos olhando para o mundo real através do filtro de sua imaginação.
Tantas e tantas pessoas afastam e escondem suas experiências de guerra e não
querem falar a respeito – mas artistas como Nash conseguem transmitir suas
impressões das pessoas e do panorama e refletir sobre a psicologia daquela
experiência”, declarou Dave McKean ao jornal britânico The Guardian. “Em suas
notas autobiográficas, ele começa a falar sobre os sonhos praticamente no
primeiro parágrafo. Recorda-se de um cão negro que aparecia constantemente
neles. Abordar a sua trajetória através dos sonhos foi a maneira perfeita, uma
resposta imaginativa para uma vida e obra bastante reais.”
A mãe de Nash sofreu de demência
e foi por fim internada; aquilo o asfixiou, de certa maneira. O cão negro
acabou por significar várias coisas: as nuvens da guerra se aproximando, um
guia, um alerta. “Meu pai morreu quando eu era muito jovem, e desde então
sempre tive uma sensação da morte me rodeando. Não é algo físico – não acredito
na vida após a morte, em anjos e nada dessa tolice. É apenas um pequeno zumbido
na mente, uma voz insistente com a qual você convive o tempo inteiro”, afirma
McKean. “Olhando para o mundo agora, vendo as pessoas saindo da Síria, o modo
como lidamos com a guerra não muda nunca. Essas cicatrizes psicológicas
profundas estão presentes, e a capacidade das pessoas para superar isso de
algum modo – de maneira criativa, ou seja, como eles conseguem lidar com isso —
é tão importante agora como foi há cem anos. E não creio que a natureza dessas
cicatrizes mudem”.
“Black Dog: Os Sonhos de Paul
Nash” surgiu de um convite da 14-18 NOW Foundation, do Imperial
War Museum, e dos festivais Lakes International Comic Art
Festival e On a Marché Sur la Bulle, dentro das
reflexões sobre o centenário da Primeira Guerra Mundial. McKean transformou
ainda a HQ em uma série de projeções para ser exibida durante uma performance
orquestrada, igualmente escrita e apresentada por ele, que também é músico e
cineasta.
De forma sombria e arrebatadora,
McKean transforma em imagens extremamente belas e poderosas as emoções
registradas por Paul Nash sobre o conflito e o que resta àqueles que
sobrevivem. Ninguém sai impune desta obra-prima.
SOBRE
DAVE MCKEAN
Dave McKean é um reconhecido
quadrinista e ilustrador, além de cineasta e músico. Em 1986, ele conheceu o
autor Neil Gaiman, com quem colaborou em muitos projetos desde então. Seu
primeiro livro, “Violent Cases” (1987), foi impresso em muitas edições em todo
o mundo. Desde então, ambos produziram “Orquídea Negra” (1988), “Sinal e Ruído”
(1990) e “Mr. Punch: A Comédia Trágica ou a Tragédia Cômica de Mr. Punch”
(1994). Dave contribuiu com todas as ilustrações e desenhos da capa para a
série de graphic novels “Sandman”, e uma coleção deste trabalho chamada “Dust
Covers: The Collected Sandman Covers” foi publicada em 1998.
Entre 1990 e 1996, Dave também
escreveu e ilustrou o premiado romance “Cages”, que ganhou o Harvey Award de
Melhor Nova Série e Melhor Graphic Novel. Mais tarde, ainda criou ilustrações
conceituais para “Harry Potter e a Câmara Secreta” e “Harry Potter e o
Prisioneiro de Azkaban”. O inglês ainda ilustrou desde livros infantis, como “O
Dia Em Que Eu Troquei Meu Pai Por Dois Peixinhos Dourados” e “Os Lobos Dentro
das Paredes”, até livros adultos como “A Torre Negra: Mago e Vidro” e “Sombras
da Noite”, ambos de Stephen King.
EDITORA DARKSIDE® BOOKS
Primeira editora brasileira
especializada no universo do terror e da fantasia, a DarkSide® Books nasceu em
um 31 de outubro, Dia das Bruxas, em 2012. Hoje, com cinco anos de vida, já
mobiliza mais de 1 milhão de fãs nas redes sociais, a maioria deles leitores
que colecionam seus títulos – edições sempre caprichadas e em capa dura. A
DarkSide® – apadrinhada pelo mestre Zé do Caixão, de quem reeditou a biografia
– se tornou uma referência entre as novas editoras do mercado e mantém uma
relação intensa, de admiração e troca, com seus fãs e seguidores, que não
deixam de acompanhar, curtir, sugerir títulos e cobrar lançamentos com a
"Caveira" (o símbolo que se tornou apelido da editora nas redes
sociais). Além da qualidade quase psicopata do design e acabamento gráfico das
edições, esta legião de fãs busca, na DarkSide®, as preciosidades de um
catálogo diversificado, que aposta em revelações da literatura mundial,
premiadas no exterior (como Andrew Pyper, Caitlín R. Kiernan e Keith Donohue),
em ícones do universo do terror e da fantasia (como Robert Bloch, Stephen King
e Jim Henson) e em obras-primas que continuavam inéditas no país como Fábrica
de Vespas, o premiado livro do autor Iain Banks.
SERVIÇO:
Título: Black
Dog: Os Sonhos de Paul Nash
Autor: Dave
McKean
Tradutor: Bruno
Dorigatti
Editora: DarkSide®
Books
Edição: 1a
Idioma: Português
Especificações: 120
páginas, capa dura
Dimensões: 23
x 30 cm
Preço: R$59,90
Fonte/Imagens-reprodução/divulgação:
Assessoria de Imprensa
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