“Diante de um cenário econômico, social e político
conturbado, pais e mães precisam trazer a discussão sobre valores para o âmbito
do lar”, afirma o jornalista Mílton Jung, em “É proibido calar –
Precisamos falar de ética e cidadania com nossos filhos”, que ele lança neste
mês de agosto pela Editora BestSeller.
A base para esse primeiro de seus livros a
não tratar de jornalismo ou de comunicação veio de duas missões pessoais: ser
pai e ser cidadão, diz Milton, que tem dois filhos. A preocupação com o
crescimento de intenções de anulação de votos pelo desalento dos eleitores, que
buscam se distanciar da política, o motivou a propor que se desenvolvam ações
para a construção de uma sociedade justa e generosa. A principal dessas ações
se fundamenta no diálogo – e no exemplo – entre os membros da família, defende.
Partindo de sua experiência como pai e também como
filho, Jung propõe uma profunda reflexão, para que os pais percebam que, se o
desejo que têm é o de que os filhos vivam em um país justo e generoso — com
igualdade social, respeito ao próximo e honestidade —, é preciso iniciar esse
trabalho dentro de casa e assumir a responsabilidade por sua criação com base
na ética. É preciso educar os filhos para a vida pública, transformando-os em
cidadãos, com direito à felicidade — deles, de suas famílias e de seu país.
Milton é autor da rede “Adote um vereador”, criada
em 2008 com um grupo de moradores de São Paulo que assumiram o compromisso de
fiscalizar, monitorar e controlar os vereadores na Câmara Municipal.
Texto de orelha por Mario Sérgio
Cortella
“Ama os teus pais, se são
justos e honestos; caso contrário, suporta-os.”
Sempre fico meditativo
quando leio essa frase de Públio Siro, poeta latino que assim nos advertiu faz
mais de dois mil anos. Como pai (e avô) que sou, fico pensando no esforço que
deve ser feito para que não nos tornemos, ao fim da jornada, somente alguém que
foi suportado, em vez de também amado. Para isso, sei, e você também, quanto
ser “justo e honesto” exige dedicação com mais capacidade do que apenas tomar
conta daqueles que geramos ou acolhemos para cuidar.
Para sermos justos e honestos temos, sim, de assumir nossos deveres e para eles
nos preparar melhor; temos de recusar qualquer acovardamento no exercício das
nossas tarefas paternais e maternais e, acima de tudo, enxergá-las como um
patrimônio vital, no lugar de ser somente um encargo suplicial.
Sei que a
paternidade e a maternidade requerem de nós “formação continuada”, isto é,
nunca estamos prontos por completo, e os ensinamentos e aprendizados persistem
em profusão. Essa é a principal razão pela qual vale demais prestar atenção ao
que, neste livro, escreve Mílton Jung!
Jornalista
afamado, com carreira sólida e relevante, uma pessoa que fala, fala e fala,
especialmente no rádio, decidiu agora nos falar sobre o que não podemos não
falar com nossos filhos: ética e cidadania! Como sempre fala bem sobre muita
coisa, precisamos entender por que, desta vez, decidiu falar (em forma de
livro) sobre as tarefas e responsabilidades que pais e mães têm de assumir de
modo mais competente e praticar de forma mais decisiva.
Mílton
não só soube fazê-lo como tem bastante a nos dizer! O conteúdo que nele serviu
de ponte habilidosa veio de duas fontes: estudos e leituras e, a mais fértil, a
própria prática da paternidade, vivida como o pai que é e como o filho que não
deixa de ser.
Ora, Paulo Freire dizia que “a prática de pensar a prática é a única maneira de
pensar certo”, e é exatamente isso que Mílton Jung faz aqui: pensa
a própria prática e aquela por outros relatada para que as nossas futuras
práticas sejam melhores, mais dignas e mais eficientes.
E o que
Mílton tem como prioridade sobre o que pode e deve ser feito? Falarmos com os
nossos filhos sobre ética e cidadania! Conversarmos, refletirmos, debatermos,
exigirmos, de modo que não admitamos a degradação da convivência decente e
acabemos por aceitar a derrotada prostração presente em “O que podemos fazer? A
vida é assim...”.
Mílton Jung recusa a falência da esperança e produz uma narrativa plena de
beleza e emoção. Há momentos em que nos colocamos no lugar dele (relembrando
situações assemelhadas) e outros nos quais gostaríamos muito de ter vivido
aquilo que conta. Ele é capaz de, o tempo todo, tecer os argumentos e histórias
em torno da noção de família, entendida como um espaço material e espiritual de
acolhimento e proteção recíproca.
Este livro principia com uma fala de Aristóteles sobre felicidade, e tem como
ponto de chegada uma fala de Mílton Jung sobre a presença da felicidade em nós
quando fazemos, com alegria e perícia, o que tem de ser feito.
Ainda bem!
Mílton Jung é jornalista, âncora do Jornal da CBN e do
programa Mundo Corporativo, da rádio CBN, coautor do livro “Comunicar para
liderar” e autor de “Jornalismo de rádio” e “Conte sua história de São
Paulo”. Recebeu os prêmios Comunique-se de Melhor Âncora de Rádio do
Brasil (2009 e 2014) e de Melhor Jornalista de Empreendedorismo (2017); Prêmio
Especial do júri APCA 2014 na categoria Rádio; e prêmio Aberje 2016 na
categoria Trajetória do Ano.
Serviço
É PROIBIDO CALAR-
Precisamos falar de ética e cidadania com nossos filhos
Mílton Jung
192 páginas
R$ 29,90
Editora BestSeller
Grupo Editorial Record
Fonte: Assessoria de
Imprensa
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