É um tempo novo para Adriana Barra. E se tudo muda
dentro dela, o exterior reflete bem a fase – ou seria metamorfose? Ela se sente
cada vez mais livre para se reconectar consigo e com seus rituais, afirmar seu
mundo e dar vazão à criatividade que pulsa. Está avessa aos rótulos que lhe
impuseram a vida toda: o de estilista é um. Este apartamento, onde aterrissou
há três anos, conta muito sobre isso. Embora as cores se anunciem logo na
chegada – amarelo, vermelho e pink, um impacto após o outro –, quem quiser
pistas do que acontece deve olhar para as pequenas florestas de cada ambiente.
“Saí de uma casa cercada por natureza. Quando vim para cá, sentia
falta de algo e não sabia o que era. Aí surgiram as indagações. É cor? Pintava
a parede. É flor? Fazia arranjos lindos, mas acabavam.” Logo, em uma imersão
corajosa na botânica, percebeu que o fazer manual a preenchia. “Essa
transformação diz muito sobre voltar a ser quem eu sempre fui. Não é
redescobrir”, sintetiza.
Mística, quase uma maga de vestido rubro, ela quer
dar mais espaço a essa Adriana, na contramão de lançar campanhas de moda a todo
vapor. Em 2018, viu sua marca fazer 15 anos em velocidade total – chegou a
empregar 70 pessoas em fábrica –, mas ela sente vontade de “frear esse
caminhão, virar, descer e andar de bicicleta”, como fala, rindo. “Sou uma
pessoa criativa. Não me acho designer, nem estilista. Posso criar o que você
quiser, como quiser. Nesse lab posso fazer tudo, até cenário de casamento.
Minha vida não é só estampa ou cor.” Nesta hora ela cita Bruno Munari: “‘Das
coisas nascem coisas’. A vida de um artista é assim: ele deve começar”.
Fonte/Fotos - Reprodução/divulgação: Assessoria de
Imprensa
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