Há mais de 120 anos surgia o primeiro aparelho de rádio do mundo, criado pelo físico e inventor italiano Guglielmo Marconi. E para celebrar o Dia Mundial do Rádio, comemorado no dia 13 de fevereiro, o Centro de Memória Bunge, um dos mais ricos acervos de memória empresarial do Brasil, destaca o papel do primeiro veículo de comunicação de massa do país, principalmente no setor de publicidade e propaganda.
No Brasil, a primeira transmissão aconteceu no dia 7 de setembro de 1922 para comemorar o centenário da independência. O discurso festivo do então presidente da República, Epitácio Pessoa, foi transmitido para 80 receptores espalhados pela cidade do Rio de Janeiro, na época capital do país, e municípios vizinhos (Niterói e Petrópolis) graças a um transmissor de 500 watts instalado no alto do Corcovado.
Até o final dos anos 1920, o rádio funcionou como um meio de comunicação experimental. Mas em 1932, o então presidente da República, Getúlio Vargas, assinou um decreto que autorizava as emissoras e terem 10% de sua programação dedicada à publicidade. Essa mudança expandiu o sistema de radiodifusão no país, iniciando a era do rádio comercial.
Entre os mais de 1,5 milhão de itens do acervo do Centro de Memória Bunge, estão preservados áudios históricos de Dolores Duran, Dircinha Batista, Elizeth Cardoso e Linda Batista, quatro das principais cantoras e compositoras de MPB entre as décadas de 1930 e 1960, consideradas as "Rainhas do Rádio", que emprestaram sua voz para comerciais que marcaram a história do rádio brasileiro.
Nos arquivos do Centro de Memória Bunge, as cantoras participam de campanhas publicitárias de marcas de margarina e óleo vegetal vendidas na época. O acervo também preserva uma marchinha de carnaval criada para vender sabão, composta por Miguel Gustavo, famoso compositor de jingles da década de 50 e autor do hino "Pra Frente Brasil", criado para homenagear a seleção brasileira de futebol durante a Copa do Mundo de 1970, no México.
Confira os áudios:
Áudio 1, Áudio 2, Áudio 3
Dolores Duran, Elizeth Cardoso e Linda Batista em campanha publicitária de óleo de soja.
Áudio 1, Áudio 2, Áudio 3
Marchinha de carnaval para divulgar a marca do sabão microperolado
Áudio 1
Sobre:
Centro de Memória Bunge
O Centro de Memória Bunge foi criado em 1994 e desde então é um dos projetos da Fundação Bunge. Referência na área de preservação da memória empresarial, o local tem como objetivo a guarda e preservação de documentação histórica, a disseminação do conhecimento e a utilização de seu acervo como um instrumento estratégico de gestão.
Para facilitar o acesso ao público e compartilhar com a sociedade o aprendizado construído, o CMB disponibiliza seu acervo online (www.fundacaobunge.org.br/acervocmb/) e conta com atividades gratuitas como Atendimento a Pesquisas, Exposições Temáticas, Visitas Técnicas e Benchmarking. Além disso, promove as Jornadas Culturais, série de palestras e oficinas gratuitas com objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação de acervos históricos e patrimoniais.
Fundação Bunge
A Fundação Bunge, entidade social da Bunge Brasil, há mais de 60 anos atua em diferentes frentes com o compromisso de valorizar pessoas e somar talentos para construir novos caminhos. Suas ações estabelecem uma relação entre passado, presente e futuro e são colocadas em práticas por meio da preservação da memória empresarial (Centro de Memória Bunge), do incentivo à leitura (Semear Leitores), do voluntariado corporativo (Comunidade Educativa), do desenvolvimento territorial sustentável (Comunidade Integrada) e do incentivo às ciências, letras e artes (Prêmio Fundação Bunge).
Fonte/Foto-reprodução/divulgação: Assessoria de Imprensa
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