Alice Caymmi é uma artista sempre em
movimento, por isso mesmo não é de estranhar que depois do estouro pop que
foi o disco “Alice” ela opte por explorar novos caminhos, nada
óbvios. “Electra”, seu quarto disco, lançado dia 27 de maio, traz a
voz da artista como grande estrela, desnuda de qualquer outro aparato, apenas
acompanhada do piano de Itamar Assiere.
Electra, na mitologia grega, é persona movida pela
fúria, essa intensidade da figura mítica, aliás, pode explicar os movimentos
de Alice na gravação do novo disco: apenas dois dias
no Estúdio Red Bull, em São Paulo, foram necessários para as gravações. De
forma entregue e intensa, é assim que nasce “Electra”: Alice cantando
sem amarras e solta dentro das canções.
“O que diferencia ‘Electra’ é a busca profunda
e inesperada na obra de antigos compositores”, explica Zé Pedro, diretor
artístico do projeto, lançado pela gravadora Joia Moderna. “Aquelas canções
que Alice poderia ter feito, aquele discurso que cabe aqui em 2019.
Uma ironia de Maysa que possa ter sido abafada pelas grandes orquestras. Uma
Amália Rodrigues que sobreviva aos clichês. Um Fagner outrora aos berros e hoje
cantado em tom menor. Um samba de Candeia virando verdade de novo”.
O repertório vem de um garimpo realizado
por Alice ao lado de Zé Pedro. Ele é pesquisador apaixonado pela
música brasileira, passionalidade que conversa com a de Alice; juntos,
eles passeiam por um arco de mais de 60 anos de música. O repertório
ganha vida quase de forma inédita na voz de Alice: os arranjos originais
das canções não foram respeitados, pelo contrário, foram descontruídos
para que Alice os guiasse onde fosse necessário.
“Eu vejo como um dos lançamentos mais corajosos da
minha carreira e um dos mais sólidos. No sentido de eu saber exatamente o que
estou fazendo. Parece que o que sempre esteve em mim era o caminho
certo o tempo inteiro. Obásico, o ancestral, o fundamental”,
explica a cantora.
“Electra” Já está disponível em
todas as plataformas e o show, com direção de Paulo Borges,
estreará nos dias 18 e 19 de junho, no Centro Cultural São Paulo.
Faixas
1) “De
qualquer maneira”, Candeia
Lançada
originalmente no álbum “Seguinte... Raiz”, de Candeia, em 1971
2) “Diplomacia”,
Maysa
Lançada
originalmente no disco “Convite para ouvir Maysa, nº2”, de Maysa, em 1958
3) “Areia
fina”, Lucas Vasconcellos
Lançada
originalmente no disco “Manja Perene”, de Letuce em 2014
4) “Mãe
(Mãe Solteira)”, Tom Zé e Élton Medeiros
Lançada
originalmente no disco “Estudando o samba”, de Tom Zé, em 1976
5) “Medo”,
Reinaldo Ferreira e Alain Oulman
Poema de
Reinaldo Ferreira musicado por Alain Oulman, gravado originalmente por Amália
Rodrigues em 1966 e só editado no disco “Segredo”, em 1997
6) “Fracassos”,
Fagner
Lançada
originalmente no disco “Ave Noturna”, de Fagner, em 1975
7) “Pelo
amor de Deus”, Tim Maia
Lançada
originalmente no disco “Tim Maia”, de Tim Maia, em 1972
8) “Pedra
Falsa”, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro
Lançada
originalmente no disco “Corrente de Aço”, de Roberto Ribeiro, em 1985
9) “Me
deixe mudo”, Walter Franco
Lançada
originalmente no disco “Ou Não”, de Walter Franco, em 1973
10) “Aperta
Outro”, Danilo Caymmi e Ana Terra
Lançado
originalmente no disco “Cheiro Verde”, de Danilo Caymmi, em 1977
Ficha Técnica
Idealização: Alice Caymmi
Direção Artística: DJ Zé Pedro
Mixagem: Rodrigo ‘’Funai’’ Costa
Masterização: Ricardo Garcia
Arranjos: Alice Caymmi e Itamar
Assiere
Piano: Itamar Assiere
Gravado por Rodrigo ‘’Funai’’ Costa e Alejandra
Luciane no Redbull Music Studios
Foto: Gustavo Zylbersztajn
Direção de arte: Eduardo Dugois
Styling: Paulo Martinez
Make: Cris Biato
Comunicação: Wes Mariano
Assessoria de Imprensa: Casé Assessoria
Produção Executiva: Talita Morais
Uma produção Joia Moderna Discos,
Licenciado pela Altafonte
Fonte/Foto-reprodução/divulgação: Assessoria de Imprensa
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