O corona vírus, ou Covid-19, é uma praga que está ameaçando o mundo. Sua
primeira vítima foi anunciada em 17 de novembro de 2019, na China. De
lá pra cá, milhares e milhares de pessoas foram infectadas e mortas na própria
China, Europa e mundo todo.
Depois
da China, a Itália é o país que mais tem sofrido com esse mal, seguida da
Espanha.
É
comum os artistas da cultura popular, incluindo músicos, registrarem as mazelas
que desabam sobre um país ou o planeta.
O
jornalista e estudioso da cultura popular Assis Ângelo, paraibano
de João Pessoa radicado na capital paulista desde 1976, foi o primeiro
autor a escrever um folheto de cordel contando
as diabruras do vírus. O folheto Piolho do
cramunhão faz o mundo todo tremer acaba de ser publicado pela editora
especializada Tupynanquim, do Ceará. A capa é assinada por Antônio Klévisson
Viana, autor de centenas de folhetos, entre os quais A quenga e O delegado, este adaptado pela
TV Globo, em 2001. Assis é autor de vários livros sobre cultura
popular e presidente do Instituto Memoria Brasil (IMS ).
Esta
não é a primeira vez que um vírus enche o mundo
de medo.
Do
século XIV, na China surgiu a Peste Negra. Essa praga estendeu-se pela Europa e
mundo todo, incluindo o Brasil. Até hoje há registros de pessoas ainda
vitimadas por essa peste, inclusive no Nordeste brasileiro. No seu auge,
dizimou 1/3 da população europeia.
A
cólera também foi uma praga que assustou mundo, no século XVIII. Milhões de
pessoas morreram ou ficaram cegas após contraírem esse mal. A varíola
também matou muita gente.
A
Gripe Espanhola, que surgiu nos Estados Unidos, também matou milhões de pessoas
entre 1918 e 1920. O dramaturgo pernambucano Nelson Rodrigues (1912-1980)
contou em crônica no jornal carioca O Globo o que lembrava desse mal
na infância.
O
compositor baiano Assis Valente (1911-1958), autor da canção
de natalina Boas Festas, deixou registrado na Discografia
Brasileira o samba-choro E o mundo não se acabou,
gravado originalmente em 9/3/1938 e lançado à praça em abril do mesmo
ano, pela Odeon.
Trechos
do folheto Piolho do cramunhão faz o mundo todo tremer:
Filho
da Peste Negra
Terror,
horror, danação
O
Bicho Feio mata
Pela
boca, pela mão
Já
nem se pode beijar
Isso
é fato, meu irmão!
Ele
anda por aí
Em
Paris, Berlim, Milão
Com
uma foice nas costas
Ataca
de supetão
Tra-lá-lá
ele pegou
Bem
pra lá de um milhão
Apanhar o maldito vírus
É
ganhar condenação
É
ganhar um passaporte
Só
de ida num caixão
O
Bicho pega e mata
Sem
qualquer explicação
Especialistas
pedem
Pra
o povo lavar mão
Pra
o povo se cuidar
Pra
não dar bobeira, não
Indícios
fazem crer
Ser
o Bode a maldição
--------------------------------
Ouvi
repórter falar
No
rádio, televisão
Terrível
é esse vírus
Que
maltrata cidadão
Que
põe fim a bom abraço
E
impede apertar mão
Porém
há bobo que diz
Ser
tudo isso invenção
Ser
apenas fantasia
De
repórter de plantão
Quanta
bobagem é dita
Pra
se chamar atenção!
----------------------------------
Corona vírus veta
Donald
Trump em eleição
Por
evitar reconhecer
A
força do Cramunhão
No
brasil, o presidente
Diz
ser vírus invenção
A
língua do Bolsovírus
Não
cabe num caminhão
Pois
diz tanta besteira
De
arrepiar o Cunhão
Que
continua preso
Cumprindo
condenação...
Fonte: Assessoria de Imprensa
Postar um comentário