O jornalista,
filósofo, poeta e pesquisador luso-brasileiro Fabiano de Abreu afirma ter como prioridade em sua vida o que ele chama de ‘melhor
idade’. Criador de diversas teorias que tentam explicar a existência humana,
seu comportamento e nuances, o autor do livro ‘Viver Pode Não Ter Tão Ruim’ escreve para colunas
em grandes sites de humanas no Brasil, Portugal e Angola.
“O
idoso não tem que ser respeitado por uma simples
política cultural de educação ou de dever. O idoso tem que ser respeitado pelo
simples fato de que um dia também seremos idosos. O idoso tem que ser
respeitado pelo fato óbvio de que tem mais conhecimento devido a sua
experiência, a sua cognição. Eu vivo a minha vida hoje, organizando-a para uma boa velhice, pois é nela que irei descansar e abandonar todo o
fardo que carreguei em toda a minha vida. A conhecimento e a leveza do
pensamento da história que carrega um idoso, é algo que não tem preço e nem
dimensão. É sem dúvida a melhor idade.”
Disse
o também escritor.
Confira
então as 5 dicas de Fabiano de Abreu para se ter uma boa ‘melhor idade’.
1-cuidar
do corpo com exercícios físicos e boa alimentação
A
nossa forma e bem estar físico são essenciais para que
possamos viver em pleno esta nova fase. Uma boa movimentação é o primeiro passo para uma velhice mais feliz. Por
esta razão devemos cuidar do corpo exercitando-o dentro da nossa resistência e
capacidade. Exercícios de baixa intensidade como caminhadas ou natação são bons
aliados. A atividade física deve ser acompanhada por uma alimentação
equilibrada, adequada à idade e necessidades.
2-
cuidar da mente estimulando a com uma nova
atividade, um novo curso, novas aprendizagens.
Se
o corpo é essencial a mente é uma peça chave.
Como já diz o velho ditado: "mente sã em corpo são", a plenitude
atingida pelo equilíbrio do corpo e da mente. As nossas capacidades cognitivas
entram em decréscimo mas podemos travar o processo mantendo exercícios
cognitivos constantes. Aliar a aprendizagem de uma nova
atividade que sempre quisemos fazer mas nunca tivemos tempo oi disponibilidade
torna todo o percurso mais prazeroso. Aprender uma língua
nova, capacitar-nos nas áreas das novas tecnologias, ler, ver filmes, pintar,
escrever, um mundo inteiro de possibilidades.
3-
viver uma vida social ativa fazendo atividades
com amigos, viajando com eles e outro tipo de programas.
A
vida social é muito importante para manter o
idoso ativo e integrado num mundo social. A velhice não
deve nunca significar isolamento ou solidão. Manter um grupo de amigos e
partilhar atividades com eles é muito importante para manter uma vida mais completa, feliz e recheada de partilha.
Fazer um jantar ou viajar são sempre excelentes opções. Aproveitar esta
fase para conhecer novos países e culturas, sem
pressa e adquirir conhecimento. Viver uma vida
que o faça ter interesse em viver
efetivamente! Uma vida em que se anseia o
próximo dia, como uma dádiva, como uma nova oportunidade.
4-
adaptar a sua vivência privada as novas realidades. Enquanto casal redescobrir
novas formas de união e prazer.
Se
o envelhecimento for feito em casal tenha em atenção que a vossa vida íntima
não acabou. Há novas realidades, reajustes a serem feitos, redescobertas, uma nova fase no amor. O casal terá
agora mais tempo para compartilhar, descobrir
novas formas de união e prazer e não se negar uma íntima
culpando a idade. Esta fase pode ser vivida como uma nova
adolescência, vivendo um para o outro, um com o
outro, aproveitando o mundo juntos, criando memórias e tornando os dias leves e
serenos. Velhice não significa resignação.
5- aceitação desta nova fase e das suas novas etapas.
As
mudanças que efetivamente acontecem devem ser aceites de mente e coração abertos para que
tudo se torne menos pesado. Não devemos encarar a velhice como
um fim mas como uma nova oportunidade de viver,
tempo para viver com qualidade. Cada dia não
deve ser visto como um dia a menos mas sim como um dia a mais em que puderam
ser, viver, experienciar, criar, estar presente na vida familiar. Estamos na
fase em que não nos devemos ver como um fardo mas sim como um pilar, uma fundação, o consolidar do conhecimento e da
experiência. Devemos reconhecer a nossa importância e posição. Como se costuma
dizer: a idade é um posto! Vivemos o suficiente, sobrevivemos às provações e
dificuldades, rimos e choramos, vimos nascer e morrer, superamos a perda e explodimos
de alegria em muitas ocasiões. Somos agora, por si só, heróis por mérito
de uma vida que ainda nos tem muito para oferecer!
Foto/reprodução: Hands - Fonte: Assessoria de Imprensa
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