Nossos hábitos mudaram e estamos vivendo um turbilhão de sentimentos
diante da pandemia do Covid-19 e das orientações de distanciamento social. Em
um levantamento da plataforma criativa MECA e da empresa de pesquisa Talk
Inc, primeira colaboração entre as duas companhias, cerca de 1.500
pessoas compartilharam desafios, reflexões e rotinas em tempos de coronavírus. O
resultado da pesquisa quantitativa e qualitativa pode ser acessado neste link.
Em um primeiro recorte da pesquisa, realizado com 1.064 pessoas de todo
o País e de todas as classes sociais, 48% tiveram suas rendas afetadas
(porcentagem que aumenta para 72% entre as famílias de baixa renda). Mais da
metade das pessoas declara estar consumindo mais notícias que anteriormente e a
TV aberta é o principal meio de informação dos entrevistados; 71% mudaram seus
hábitos de consumo e 81% veem um lado positivo no isolamento social,
principalmente por estarem passando mais tempo com a família (59%).
A pesquisa também questionou os participantes sobre as responsabilidades
e as ações efetivas de diferentes atores sociais diante da pandemia,
verificando contrastes significativos. Governo Federal e os próprios cidadãos
foram avaliados como atores com grandes responsabilidades diante da pandemia e
com ações abaixo do esperado. A grande mídia e governos estaduais e municipais
são atores com menores diferença entre a expectativa (responsabilidade) e a
entrega (ações), de acordo com a avaliação dos participantes.
"Foram propostas duas metodologias nessa investigação: uma
quantitativa, focada em mapear as percepções da população brasileira, e outra
qualitativa e quantitativa, que ouviu o público MECA", explica a
pesquisadora Carla Mayumi Albertuni, sócia-fundadora da Talk Inc. "Assim
conseguimos entender o que pensa o brasileiro de uma forma mais ampla e
representativa, e quais os sentimentos de um público mais nichado, jovem e
influenciador de novos comportamentos."
A parte da pesquisa realizada com o público da plataforma multicultural
MECA, sendo mais da metade entre 26 e 35 anos, aponta que os sentimentos que se
sobressaem são na maioria ligados a algum tipo de ansiedade: 29% responderam
que o principal desafio no momento é manter a saúde emocional em equilíbrio.
Ansiedade, medo, angústia e esperança foram os sentimentos mais relatados. Com
relação a isso, 17% diminuíram o consumo de notícias, como forma de controlar os
sentimentos negativos, enquanto 57% aumentaram o consumo de notícias no
período.
Ainda assim, 80% dos pesquisados acreditam que a quarentena tem um lado
positivo e 41% têm expectativas otimistas para o mundo pós-pandemia. Passar
mais tempo em casa faz ressignificar as atividades simples e cotidianas, como
cozinhar ou conversar com os amigos.
Dentre as preocupações que rondam o pensamento dos entrevistados também
está a saúde financeira. Entre os profissionais informais/liberais, 85% já
sofreram impactos negativos em suas rendas. E isso levou a mudanças na vida
cotidiana: cerca de 90% dos participantes mudaram hábitos de consumo e estão
consumindo menos (principalmente moda, álcool e lazer), seja por redução de
gastos, apoio a comerciantes locais ou pelas restrições do isolamento.
"Entender as percepções das pessoas sobre um momento tão
único é fundamental para que os diferentes atores da sociedade tenham uma
informação embasada para tomarem decisões. Assim conseguimos apontar caminhos
de comunicação e projetos para as pessoas que estejam mais conectadas com seus
reais sentimentos", comenta Carla. Ela destaca que muitas empresas querem
desenhar soluções ‘centradas no consumidor’ e que isso só é possível quando as
pessoas são ouvidas a partir das perguntas certas, um dos objetivos principais
do estudo.
Apesar dos impactos em diversas áreas, as reconexões,
descobertas e criatividade são reflexos positivos da experiência que vivemos.
Muitos reforçam o papel das marcas no apoio à sociedade e no combate aos efeitos
negativos da pandemia, e cerca de 30% estão apoiando projetos ou usando suas
próprias habilidades para ajudar quem precisa.
Quando tudo e todos vivem mudanças tão profundas, a mudança
de paradigma é inevitável. A pausa para refletir nos levará a algo novo.
Desvendar qual será esse "novo normal" é fundamental para que marcas
e empresas encontrem novas possibilidades de dialogar com público, projetos e
parceiros.
Entre as tendências identificadas pela pesquisa e que podem
permanecer estão os novos hábitos de consumo (apoio a pequenos produtores e
microempreendedores, consumo consciente, redução dos itens supérfluos) e a
valorização de marcas e empresas que assumiram um papel ativo e mais humano
diante da pandemia (apoio ao trabalho remoto, suporte a projetos sociais,
redução de preços e doação de equipamentos de higiene e saúde). Novas formas de
nos relacionarmos com nós mesmos, com os outros e com o trabalho também parecem
possíveis reflexos deste tempo ímpar que vivemos hoje.
Para ter acesso ao report completo da pesquisa, clique neste link.
SOBRE
MECA:
MECA é uma plataforma multicultural que nasceu em 2010 como um festival de música no Rio Grande do Sul e se espalhou por cinco estados do Brasil (SP, RJ, RS MG e PE), tendo no MECAInhotim, realizado no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), o seu principal evento. Com a proposta de ser um radar da cena cultural nacional e internacional, o MECA produz festivais imersivos e multiculturais, gera conteúdo em canais de mídia proprietários, além de conectar pessoas, marcas e iniciativas culturais em projetos especiais ao longo do ano todo.
MECA é uma plataforma multicultural que nasceu em 2010 como um festival de música no Rio Grande do Sul e se espalhou por cinco estados do Brasil (SP, RJ, RS MG e PE), tendo no MECAInhotim, realizado no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), o seu principal evento. Com a proposta de ser um radar da cena cultural nacional e internacional, o MECA produz festivais imersivos e multiculturais, gera conteúdo em canais de mídia proprietários, além de conectar pessoas, marcas e iniciativas culturais em projetos especiais ao longo do ano todo.
TALK INC:
A Talk Inc é uma empresa de pesquisa que atua desde 2007, focada em desvendar novos comportamentos e estudar tendências a partir de metodologias qualitativas e quantitativas. talkdigital.co
Fonte: Assessoria de Imprensa
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