Para homenagear o centenário de nascimento de Amilcar
de Castro (1920 - 2002), a Dan Galeria apresenta a
partir de 1 de julho uma mostra inédita, com mais de 30 esculturas, desenhos e
pinturas do artista mineiro. O público poderá visitar a exposição virtualmente
por meio do Viewing Room da
Galeria , onde estarão
disponíveis fotos e vídeos das obras, textos e depoimentos de críticos, artistas
e amigos de Amilcar, ou no espaço físico da Dan. Seguindo o protocolo de
segurança ambiental e sanitária da pandemia do Covid-19, a Galeria funcionará
em horário especial, das 11h às 15h, com número limitado de visitantes, uso
obrigatório de máscara, disponibilização de álcool em gel e orientação de
distanciamento mínimo de 1,5 metro entre clientes e colaboradores.
A "forma que não deixa resto", expressão
do artista para definir sua produção, advém do despojamento geométrico que com
um ou dois gestos transforma superfície planar em tridimensionalidade. Esse
movimento de corporificação essencial e direto facilita uma relação franca do
espectador com a obra, sem rodeios.
Uma experiência de purificação da percepção decorre
do corte firme e da dobra clara no ferro. Amilcar de Castro explicita a
singularidade da escultura brasileira desenvolvida desde meados dos anos 1950,
como corpo que se abre à convivência com o entorno, especialmente com quem
interage com a obra. O entorno, de fato, é a parte mais tridimensional dessas
esculturas levantadas da placa plana. Não se olha o mundo pela fenda. É o mundo
que venta pelo corte e pela dobra da escultura.
"A interação do espectador com as telas de
Amilcar de Castro também propicia uma experiência inusitada, de totalidade
sensorial. É como se a audição fizesse parte da experiência de observar as
pinturas de gesto simples e direto", reflete a historiadora da arte Paula
Braga. "Não há pincelada e sim varredura; as linhas parecem feitas com o
som do atrito de uma trincha grossa no tecido da tela", completa.
As formas resultantes não descartam os ângulos, mas
desafiam a racionalidade matemática em repetições espiraladas da borda para o
centro. São pinturas que permitem a mancha, o caos, o gesto revelando um lado
de lá do real, registrando uma parte da experiência de estar no mundo mais
complexa do que a mera aparência do real.
Signatário do Manifesto Neoconcreto, escrito em
1959 por Ferreira Gullar, Amilcar de Castro participou das três exposições
organizadas pelo grupo neoconcreto entre 1959 e 1961, bem como da exposição
internacional Konkrete Kunst, organizada por Max Bill, em Zurique,
sempre enfatizando a proposta fenomenológica do grupo neoconcreto, com
esculturas que aliam a racionalidade matemática ao encanto de um encontro
vivencial entre espectador e obra de arte.
Serviço:
Amilcar de Castro - 100 Anos
Abertura: 1 de julho, quarta-feira
Viewing Room: http://www.dangaleria.com.br/
Horário de funcionamento: 11h às 15h
Rua Estados Unidos, 1638, Jardins, São Paulo, SP (11) 3083-4600
Acesse www.dangaleria.com.br Instagram: @dangaleria
Abertura: 1 de julho, quarta-feira
Viewing Room: http://www.dangaleria.com.br/
Horário de funcionamento: 11h às 15h
Rua Estados Unidos, 1638, Jardins, São Paulo, SP (11) 3083-4600
Acesse www.dangaleria.com.br Instagram: @dangaleria
Foto/Crédito: Gabriel Villas-Boas - Legenda: Vista de exposição
"Amilcar de Castro - 100 anos", Dan Galeria, 2020 | Fonte: Assessoria
de Imprensa
Postar um comentário