A artista Márcia Pastore investiga
a relação entre corpo, espaço e escultura em suas diversas formas. Por meio de
sua prática escultórica, ela reflete sobre a intersecção entre as artes visuais
e a arquitetura, além das relações poéticas entre força e matéria. A artista exibe um conjunto destes trabalhos
em Ut machina corpus, exposição com curadoria de Ricardo
Resende, em cartaz na filial de Zurique da Galeria Kogan Amaro.
Tal qual o poeta Carlos Drummond de Andrade no
poema A máquina do mundo, no qual revela o mecanismo do mundo
enquanto o indivíduo permanece um enigma (Fernanda Pita escreve no catálogo da
exposição Contracorpo, na Pinacoteca do Estado - 2019-2020), Márcia
Pastore parte da teoria de que o mundo é uma máquina. Não desenha e nem projeta, parte direto para a
matéria e espaço. Seus trinta anos de trajetória lhe forneceram uma forte
aproximação espacial e a facilidade para analisar o território expositivo. Suas
criações fluem com liberdade e de forma natural no espaço, a exemplo do
trabalho Peso-contrapeso, um complexo mecanismo no qual a artista
traça linhas com cabos de aço no vazio do espaço arquitetônico.
Em Peso-contrapeso, Márcia cria um
diálogo com o espaço expositivo e entre as forças opostas, como o título já
diz: peso contra o peso. A artista estabelece assim sua relação com o espaço
construído e as forças que constituem sua obra.
Já em Frestas em máquina, obra que também compõe a exposição, Pastore investiga a escala humana a partir da ideia oposta à de Peso-contrapeso: começa no corpo e se desloca para o espaço. Aqui, a artista, por vezes, trata o corpo como arquitetura e explora formas vazias e cheias - técnica conhecida como molde e contramolde na prática escultórica.
Sobre a artista
Márcia Pastore investiga a relação entre corpo,
espaço e escultura de diversas formas. Expôs em instituições como Centro
Cultural Banco do Brasil (1993/ 2010), Centro Cultural Maria Antônia (2002/
2010(, Museu de Saúde Pública Emílio Ribas (2010), Centro Cultural São Paulo
(2000), Museu de Arte Contemporânea da USP (1990), Caixa Cultural de Fortaleza
(2012), Funarte de São Paulo (2012), Biblioteca Mário de Andrade (2015) E MuBE
(2017). Seus trabalhos integram coleções de instituições como Museu de Arte
Contemporânea da USP, Pinacoteca de São Paulo, Pinacoteca Municipal de São
Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Instituto Figueiredo Ferraz, FAMA Museu
e Banco Safra. Em 2019, realiza exposição retrospectiva na Pinacoteca de São
Paulo, Marcia Pastore: contracorpo com curadoria de Ana Maria
Belluzzo, e inaugura o espaço rural do FAMA Museu, o FAMA Campo, com a
escultura Transposição.
Serviço:
Ut machina corpus, individual de Márcia
Pastore
Curadoria: Ricardo Resende
Período expositivo: 11 de setembro de 2020 a 31 de janeiro de 2021
Local: Galeria Kogan Amaro - Unidade Zurique
Endereço: Löwenbräu-Kunst. Limmatstrasse, 270
Visitação:
de terça a sexta-feira, do 12h às 18h, e sábado, das 11h às 17h
Instagram/GaleriaKoganAmaro
Facebook.com/galeriakoganamaro/
http://www.galeriakoganamaro.com
Fonte/Foto-reprodução-divulgação: Assessoria de Imprensa - Legenda: Frestas em máquina,
2003/2019, Marcia Pastore
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