O INDIE, festival criado em 2001, realiza pela primeira vez uma edição online. O INDIE 2020 online, de 4 a 11 de novembro, no site do festival - www.indiefestival.com.br – para todo o Brasil, 35 filmes, de 16 países, entre longas e curtas, em 43 sessões. Durante os oito dias do festival as sessões começarão a partir das 15 horas, todas gratuitas, e o site terá cerca de 8 horas diárias de cinema. Os filmes terão sessões e limites de views/espectadores que variam de 200 a 800 por sessão, portanto, fora do horário das sessões ou se alcançar o limite de views, os filmes ficaram indisponíveis.
A realidade imposta pela covid-19, com os cinemas fechados ou ainda com muitas restrições, levou os eventos audiovisuais para a internet, decisão emergencial para salvar as iniciativas de festivais e mostras tradicionais do circuito audiovisual brasileiro. A decisão impôs aos festivais novas questões técnicas, de linguagem e de negociação com os distribuidores internacionais. Cada festival se adaptou à sua maneira, para o INDIE era importante enfatizar que não se tratava de mais um dos diversos serviços de streaming disponíveis, o formato escolhido reproduz um pouco dos festivais presenciais com sessões e programação. A palavra definidora para o INDIE é curadoria que estabelece para o espectador sugestões do que ver e como ver de maneira já pré-definida, e propor uma imersão no cinema por oito dias, com filmes escolhidos especialmente para o festival. A ideia das sessões traz o conceito de comunidade, todos assistindo ao mesmo tempo a um filme, como no cinema.
A
programação foi dividida em mostra competitiva e sessões informativas. Pela
primeira vez em 19 edições, o INDIE realiza uma Mostra Competitiva.
Foram selecionados 8 filmes, em que latinos e asiáticos dominam o programa, há
realizações de diretores veteranos e estreantes, documentário e ficções. O
cinema contemporâneo atual em transição. O cinema latino em Sanctorum,
do mexicano Joshua Gil; Agosto do cubano de Armando Capó e o
filme argentino dirigido por quatro diretores de diferentes gerações Edição
Ilimitada de Edgardo Cozarinsky, Santiago Loza, Virginia Cosin,
Romina Paula.
O
genial diretor americano James Benning em On Paradise Road. O
primeiro filme da jovem diretora chinesa Zheng Lu Xinyuan, que ganhou o Tiger
Awards em Rotterdam, Uma nuvem no quarto dela, se reúne com
outros diretores da nova geração do cinema asiático como Liu Shu, com o seu
segundo filme Lost Lotus; o japonês Kazuhiro Soda, que tem seu
próprio método observacional de produção de documentários, em Zero; além
de Love Poem, de Wang Xiaozhen, que é ator e diretor do filme e
brinca com as noções de real e interpretação.
O
INDIE 2020 apresenta na seção Retrospectiva, nesta edição
online, o cinema do diretor americano Dan Sallitt. Um dos principais autores do
cinema independente americano contemporâneo, Sallitt traz filmes com uma
aparente simplicidade que se revelam de alta complexidade seja em diálogos
cotidianos, em pequenos acontecimentos que se mostram de grande relevância. Uma
câmera que acompanha encontros, conversas frugais que nascem das caminhadas com
os amigos, as relações amorosas, um certo humor e charme. Sallitt, que nasceu
na Pensilvânia, Estados Unidos, em 1955, além de cineasta, é roteirista, foi
crítico de cinema, além de escrever para várias publicações como The Chicago
Reader, Slate e Mubi. A retrospectiva exibe todos os filmes de Sallitt,
inclusive seu último trabalho, o curta Caterina (2019) e os
longas Fourteen (2019), The Unspeakable Act (2012), All
the Ships at Sea (2004), Honeymoon (1998) e Polly
Perverse Strikes Again! (1986).
Nove
filmes em pré-estreia estão na seção Première. Baseado na
experiência da produtora do INDIE, a Zeta Filmes, na realização, durante os
seis meses da quarentena, da ação nas redes sociais do #zetanaquarentena, o
programa propõe sessões únicas de filmes inéditos do circuito que tiveram seus
lançamentos interrompidos pela pandemia. A Première nos
lembra que o cinema de arte é hoje um mercado economicamente ameaçado e vive
assombrado por dúvidas se os cinemas voltarão a ser uma opção viável para a
maioria dos espectadores. Os cinemas de arte irão sobreviver? Acreditando que
um dia as pessoas irão voltar ao espaço físico do cinema com confiança, a
programação traz os últimos filmes de diretores como Wayne Wang (De volta
para casa), Koji Fukada (Perfil de uma mulher), Angela Schanelec
(Eu estava em casa, mas...), Pedro Costa (Vitalina Varela),
Jennifer Reeder (Knives and Skin), Albert Serra (Liberté),
Seamus Murphy (PJ Harvey: Um cão chamado dinheiro), além dos filmes do
brasileiro Leandro Lara (Rodantes) e a coprodução Argentina/Brasil
em A Barqueira, a estreia da argentina Sabrina Blanco.
Para
a Sessão Especial, o INDIE convidou o diretor tailandês
Apichatpong Weerasethakul para escolher uma das suas obras para o festival
online. O diretor escolheu o curta Vapor, de 2015, que mostra a
cidade onde Apichatpong mora sendo envolvida por nuvens brancas de inseticida.
Para ele, o filme é especial porque trata da casa e de como o meio-ambiente
cria essa condição especial para cada um de nós, principalmente depois da
experiência com a quarentena. Outro filme convidado foi o longa Memórias
do meu corpo, do diretor indonésio Garin Nugroho, que trata a questão da
sexualidade como uma questão política, para Nugroho o filme “é uma afirmação e
uma crítica. Afirma que a mistura de masculinidade e feminilidade sempre foi
uma parte normal da natureza e tradição. Também critica a violência contra o corpo
em contextos sociais e políticos”. Para complementar o programa, convidamos a
diretora americana Jennifer Reeder a escolher alguns curtas realizados por ela.
Sua obra traz a marca do universo feminino, jovem e adolescente, para o cinema
que realiza. Em Jennifer Reeder: FFDF (FEMINIST FUTURE DREAM FEVER) quatro
curtas da diretora em que o uso da música, através de
versões à capela, de coros e bandas, de músicas pop e metal; a estética high
school do interior americano; e o marcante trabalho com o imaginário
adolescente, principalmente feminino, criam uma identidade única para seus
filmes sobre relacionamentos, traumas, as angústias e como amadurecer com essas
experiências.
Seis
curtas nacionais e internacionais foram escolhidos exclusivamente para a versão
online do INDIE e estão no programa Sessão Fluxus. O nome
do programa, Fluxus, é uma referência ao festival pioneiro de exibição de
filmes na internet que teve sua primeira edição há 20 anos atrás, realizado
pela Zeta, mesma produtora do INDIE, o festival até 2011 exibia apenas curtas
no ambiente virtual, depois realizou exposições audiovisuais nas cidades de São
Paulo, Belo Horizonte e Rio. O programa exibe produções do Irã, Brasil, Suíça,
Índia, Estados Unidos e Alemanha, destaque para a videoarte Motriz,
do mineiro Rodolfo Magalhães; o documentário indiano Ritu vende online de
Vrinda Samartha; e o filme de ficção suíço, Leo, de
Fabienne Mahé.
O
INDIE tem patrocínio do Mater Dei e da Codemge, correalização da Appa e
Fundação Clóvis Salgado, uma realização da Zeta Filmes. O INDIE é realizado com
recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
PROGRAMAÇÃO
Dia 4
15:00 - Lua de mel (Honeymoon), de Dan
Sallitt, 90 min, 1998, EUA. CI: 12 anos
16:40 – Sessão Fluxus
Leo, de Fabienne Mahé, 30 min., Suíça, 2020. CI: 12 anos
Noites mais longas (Longer Nights), de J Frisch-Wang, 4 min.,
Alemanha, 2019. CI: 12 anos
O apicultor (The Beekeeper), de Mohammad Talebi, 10 min.,
Irã, 2017. CI: 12 anos
O diário das árvores (Tree Time), de Alexandra Lerman, 7:34,
EUA, 2020. CI: 12 anos
Ritu vende online (Ritu
Goes Online), de Vrinda Samartha, 15:50 min., Índia,
2020. CI: 12 anos
Motriz, de Rodolfo Magalhães, 18:33 min., Brasil, 2020. CI:
12 anos
18:10 - Lost Lotus, de Liu Shu, 82
min., Hong Kong/Países Baixos, 2019. CI: 12 anos
19:40 – Agosto, de Armando Capó, 85
min., Cuba, 2019. CI: 14 anos
21:10 - Perfil de uma mulher (A Girl
Missing), de Koji Fukada, 111 min., Japão/França, 2019. CI: 12 anos
Dia 5
15:00 - Todos os barcos no mar (All the
Ships at Sea), de Dan Sallitt, 64 min, EUA, 2004. CI: 12 anos
16:10 - On Paradise Road, de James
Benning, 75 min., EUA, 2020. CI: 12 anos
17:30 - Edição Ilimitada,
de Edgardo Cozarinsky, Santiago Loza, Virginia Cosin, Romina Paula, 74 min.,
Argentina, 2020. CI: 12 anos
18:50 - Eu estava em Casa, mas... (Ich
war zuhause, aber...), de Angela Schanelec, 105 min., Alemanha/Sérvia, 2019.
CI: 12 anos
20:40 - Jennifer Reeder: FFDF (FEMINIST
FUTURE DREAM FEVER):
A milhões de milhas distantes (A Million Miles Away), de
Jennifer Reeder, 27:58, EUA, 2014. CI: 12 anos
Marietta Brimble, de Jennifer Reeder, 8 min, EUA, 2016. CI:
12 anos
Sonhei que você sonhava comigo (I Dream You Dream of Me), de
Jennifer Reeder, 10 min., EUA, 2018. CI: 12 anos
As dunas (The Dunes), de Jennifer Reeder, 6:21, EUA, 2019. CI: 12 anos
Dia
6
15:00 - O ato indizível (The
Unspeakable Act), de Dan Sallitt, 90 min, EUA, 2012. CI: 12 anos
16:40 – Sanctorum, de Joshua Gil, 83
min., México/República Dominicana/ Qatar, 2019. CI: 12 anos
18:10 – Zero, de Kazuhiro Soda, 128
min., Japão/EUA, 2020. CI: 12 anos
20:20 - Vitalina Varela, de Pedro
Costa, 124 min., Portugal, 2019. CI: 12 anos
22:30 - Uma nuvem no quarto dela (The
Cloud in Her Room), de Zheng Lu Xinyuan, 101 min., Hong Kong/China, 2020. CI: 12 anos
Dia
7
15:00 – Fourteen, de Dan Sallitt, 94
min, EUA, 2019. CI: 12 anos
16:40 - Love Poem, de Wang Xiaozhen,
114 min., Hong Kong/China, 2019. CI: 12 anos
18:40 - A Barqueira (La Bottera), de
Sabrina Blanco, 75 min., Argentina/Brasil, 2019. CI: 12 anos
20:00 - PJ Harvey: Um cão chamado
dinheiro (A Dog Called Money), de Seamus Murphy, 92 min., Irlanda/Reino Unido,
2019. CI: 12 anos
21:40 – Sanctorum, de Joshua Gil, 83
min., México/República Dominicana/ Qatar, 2019. CI: 12 anos
Dia 8
15:00 - Uma nuvem no quarto dela (The
Cloud in Her Room), de Zheng Lu Xinyuan, 101 min., Hong Kong/China, 2020. CI: 12 anos
16:50 - Knives and Skin, de Jennifer
Reeder, 112 min., EUA, 2019. CI: 12 anos
18:50 - Vapor (Vapour), de Apichatpong
Weerasethakul, 21 min., Tailândia/ Coreia/ China, 2015, Sem som. CI: 12 anos
19:20 – Caterina, de Dan Sallitt, 17
min., EUA, 2019. CI: 12 anos
19:40 – Rodantes, de Leandro Lara, 108
min., Brasil, 2019. CI: 12 anos
21:30 - Memórias do meu corpo (Memories
of My Body), de Garin Nugroho, 105 min, Indonésia, 2018. CI: 18 anos
Dia 9
15:00 - Polly Perversa volta a atacar!
(Polly Perverse Strikes Again!), de Dan Sallitt, 98 min., EUA, 1986. CI: 12
anos
16:40 - Lost Lotus, de Liu Shu, 82
min., Hong Kong/Países Baixos, 2019. CI: 12 anos
18:10 – Fourteen, de Dan Sallitt, 94
min, EUA, 2019. CI: 12 anos
19:50 – Sessão Fluxus
Leo, de Fabienne Mahé, 30 min., Suíça, 2020. CI: 12 anos
Noites mais longas (Longer Nights), de J Frisch-Wang, 4 min.,
Alemanha, 2019. CI: 12 anos
O apicultor (The Beekeeper), de Mohammad Talebi, 10 min.,
Irã, 2017. CI: 12 anos
O diário das árvores (Tree Time), de Alexandra Lerman, 7:34,
EUA, 2020. CI: 12 anos
Ritu vende online (Ritu
Goes Online), de Vrinda Samartha, 15:50 min., Índia,
2020. CI: 12 anos
Motriz, de Rodolfo Magalhães, 18:33 min., Brasil, 2020. CI:
12 anos
21:20 – Liberté, de Albert Serra, 132
min., França/Portugal/Espanha/
Dia 10
15:00 - Lua de mel (Honeymoon), de Dan
Sallitt, 90 min, EUA, 1998. CI: 12 anos
16:40 – Zero, de Kazuhiro Soda, 128
min., Japão/EUA, 2020. CI: 12 anos
18:50 - O ato indizível (The
Unspeakable Act), de Dan Sallitt, 90 min, EUA, 2012. CI: 12 anos
20:30 - De volta para casa (Coming Home
Again), de Wayne Wang, 86 min, EUA/Coreia do Sul, 2019. CI: 12 anos
22:00 - Edição Ilimitada,
de Edgardo Cozarinsky, Santiago Loza, Virginia Cosin, Romina Paula, 74 min.,
Argentina, 2020. CI: 12 anos
Dia 11
15:00 – Agosto, de Armando Capó, 85
min., Cuba, 2019. CI: 14 anos
16:30 - Todos os barcos no mar (All
the Ships at Sea), de Dan Sallitt, 64 min, EUA, 2004. CI: 12 anos
17:40 - On Paradise Road, de James
Benning, 75 min., EUA, 2020. CI: 12 anos
19:00 - Vapor (Vapour), de Apichatpong
Weerasethakul, 21 min., Tailândia/ Coreia/ China, 2015, Sem som. CI: 12 anos
19:30 – Caterina, de Dan Sallitt, 17
min, EUA, 2019. CI: 12 anos
19:50 - Memórias do meu corpo (Memories
of My Body), de Garin Nugroho, 105 min, Indonésia, 2018. CI: 18 anos
21:40 - Love Poem, de Wang Xiaozhen,
114 min., Hong Kong/China, 2019. CI: 12 anos
MOSTRA COMPETITIVA
Agosto
de Armando Capó, 85 min., 2019, Cuba.
Cuba, verão de 1994. Em meio ao período especial, uma das
maiores crises da história do país, milhares de balsas cubanas tentam entrar
ilegalmente aos Estados Unidos, sem saber ao certo se chegarão com vida. Com o
início das férias, Carlos mergulha num agosto despreocupado, passeando com os
amigos e se apaixonando pela primeira vez. O
futuro incerto do país leva, um por um, dos vizinhos e amigos a partirem em
busca de uma vida melhor, amizades se perdem e famílias se separam.
=====
Nasceu em 1979 em Gibara. Ele se formou na Escola Nacional de
Artes Visuais de Cuba. Posteriormente, formou-se em direção no Instituto
Superior de ARTE (ISA) e como diretor de documentários na EICTV, em San Antonio
de los Baños. Seus filmes foram selecionados para participar de importantes
festivais. “La Marea” foi considerado pela crítica como um dos melhores filmes
cubanos de 2009. Em 2013, Armando foi convidado pelo Doc Fortnight (MOMA´s
International Festival of Nonfiction Film and Media) e pelo Festival de Cinema
de Wintherthur para fazer uma retrospectiva de seus trabalhos.
Filmografia: 2019 August | 2010 Nos quedamos (curta) | 2008
La inercia (curta) / Te quiero mucho (curta)
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Festivais: Toronto 2019 | San Sebastian IFF 2019 | Chicago FF
2019 | Cairo IFF 2019 | Tallinn Black Nights FF 2019 | Festival Internacional
del Nuevo Cine Latinoamericano (Havana IFF) 2019 | Kerala IFF 2019 | Göteborg
FF 2020 | FICCI Cartagena 2020 | Guadalajara IFF 2020.
Edição Ilimitada
(Edición Ilimitada)
de Edgardo Cozarinsky, Santiago Loza, Virginia Cosin,
Romina Paula, 74 min., 2020, Argentina.
O encontro cinematográfico de quatro escritores que também
são atores, diretores, professores e dramaturgos. Essa multiplicidade de
trabalhos em relação à palavra é o ponto comum dos quatro capítulos que compõem
o filme. Quatro histórias, quatro personagens principais: dois homens, duas
mulheres que mostram de maneiras diferentes a escrita, a leitura e a
diversidade geracional. O núcleo essencial desses ensaios ficcionais é o poder
da palavra, mas também a leitura como desculpa para o encontro. O olhar e a
escuta do outro parecem ser a única presença vital em qualquer processo
criativo.
=====
Edgardo Cozarinsky nasceu e vive em Buenos Aires depois de
morar trinta anos em Paris. Ele é roteirista e cineasta. // Santiago Loza é
escritor, dramaturgo e cineasta. Seu primeiro longa-metragem Strange ganhou
o Tiger Award de Melhor Filme no Festival de Rotterdam (2003). Seu trabalho
mais recente, Breve história do Planeta Verde, ganhou o Teddy
Award de melhor longa LGBT da Berlinale 2019. // Virginia Cosin é escritora e
diretora do Sportivo Literario, espaço por ela criado onde coordena encontros
para oficinas de leitura e escrita. Desde 2018 é editora geral da Atletas
Revista. Como romancista, publicou Partida de Nacimiento e Pasaje al Acto. //
Romina Paula é escritora e diretora de cinema e teatro. Seu primeiro
longa-metragem Mais uma vez teve sua estreia
mundial no Festival de Rotterdam e ganhou o Prêmio Horizontes na 67ª edição do Festival de San Sebastian.
=====
Festival:
San Sebastián International Film Festival 2020.
Lost Lotus
de Liu Shu, 82 min., 2019, Hong Kong/Países Baixos.
A jovem professora chinesa Wu Yu procura o motorista
responsável pelo atropelamento e morte de sua mãe.
Ela tenta entender a fé e dedicação da mãe aos princípios budistas, mas quer
encontrar o motorista. A investigação e sua busca
por justiça logo a isola: seu marido quer negociar uma compensação em dinheiro,
e as crenças budistas exigem que ela desista de sua demanda,
já que o destino deve trazer justiça na próxima vida.
=====
Liu Shu, nasceu em Jining, na província de Shandong. Ela se
formou na Shandong Normal University com especialização em Artes. Primeiramente
trabalhou como jornalista para CCTV e na China Beijing TV Station. Ela começou
a trabalhar com cinema independente em 2005. Como funcionária de uma ONG, deu
início a vários eventos exibindo filmes independentes e underground em
diferentes universidades, bem como no Ullens Center for Contemporary Art em
Pequim. Ela escreveu, dirigiu e produziu seu primeiro longa-metragem, Lotus (Xiaohe,
2012), que estreou na Semana da Crítica em Veneza em 2012.
Filmografia:
2019 Lost Lotus | 2012 Lotus
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Festivals:
Göteborg Film Festival 2020 | Tallinn Black Nights 2019 (Competição)
Love
Poem
de
Wang Xiaozhen, 114 min., 2019, Hong Kong/China.
Na China, um jovem casal e seu filho deixam a cidade para
visitar o avô doente no interior. O marido, que também é o diretor do filme,
transforma a relação marido-mulher em um filme ambientado no espaço sufocante
de um carro. O relacionamento se quebra em mil pedaços, dando início a uma
discussão acalorada que expõe ressentimentos, mentiras do passado, uma antiga
amante, um aniversário perdido, um possível divórcio e uma morte. Mas eles
contaram tudo um ao outro?
=====
Wang Xiaozhen, nasceu em 1989 em Linqu, Shandong, é diretor
de cinema, ator e roteirista. Fundador da Beijing Non Media Culture
Communication. Seu trabalho Around That Winter (2013) foi o
filme de abertura do Festival de Cinema Independente de Pequim e ganhou o
prêmio de Melhor Estreia no CIFF.
Filmografia:
2019 Love Poem | 2013 Around That Winter
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Festivais:
Visions du Réel 2020 (Burning Lights Competition) | First IFF Xining
2020 - Melhor Filme de Ficção e Melhor Performace.
Uma
Nuvem no Quarto Dela (The Cloud in Her Room)
de
Zheng Lu Xinyuan, 101 min., 2020, Hong Kong/China.
É um inverno chuvoso em Hangzhou. Muzi volta para casa para o
Ano Novo Chinês, onde ela desempenha seus papéis como filha, meia-irmã e
namorada. Um dia, Muzi acompanha sua irmã mais
nova à escola e conhece o dono de um bar local, pai de um outro aluno. O estranho
lembra um velho amigo de Muzi, despertando nela memórias de seu relacionamento
com alguém que de repente desapareceu no ar. Ao mesmo tempo, seu namorado chega
para uma visita. Vagando por essa cidade que lhe parece tão familiar, mas
distante, ela busca um lugar ao qual pertença.
=====
Zheng Lu Xinyuan é cineasta e vive em Hangzhou, China. Ela se
formou, em 2017, na School of Cinematic Arts, USC e tem mestrado em Produção de
Cinema. Seus curtas-metragens foram selecionados para exibição em festivais como
Tribeca Film Festival, FIRST Film Festival, Bi-City Biennale of Urbanism /
Architecture e China Independent Film Festival.
Filmografia:
2020 The Cloud in Her Room | 2018 Feverish (curta) / A White Butterfly on a Bus
(curta) | 2017 Niu in the Last Day of Fall (curta) / Smokers Die Slowly
Together (curta) | 2016 Running in a Sleeping River (curta) / 5' Funeral in the
Rain (curta) | 2014 Women on Islands (curta) | 2012 Dinner (curta).
=====
Festivais:
Rotterdam 2020 - Tiger Award | New Directors, New Films 2020 | Festival du
nouveau cinéma 2020
On
Paradise Road
de
James Benning, 75 min., 2020, EUA.
Filmado na casa de Benning em Val Verde durante o primeiro
mês da pandemia, On Paradise Road é um retrato dessa época.
=====
James Benning fez seus primeiros trabalhos de vanguarda em
1972, logo depois começou a produzir filmes experimentais mais longos. Entre
1978 e 1985 realizou várias projeções e instalações informáticas. De 1977 a
1980, ele lecionou nas Universidades da Califórnia e Oklahoma. Desde o final da
década de 1980 mora em Val Verde, próximo a Los Angeles. Ele leciona no
California Institute of the Arts, onde, por meio de suas obras, continua a
influenciar fortemente as gerações mais jovens de artistas. Um aspecto
particularmente importante de sua obra é seu
envolvimento com a paisagem americana. Usando tomadas duracionais de quadro
fixo, os filmes de Benning costumam estudar a natureza e a invasão do homem no
mundo.
Filmografia:
2020 Maggie's Farm | 2018 Telemundo / two moons / glory | 2017 L. Cohen | 2016
Spring Equinox / Measuring Change | 2014 Natural History / Farocki | 2013
BNSF | 2012 Easy Rider / Nightfall / Stemple Pass / One Way Boogie Woogie
| 2011 Two Cabins / small roads /After Warhol / Faces / YouTube Trilogy: 4
Songs, History, Asian Girls / Twenty Cigarettes | 2010 Pig Iron |
2009 Ruhr / Fire & Rain.
=====
Sanctorum
de Joshua Gil, 83 min., 2019, México/República
Dominicana/ Qatar.
Em uma pequena e isolada cidade, cercada por montanhas
cobertas de árvores, vive um menino e sua mãe.
A vida tradicional foi extirpada desde que a cidade foi pega no fogo cruzado da
guerra entre militares e os cartéis. Com poucas oportunidades de trabalho e sem
dinheiro suficiente para se mudar para outro lugar, a mãe arruma um emprego
cultivando maconha para os cartéis. Um dia, ela não volta do trabalho. Tomada
pela tristeza, a avó diz ao menino que vá para a floresta e reze ao sol, ao
vento e à água para que eles façam sua mãe
retornar ilesa.
=====
Joshua Gil tem Mestrado em Cinematografia pela Escola de
Cinema e Audiovisual da Catalunha (ESCAC) em Barcelona, Espanha. Iniciou sua carreira profissional no departamento de fotografia do
filme Japão de Carlos Reygadas. Posteriormente trabalhou
como diretor de fotografia em curtas, longas e documentários. Em 2007, iniciou
a carreira como diretor de documentários, publicidade e séries de TV. Em 2015,
dirigiu seu primeiro longa La Maldad que foi selecionado
para a Berlinale.
Filmografía: 2015 Maldade | 2008 Secreto mortal (TV) / Un
balazo para Quintana (TV) | 2007 El último silencio (TV) / Violentos recuerdos
(TV)
=====
Festivais: Venice International Film Festival: Critic´s Week
2019 | Morelia FF 2019 | Stockholm IFF 2019| Tromso IFF 2020| FICCI - The
Cartagena de Indias IFF 2020 | Cinelatino, France - FIPRESCI Award, Prêmio da
Crítica de Toulouse 2020 | Sanfic Festival Internacional de Cine – Melhor Filme
| Istanbul IFF – Competição Internacional.
Zero
de Kazuhiro Soda, 128 min., 2020, Japão/EUA.
O veterano psiquiatra Dr. Masatomo Yamamoto é um pioneiro no
movimento, iniciado na década de 1960, para a abertura dos hospitais
psiquiátricos no Japão como espaços abertos e de socialização. Sua longa carreira de mais de cinco décadas foi
inteiramente dedicada à saúde mental da comunidade, colocando as necessidades dos
pacientes acima de tudo. Agora, aos 82 anos, o Dr. Yamamoto decidiu se
aposentar, causando muita ansiedade para seus pacientes, que contam com ele há
muitos anos como seu salva-vidas. Ele quer agora tentar ocupar seu tempo
cuidando de sua adorável esposa Yoshiko. Em
2008, Soda realizou o filme Mental com o Dr. Yamamoto.
=====
Kazuhiro Soda pratica um método observacional de produção de
documentários baseado em seus próprios "Dez Mandamentos", que o
proíbe de fazer pesquisas na pré-produção ou escrever uma sinopse antes das
filmagens. Ele impõe essas regras a si mesmo para minimizar preconceitos e
poder fazer descobertas inesperadas durante as filmagens e edições. Ele também
é autor de oito livros publicados no Japão.
Filmografia:
Zero (2020, Observational Film #9) | 2018 Inland Sea (Observational Film #7),
The Big House (Observational Film #8) | 2015 Oyster Factory (Observational Film
#6) | 2013 Campaign 2 (Observational Film #5) | 2012 Theatre 1 and Theatre 2
(Observational Film #3 and #4) | 2010 Peace (Observational Film Extra) | 2008
Mental (Observational Film #2) | 2007 Campaign (Observational Film #1).
=====
Festivais: MoMA Doc Fortnight 2020 | Berlinale Forum 2020.
PREMIÈRE
A Barqueira (La Botera)
de Sabrina Blanco, 75 min., 2019, Argentina/Brasil.
Tati tem 14 anos e vive com seu pai em uma casa humilde nas
favelas do bairro ribeirinho de Isla Maciel, em Avellaneda, província de Buenos
Aires. Ela é uma adolescente temperamental, rejeitada pelos colegas, que não se
encaixa naquele ambiente. Tati sonha em se tornar uma barqueira – um trabalho
quase extinto e sempre realizado por homens. Todos os dias ela tenta usar um
barco, mas sem sucesso, até que descobre que um jovem barqueiro começou a
trabalhar no cais. Ele se oferece para treiná-la. A jovem Tati, forçada a
crescer sozinha em um ambiente hostil, conturbado e violento, aprende então a
navegar pelo rio.
=====
Sabrina Blanco é diretora e roteirista, nasceu em Buenos
Aires, Argentina, em 1986. Estudou direção cinematográfica na escola Cievyc, em
Buenos Aires. A Barqueira é seu primeiro longa. O projeto do
filme ganhou o Concurso de Desenvolvimentos de projetos Raymundo Gleyzer 2015,
além de ter participado dos eventos como Nuevas Miradas EICTV 2015, Fundación
Carolina, Lobo Lab 2016, Forum de Coprodução Festival de Guadalajara 2017, WIP
(Work in Progress) Festival Internacional de Cine de Mar del Plata, Ganhador do
WIP Festival de Nuevo Cine Latinoamericano La Habana (2018), e do Festival de
Málaga (2019).
Filmografia: Como roteirista: 2017 Siesta Z (TV Series)| 2017
Tiempo de Sequía (curta) | 2012 Alejo Stivel: Hoy puede ser un gran día
(curta).
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Festivais: Festival Internacional de Cine Mar del Plata
(2019) | Málaga Spanish Film Festival 2020 (Melhor Filme Ibero-americano e
Melhor atriz).
De Volta para Casa (Coming Home Again)
de Wayne Wang, 86 min, 2019, EUA/Coreia do Sul.
O jovem escritor Chang-rae começa seu dia cuidando sozinho
de sua mãe com câncer, enquanto, ao longo de um
dia, prepara para a família um jantar tradicional do Ano Novo coreano que
aprendeu com ela. Logo as emoções e memórias começam a vir à tona, levando-o de
volta a momentos decisivos, de quando enfrentou as expectativas e planos de
seus pais para ele e se impôs. Antes de seu pai e sua irmã
voltarem para casa, uma visita inesperada e encontros em seu bairro em São
Francisco desafiam seus sentimentos de ser o filho de seus pais. Suas
habilidades culinárias serão suficientes para demonstrá-lo?
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Nascido e criado em Hong Kong, Wayne Wang mudou-se para Los
Altos, Califórnia, em 1967. Se formou inicialmente em Ciências Biológicas,
depois estudou pintura no California College of Arts and Crafts, em Oakland.
Fez pós-graduação, em Cinema. Em 1982, com uma bolsa da National Endowment for
the Arts e do American Film Institute, Wang fez o filme de baixo orçamento e
completamente independente Chan Is Missing e depois Dim
Sum: A Little Bit Of Heart (1985), nomeados no British Academy Awards
para Melhor Filme Estrangeiro, o que estabeleceu a reputação de Wang como um
contador de histórias sino-americano. Devido à sua educação
em Hong Kong por pais chineses tradicionais e educado por professores jesuítas
irlandeses, Wang é frequentemente identificado com filmes sobre a diáspora
chinesa, incluindo a adaptação cinematográfica de Eat A Bowl Of Tea (1989)
e The Joy Luck Club (1993). Wang também fez filmes para os
estúdios independentes como Smoke (1995) e Blue In
The Face (1995), Maid In Manhattan (2002), Chinese
Box (1997), Anywhere But Here (1999). No Festival
de Toronto de 2007, Wang voltou às suas raízes chinesas e estreou um
longa-metragem duplo sobre duas mulheres da Nova China: Mil Anos de
Orações e A Princesa de Nebraska. Wang ganhou a
Concha de Ouro de Melhor Filme no Festival de San Sebastian de 2007 por Mil
Anos De Orações.
Filmografia:
Coming Home Again (2019) | While the Women Are Sleeping (2016-2017) | Soul of a
Banquet (2014) | Snow Flower and the Secret Fan (2011) | A Thousand Years of
Good Prayers (2007) | Princess of Nebraska (2007) | Last Holiday (2006) |
Because of Winn-Dixie (2005) | Maid in Manhattan (2002) | The Center of the
World (2001) | Anywhere But Here (1999) | Chinese Box (1997) | Blue in the Face
(1995) | Smoke (1995) | The Joy Luck Club (1993) | Life Is Cheap... But
Toilet Paper Is Expensive (1989) | Eat a Bowl of Tea (1989) | Dim Sum Take Out
(1988) | Slam Dance (1987) | Dim Sum: A Little Bit of Heart (1985) | Chan Is
Missing (1982) | A Man, a Woman, and a Killer (1975)
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Festivais:
Toronto Film Festival 2019 | Busan IFF 2019 | Tallinn Black Nights 2019
Eu Estava em Casa, mas... (Ich war zuhause, aber...)
de Angela Schanelec, 105 min., 2019, Alemanha/Sérvia.
Um garoto de 13 anos desaparece, sem deixar vestígios. Após
uma semana, ele reaparece no pátio da escola, sujo e diferente. Sua mãe e seus professores podem apenas tentar adivinhar o
que ele procurava: uma extrema proximidade com a natureza ou a morte, por causa
da recente perda de seu pai. O comportamento do garoto invalida tudo aquilo
que, até então, eles tomavam como certo.
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Angela Schanelec nasceu em Aalen, Baden-Württemberg, em 1962
e estudou dramaturgia em Frankfurt am Main. Entre 1984 e 1991, trabalhou em
vários teatros alemães antes de estudar direção na Academia de Cinema e
Televisão em Berlim. É escritora e diretora independente desde 1995. Em 2005,
fundou a Nachmittagfilm. É também professora conferencista de cinema na
Academia de Belas Artes de Hamburgo. Por este filme, Eu Estava em
Casa, mas... Angela recebeu o Urso de Prata de Melhor Direção no
Festival de Berlim em 2019.
Filmografia:
2019 Ich war zuhause, aber (I Was at Home, But) | 2016 Der traumhafte Weg (The
Dreamed Path) | 2014 The Bridges of Sarajevo/Princip Text (curta) | 2010 Orly |
2009 Deutschland 09/Erster Tag (curta) | 2007 Nachmittag (Afternoon) | 2004
Marseille | 2001 Mein langsames Leben (Passing Summer) | 1998 Plätze in Städten
(Places in Cities) | 1995 Das Glück meiner kleinen Schwester (My Sister's Good
Fortune) | 1993 Ich bin den Sommer über in Berlin geblieben (I Stayed in Berlin
All Summer)
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Festivais: Berlin International Film Festival 2019 (Urso de
Prata – Melhor Diretora) | FEST International
Film Festival 2019 (Prêmio do Júri – Competição Nacional) | IndieLisboa 2019 |
Belgrade Film Festival | Hong Kong International Film Festival.
Knives
and Skin
de
Jennifer Reeder, 112 min., 2019, EUA.
Uma pequena cidade, em algum lugar, no meio-oeste dos Estados
Unidos. Para os adolescentes locais, a vida escolar não estaria completa sem o
time de futebol, a banda marcial, as líderes de torcida e seu mascote. Os
adultos estão preocupados com o desejo, as crises de meia-idade e os problemas
conjugais. O desaparecimento da estudante Carolyn Harper rompe a pretensa
normalidade dos habitantes da cidade. Jennifer Reeder cria um mundo misterioso,
acentuado por coros de música pop, reinterpretando elementos de gênero
retirados do realismo mágico, musical, comédia absurda e filme noir.
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Jennifer Reeder nasceu em Ohio, Estados Unidos, em 1973, e
formou-se na School of the Art Institute of Chicago (SAIC). Seus filmes
premiados, que foram exibidos em vários festivais internacionais, enfocam
histórias sobre relacionamentos, traumas e como lidar com essas experiências.
Filmografia:
2019 Knives and Skin | 2018 All Small Bodies (curta) | 2017 Shuvit (curta) |
2017 LOLA, 15 (curta)| 2017 Signature Move | 2016 Crystal Lake (curta) | 2016
Marietta Brimble (curta) | 2015 Blood Below the Skin (curta) | 2014 A Million
Miles Away (curta) | 2012 Girls Love Horses (curta)| 2012 And I Will Rise If
Only to Hold You Down (curta) | 2011 Tears Cannot Restore Her: Therefore, I
Weep (curta) | 2010 Seven Songs About Thunder (curta) | 2008 Accidents at Home
and How They Happen | 2007 Claim (curta) | 2006 The Heart and Other Small
Shapes (curta) | 1995 White Trash Girl (curta).
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Festivais:
Berlin International Film Festival 2019 |Tribeca Film Festival 2019 | Toronto
Inside Out LGBT Film Festival 2019 | Fantasia International Film Festival 2019
| Neuchâtel International Fantastic Film Festival 2019.
Liberté
de Albert Serra, 132 min., 2019,
França/Portugal/Espanha/
Em algum lugar entre Potsdam e Berlim, em 1774, pouco antes
da Revolução Francesa, Madame de Dumeval, Duque de Tesis e Duque de Wand,
libertinos expulsos da puritana corte de Luís XVI, pedem apoio ao lendário e sedutor
Duque de Walchen, livre-pensador alemão, que vive solitário num país onde
reinam a falsa virtude e a hipocrisia. A missão deles é exportar a
libertinagem, filosofia do século das Luzes baseada na rejeição aos limites
morais e às autoridades, mas, além disso, precisam encontrar um lugar seguro
para realizarem seus jogos libertinos, nos quais a busca por prazer obedece
apenas às leis ditadas pelos desejos não realizados.
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Albert Serra, cineasta e artista catalão, nasceu em Banyoles,
em 1975. Estudou filosofia e literatura, escreveu peças de teatro e produziu
diversos trabalhos em vídeo. Tornou-se internacionalmente reconhecido com seu
primeiro longa-metragem, Honor of Knights, exibido na Quinzena
dos Realizadores, em Cannes, em 2006. Em 2013, Serra recebeu o Leopardo de Ouro
em Locarno por seu filme, História da minha morte, inspirado nas
memórias de Casanova. Em 2016 lançou A Morte de Luis XIV, com o
lendário Jean-Pierre Léaud protagonista. O Rei Luis XIV é novamente retratado
por ele em 2018, com Roi Soleil.
Filmografia: 2018 Roi Soleil | 2016 A Morte de Luis XIV |
2013 Història de la meva mort | 2013 Els tres porquets | 2011 El senyor ha fet
en mi meravelles | 2008 El cant dels ocells | 2006 Honor de Cavalleria | 2003
Crespià, the film not the village.
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Festivais:
Festival de Cannes 2019 - Un Certain Regard (Prêmio Especial do Júri) |
Film Fest München 2019 | T-Mobile New Horizons
International Film Festival-Wroclaw 2019.
Rodantes
de Leandro Lara, 108 min., 2019, Brasil.
A vida de três personagens: Tatiane, uma jovem garota que
foge para tentar se reinventar após um passado traumático; Odair, fruto da
explosão migratória rondoniense do início dos anos 90, é um rapaz que em meio a
descobertas sexuais corre riscos ao se desprender da casa dos pais; e Henry, um
imigrante haitiano que, após a morte de sua mulher,
luta com seus dois filhos pequenos para sobreviver em meio ao progresso e à
miséria brasileira. Vidas em ebulição no caos, se esbarram por aí em momentos
ocasionais sem envolvimento maior do que sua própria
condição de ambulantes.
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Nascido em Belo Horizonte, Brasil, Leandro Lara (a.k.a
Leandro HBL) é diretor de cinema e produtor formado em Artes e Comunicação na
PUC - MG e especialista em direção de fotografia pelo Instituto Cubano -
Escuela Internacional de Cine y Televisión - com sede em San Antonio de Los
Baños. Durante três anos foi consultor para o pioneiro laboratório de criação
da Benetton, a FABRICA. Estabeleceu-se em São Paulo, com suas próprias
produtoras, a Mosquito Project e a Bando Studio. Dirigiu e produziu o
documentário sobre Baile Funk com o Dj Diplo, Favela on Blast e
a série documental de TV Reis da Rua. Recentemente terminou seu
diário audiovisual sobre limites e fronteiras chamado Prelúdios do Sol composto
de doze filmes experimentais curtos. Atualmente, está desenvolvendo os
longas TAZ, em parceria com o roteirista Lucas C. Barros e o
drama psicológico Cleveland. Este é seu primeiro longa de ficção.
Filmografia: 2019 Rodantes | 2011 Reis da rua (TV) | 2008 Favela
on Blast (documentário) |2007 Descaminhos (curta)
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Festivais: Brazilian Film Festival de Miami e New York (2020)
| Cinélatino, 32èmes Rencontres De Toulouse |Festival de Brasília do Cinema
Brasileiro 2019 (Mostra Novos Realizadores)
Perfil de uma Mulher (A Girl Missing)
de Koji Fukada, 111 min., 2019, Japão/França
Ichiko é enfermeira particular e há anos cuida da matriarca
da família Oisho e os considera como sua própria
família. É também confidente da jovem Motoko, a filha mais velha da família. A
vida tranquila e rotineira de Ichiko começa a mudar quando a irmã mais nova de
Motoko desaparece. Logo a mídia e as investigações da polícia revelam que o
sequestrador é o sobrinho de Ichiko.
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Koji Fukada nasceu em 1980, em Tóquio. Frequentou a Faculdade
de Letras da Universidade Taisho e começou, ao mesmo tempo, a fazer aulas de
cinema na Film School de Tóquio, em 1999. Depois de fazer seu primeiro
longa-metragem The Chair, ingressou na companhia teatral de
Seinendan, liderada por Oriza Hirata, em 2005. Realizou também os filmes Hospitalite
(Kantai) em 2010, e Au revoir l'été (Hotori no Sakuko) em
2013. Seu filme Harmonium recebeu o Prêmio do Júri na Un
Certain Regard, em Cannes, em 2016. Em 2018, Koji Fukada foi premiado com
Chevalier of Ordre des Arts et des Lettres, na França.
Filmografia:
2018 The Man From The Sea | 2016 Harmonium | 2015 Sayonara |
2013 Au Revoir L’été | 2010 Hospitalité | 2008 Human Comedy In Tokyo
| 2006 La Grenadière
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Festivais:
Festival de Locarno 2019 (competição) | Chicago International Film Festival
2019 | Viennale 2019 | Faro Island Film Festival 2020 | Tokyo International
Film Festival 2020
PJ
Harvey: Um Cão Chamado Dinheiro (A Dog Called Money)
de Seamus Murphy, 92 min., 2019, Irlanda/Reino Unido.
A compositora e cantora PJ Harvey e o premiado fotógrafo
Seamus Murphy fizeram uma parceria. Em busca de experiências mais pessoais nos
países sobre os quais ela desejava escrever, PJ acompanhou Murphy em algumas de
suas viagens de trabalho pelo mundo. Foram juntos ao Afeganistão, ao Kosovo e a
Washington. PJ coletou palavras e Murphy coletou imagens.
De volta à Londres, as palavras se transformaram em poemas,
canções e, posteriormente, no álbum The Hope Six Demolition Project gravado, em
2016, por meio de uma arrojada experiência artística, na Somerset House. O
público foi convidado a assistir, ao vivo, numa sala construída especialmente
atrás de uma parede de vidro, a um processo de criação de cinco semanas, que se
desenrolou tal qual uma escultura sonora. Murphy documentou a experiência com a
mesma visão e mesmo acesso privativo de suas viagens. O resultado é uma jornada
íntima pela inspiração, composição e gravação de um disco de PJ Harvey.
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Seamus Murphy é fotógrafo, cineasta e escritor premiado, cresceu
na Irlanda e vive em Londres. Seu trabalho integra as coleções do Museu Getty
de Los Angeles, Museu Imperial da Guerra em Londres, Universidade de Stanford e
FRAC Auvergne. Recebeu sete prêmios World Press Photo por seu trabalho
fotográfico no Afeganistão, Gaza, Líbano, Serra Leoa, Peru e Irlanda. Recebeu o
World Understanding Award da POYi (Pictures of the Year), em 2005, por seu
trabalho First Place sobre o Afeganistão e o filme Darkness Visible que
ele fez baseado nesse trabalho foi indicado ao Emmy em 2011 e ganhou o Prêmio
Liberty in Media. Murphy já fez filmes para o Channel 4 no Reino Unido e para a
The New Yorker. Ele colaborou com PJ Harvey em projetos para o álbum Let
England Shake (2011) e The Hope Six Demolition Project, pelo qual ganhou um Q
Award de melhor vídeo musical em 2016 e deu origem ao filme Um Cão
Chamado Dinheiro. Murphy e Harvey trabalharam juntos também no livro The
Hollow of the Hand, em 2015, com fotografia dele e poesia dela. Seu último
livro The Republic, de 2016, é um retrato pessoal sobre a Irlanda.
Filmografia:
2019 A Dog Called Money | 2016 The Hope Six Demolition Project (curta) | 2014
Sons of Stonecutter Street (curta) | 2014 Bagram (curta) | 2013 Home is Another
Place (curta) | 2012 Snake (curta) | 2012 Went the Games Well? (curta) | 2011 A
Darkness Visible: Afghanistan (curta) | 2011 12 Short Films for PJ Harvey's Let
England Shake (curta).
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Festivais:
Berlin International Film Festival 2019 (Panorama) | Seattle International Film
Festival 2019 | Visions du Réel 2019 | Sydney Film Festival 2019 | Karlovy Vary
International Film Festival 2019.
Vitalina Varela
de Pedro Costa, 124 min., 2019, Portugal
Vitalina Varela, 55 anos, cabo-verdiana, chega a Portugal
três dias depois do funeral do marido. Há mais de 25 anos que Vitalina esperava
o seu bilhete de avião.
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Nascido em Lisboa, Pedro Costa abandona os estudos de
História para frequentar as aulas de António Reis na Escola Superior de Cinema.
Seu primeiro longa-metragem, O Sangue, teve sua estreia
no Festival de Veneza em 1989. Casa de Lava, seu segundo
trabalho, rodado em Cabo Verde, foi selecionado para o Festival de Cannes em
1994. Entre seus outros filmes estão No quarto da Vanda, Onde
jaz o teu sorriso?, sobre o trabalho de Danièle Huillet e Jean-Marie
Straub, e Ne change rien. Cavalo Dinheiro recebeu
o Leopardo de Prata para Melhor Direção no Festival de Locarno em 2014.
Filmografia: 2019 Vitalina Varela | 2014 Cavalo Dinheiro |
2012 Sweet Exorcist (curta na coletânea Centro Historico | 2010 O Nosso Homem
(curta) | 2009 Ne Change Rien | 2007 The Rabbit Hunters (curta na coletânea
Memories) | 2007 Tarrafal (curta na coletânea O Estado Do Mundo) | 2006
Juventude Em Marcha | 2003 6 Bagatelas (curta) | 2002 Onde Jaz O Teu Sorriso? |
2001 Danièle Huillet, Jean-marie Straub, Cinéastes (na coletânea Cinéastes, De
Notre Temps) | 2000 No Quarto Da Vanda | 1997 Ossos | 1994 Casa De Lava | 1990
O Sangue | 1987 Cartas A Julia (curta).
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Festivais: Leopardo de Ouro para Melhor Filme e Prêmio de Melhor
Atriz - Locarno Film Festival (2019) | Silver Hugo - prêmio do júri no Festival
de Chicago (2019) | Grande prêmio do Festival de Cinema de La Roche-su-Yon
(2019) | Grand Prix Asturias - Melhor Filme e Melhor Fotografia no Gijón
International Film Festival (2019).
SESSÃO ESPECIAL
Memórias do Meu Corpo (Memories Of My Body)
de Garin Nugroho, 105 min, 2018, Indonésia.
Juno é apenas uma criança quando seu pai o abandona em sua aldeia de Java Central. Sozinho agora, ele se junta a
um centro de dança Lengger, onde os homens adaptam seus movimentos e sua aparência femininos. Mas a sensualidade e sexualidade
que vêm da dança e dos corpos, misturadas com o violento ambiente social e
político da Indonésia, forçam Juno a se mudar de aldeia em aldeia. Mesmo que em sua jornada Juno receba atenção e amor de seus professores
de dança, sua tia esquisita, seu velho tio, um
boxeador bonito e um Warok, ele ainda tem que enfrentar sozinho o campo de
batalha em que seu corpo está se tornando.
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Garin Nugroho nasceu em Jogjakarta, Indonésia, em 1961, e
completou seus estudos em 1985 na Academia de Cinema de Jacarta. Com seu filme
de estreia, Love is a slice of bread (1991), ele foi eleito
o Melhor Jovem Diretor no Asia Pacific International Film Festival. Seu segundo
longa, Letter for an angel (1994), ganhou o prêmio de Melhor
Filme em Taormina e Tóquio. O filme seguinte, Leaf on a pillow (1998)
estreou em Un Certain Regard, em Cannes, e ganhou o Prêmio Especial do Júri em
Tóquio. Com Bird man tale Nugroho ganhou o prêmio NETPAC na
Belinale em 2002. Sua Opera Java,
produzida como parte da celebração do 250º aniversário de Mozart, estreou em
Veneza em 2006 e ganhou prêmios em Tóquio, Cinemanila e Cingapura. Memories
Of My Body é seu 19º longa-metragem.
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Memórias do meu corpo por Nugroho
Um filme é uma declaração pessoal ou uma expressão de
ansiedade sobre as questões pessoais e sócio-políticas que o cercam. A alegria
de fazer um filme surge quando ele consegue transmitir essas mensagens. Já fiz
18 filmes com temas diversos; do início do século 19 como pano de fundo até a
Indonésia atual; do radicalismo islâmico, liberalismo econômico, ao pogrom
comunista do país; tudo condensado em pequenas histórias de várias ilhas da
Indonésia. Desta vez, fiquei muito interessado na questão da masculinidade e
feminilidade fundidas no corpo de uma pessoa. Ter um corpo masculino e feminino
tem sido uma questão muito sensível na Indonésia, o país com a maior população
muçulmana do mundo.
Memories of My Body é uma afirmação e uma
crítica. Afirma que a mistura de masculinidade e feminilidade sempre foi uma
parte normal da natureza e tradição. Também critica a violência contra o corpo
em contextos sociais e políticos. _ Garin Nugroho
Vapor (Vapour)
de Apichatpong Weerasethakul, 21 min., 2015,
Tailândia/ Coreia/ China. Sem som.
As nuvens descem sobre uma aldeia e a submerge por um dia.
Tocam as telhas, as camas, as cadeiras, os tapetes, a grama e os corpos,
infectando tudo com a febre do estupor branco. Vapor se passa na vila de Toongha
no distrito de Mae Ram, que foi o lar de Apichatpong nos últimos oito anos. A
aldeia é uma das várias áreas do país que são atormentadas por problemas de
gestão de terras. Nos últimos sessenta anos, tem sido um campo de batalha entre
o povo e o estado.
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Apichatpong Weerasethakul nasceu em 1970 na cidade de
Bangkok, Tailândia. Se formou arquiteto na Universidade de Khon Kaen, e artista
visual no Art Institute of Chicago. Temas recorrentes dos seus filmes incluem
religião e misticismo, a natureza e a sexualidade humana, além da realidade de
diferentes povos no Sudeste Asiático. Um dos mais originais e premiados
diretores contemporâneos, Apichatpong venceu a Palma de Ouro no Festival de
Cannes de 2010 pelo filme Tio Boonmee que pode recordar suas vidas
passadas. Seu próximo filme, Memoria, deve ser lançado em
2021.
Vapor por Apichatpong
As montanhas possuem um fascínio inegável. Embora a cerca
da minha casa seja próxima ao quartel e constantemente ouçamos a prática de
tiro para uma guerra invisível, a beleza ao redor das montanhas; os lótus, as
galinhas, as vacas e os bambuzais tornam impossível deixar este lugar.
O vilarejo de Toongha no distrito de Mae Ram tem sido
minha casa nos últimos oito anos. Aprendi que em sua tranquilidade
existe uma raiva oculta. A aldeia é uma das várias áreas do país que são
atormentadas por problemas de gestão de terras. É um campo de batalha entre o
povo e o estado. Nos últimos sessenta anos, os aldeões solicitaram a
propriedade da terra em que suas famílias se estabeleceram por gerações. Anos
atrás, cercas de arame farpado foram erguidas para resistir às ameaças de
despejo do exército. Durante os confrontos acalorados, dezenas de casas de
soldados na área foram incendiadas. A chama continua forte na memória. Agora
continua sendo um inferno silencioso.
Vapor é uma colaboração entre as pessoas que vivem aqui,
as arquiteturas, os animais, os jovens cineastas de Chiang Mai e eu. Juntos
fizemos um filme que é um cruzamento, entre um suspense criminal e um romance,
ou poderia ser um poema peculiar da estação das chuvas.
Junho é a época em que a aldeia é atacada por um enxame
de mosquitos que se erguem dos pântanos. A autoridade local tem um serviço de
pulverização de mosquitos durante todo o ano. A equipe carrega uma máquina portátil
e perambula pela aldeia envolvendo tudo com nuvens brancas de inseticida. Isto
não apenas mata os mosquitos, formigas e outros insetos, a névoa cria uma vista
do céu realocada para a terra. As nuvens tocam as telhas, as camas, as
cadeiras, os tapetes, a grama e nossos corpos, como se tudo estivesse submerso
em um mundo de sonhos. Ou é um mundo de filmes trash de terror? _ Apichatpong
Weerasethakul (2015).
Jennifer
Reeder: FFDF (FEMINIST FUTURE DREAM FEVER)
A Milhões de Milhas Distantes (A Million Miles Away)
de Jennifer Reeder, 27:58, 2014, EUA.
Uma dramática relação contemporânea atinge sua apoteose ao som de um hino do heavy metal de 1982,
You've Got Another Thing Comin, de Judas Priest. Uma mulher (a regente) está à
beira de um colapso nervoso e, assim como as adolescentes (o coro), passa por
uma transformação. Os papéis de professor e aluno são invertidos quando a
mulher não consegue decifrar uma mensagem de texto de seu amante.
Marietta Brimble
de Jennifer Reeder, 8 min, 2016, EUA.
Um filme de gato.
Sonhei que Você Sonhava Comigo (I Dream You Dream of
Me)
de Jennifer Reeder, 10 min., 2018, EUA.
Uma mulher solitária (Angelica Ross) segue por uma trilha e
joga fora o excesso de bagagem pelo caminho. O terror onírico febril feminista
de Reeder apresenta uma nova visão do faroeste moderno.
As Dunas (The Dunes)
de Jennifer Reeder, 6:21, 2019, EUA.
Um encontro romântico de um jovem casal na praia fica
perigoso quando eles encontram uma misteriosa e estranha mulher à beira-mar.
Será que o último dia do verão será o último dia de suas vidas?
RETROSPECTIVA DAN SALLITT
Polly Perversa Volta a Atacar! (Polly Perverse Strikes Again!)
de
Dan Sallitt, 98 min, 1986, EUA.
Theresa, a ex-amante de Nick, retorna após uma década de
ausência, comprometendo o relacionamento entre ele e sua amável
namorada, Arliss. Theresa, a Polly Perversa do título, se torna um símbolo da
própria fúria e desordem sexual que Nick tenta deixar de lado em prol de uma
vida mais serena.
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Roteiro: Dan Sallitt| Fotografia: Jon Hofferman | Montagem:
Dan Sallitt | Som: Craig Kitson, Tina Luther, Michael J. Masucci | Produção:
Linda Glasser | Elenco: Dawn Wildsmith, S.A. Griffin
Lua de mel (Honeymoon)
de Dan Sallitt, 90 min, 1998, EUA.
Em Nova York, Mimi e Michael, ambos na casa dos trinta, são
amigos íntimos após um breve e malsucedido namoro anos antes. Michael
permaneceu apaixonado por Mimi ao longo dos anos, mas Mimi, que acabou de
terminar com seu namorado de longa data, Tommy, parece não estar disposta a
tentar um romance com ele uma segunda vez. A faísca entre eles é acesa
novamente, durante um piquenique no fim de semana, e Mimi, repentinamente
entusiasmada, pede abruptamente Michael em casamento. Os dois se casam
imediatamente e partem em lua de mel para a Pensilvânia, sem nunca terem
dormido um com o outro.
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Roteiro: Dan Sallitt| Fotografia: David S. Park| Montagem:
Robin Burchill| Som: Andy Edelman| Produção: Alex Morrison, Bill Gerstel|
Elenco: Edith Meeks, Dylan McCormick
Todos os Barcos no Mar (All the Ships at Sea)
de Dan Sallitt, 64 min, 2004, EUA.
A professora de teologia, Evelyn Bell, visita seu amigo e
padre Joseph Ryan na sacristia da igreja após a missa. Claramente angustiada
pelos recentes acontecimentos envolvendo sua irmã,
Evelyn conta a Joseph toda a história. Virginia, sua irmã
mais nova, aderiu a um culto religioso e mais tarde foi encontrada, gravemente
deprimida, por assistentes sociais em um banco de parque em Ohio.
Expressando-se com sua crueldade usual, a mãe
de Evelyn pede que ela leve Virginia para a cabana da família para se
recuperar. Virginia parece gostar da companhia de Evelyn, e as irmãs falam
sobre sua infância difícil, suas crenças
e sua aliança contra seus pais opressores.
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Roteiro: Dan Sallitt| Fotografia: Duraid Munajim | Montagem:
Dan Sallitt | Som: Jim Emswiller | Produção: Julie Spiegel | Elenco: Strawn
Bovee, Dylan McCormick, Lois Raebeck, Edith Meeks
O
Ato Indizível (The Unspeakable Act)
de
Dan Sallitt, 90 min, 2012, EUA.
Jackie, de 17 anos, fica angustiada quando Matthew, seu irmão
mais velho, arruma sua primeira namorada
e se prepara para ir para a faculdade. Morando em uma velha casa no Brooklyn
com a mãe e outra irmã, os dois têm uma relação simbiótica, embora Matthew não
compartilhe do desejo incestuoso de Jackie. Após a separação de Matthew, eles
passam um último verão idílico juntos. Mas a partida de Matthew para a
faculdade leva uma Jackie deprimida para a terapia, mas gradualmente ela vai
assimilando e até fica com outros meninos. Quando Matthew volta de férias, uma
Jackie mais confiante faz uma oferta final para
manter vivo seu sonho de infância...
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Roteiro: Dan Sallitt| Fotografia: Duraid Munajim | Montagem:
Dan Sallitt | Som: David Groman| Produção: Shari Berman, Jaime Christley, Ania
Trzebiatowska| Elenco: Tallie Medel, Sky Hirschkron, Aundrea Fares, Kati
Schwartz, Caroline Luft.
Fourteen
de
Dan Sallitt, 94 min, 2019, EUA.
Mara e Jo são as melhores amigas desde o ensino médio, quando
tinham 14 anos. Jo é a mais extrovertida, é assistente social, vive uma série
de relacionamentos breves, sempre intensos. Mara tem uma personalidade mais
reservada, é professora assistente, tenta uma vaga no ensino fundamental, e
escreve ficção em seu tempo livre. Sua vida
romântica é dos pequenos casos, até conhecer Adam. Jo apresenta uma certa
instabilidade emocional cada vez mais preocupante que afeta seu trabalho
e sua vida pessoal. Ao longo de mais de uma
década, Mara às vezes tenta ajudar, às vezes recua para se preservar, mas nunca
deixa para trás sua poderosa conexão afetiva
com Jo.
Fourteen traz com grande sinceridade e
sensibilidade a dinâmica de uma longa amizade e seus altos e baixos, quando às
vezes os interesses divergem, as brigas e os problemas pessoais deixam de lado
a cumplicidade, os encontros e desencontros amorosos levam a vida para momentos
diferentes. A complexidade do sentimento da amizade que se transforma e
permanece.
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Roteiro: Dan Sallitt| Fotografia: Chris Messina| Montagem:
Dan Sallitt | Som: Sean Dunn, Lian Luan| Produção: Caitlin Mae Burke| Elenco:
Tallie Medel, Norma Kuhling, Evan Davis, Willy McGee
Caterina
de Dan Sallitt, 17 min, 2019, EUA.
Caterina nasceu na América do Sul, mas mora em Nova
York. Sua disposição em estabelecer conexões
emocionais íntimas com outras pessoas é tanto um fardo quanto um presente.
=====
Roteiro: Dan Sallitt| Fotografia: Chris Messina| Montagem:
Dan Sallitt | Som: Sean Dunn| Produção: Graham Swon| Elenco: Agustina Muñoz,
Caroline Luft, C. Mason Wells, Kolyn Brown, Kyle Molzan
SESSÃO FLUXUS
Leo
de Fabienne Mahé, 30 min., 2020, Suíça.
Como faz todos os domingos à
noite, Leo vai receber suas duas irmãs para jantar. Como é o esperado dela, ela
não preparou nada. Exceto um grande segredo que Leo está lutando para revelar.
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Depois de experiências como atriz, Fabienne Mahé trabalha em
teatro, televisão e cinema. O desejo de dirigir atores e contar histórias a
leva a começar a escrever e dirigir. Em 2013, após a produção de uma série de
uma campanha publicitária nacional contra a violência feminina exibida pelo
Canal +, ela fez seu primeiro documentário Les Sentinelles Oubliées para
o France Television Group em 2016. Leo é seu primeiro filme
de ficção.
Noites mais Longas (Longer Nights)
de J Frisch-Wang, 4 min., 2019, Alemanha.
À medida que as noites ficam mais longas no inverno gelado,
uma garota passa a refletir sobre sua relação
com o céu.
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J Frisch-Wang é uma diretora americana de 19 anos que mora em
Berlim, Alemanha. Com foco no surrealismo e na comédia, J trabalhou na
indústria do cinema nos últimos 3 anos filmando documentários e curtas
narrativos.
O Apicultor (The Beekeeper)
de Mohammad Talebi, 10 min., 2017, Irã.
A história de um apicultor e seu filho, e suas memórias nas
montanhas iranianas.... Enquanto isso, a guerra na vizinha Síria se aproxima.
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Mohammad Talebi é produtor e diretor de televisão. Nasceu em
Sarband, Shazand, Irã. Talebi é bacharel em Literatura Dramática e mestre em
Produção para TV.
O Diário das Árvores (Tree Time)
de Alexandra Lerman, 7:34, 2020, EUA,.
Tree Time imagina uma relação entre natureza e tecnologia não
mediada pela presença humana. O vídeo foi filmado na floresta amazônica com um
drone representando um ponto de vista incorpóreo que flutua através da copa da
floresta densamente comprimida, decolando, pairando acima do solo e,
ocasionalmente, retornando a ele.
O título do trabalho é formado por uma série de entrevistas
com um dendrocronologista que estuda métodos de rastreamento das mudanças
climáticas através da "leitura" anual dos anéis das árvores na
floresta amazônica - registros ecológicos revelam uma dimensão oculta do tempo
narrativo dentro da própria natureza.
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Alexandra "Sasha" Lerman é uma artista russa que
mora em Nova York. Sua obra abrange fotografia,
escultura, vídeo e performance. O trabalho de Lerman foi exibido no Sculpture
Center, Tina Kim Gallery, Storefront for Art and Architecture, Anthology Film
Archives, Artists Space, Whitney Museum, New Museum em Nova York, Signal
Center, Malmö na Suécia, MUSAC na Espanha, Museum of Hygiene em São Petersburgo
e Ground Solyanka em Moscou, Rússia, entre outros. Alexandra participou do LMCC
Workspace Program, Open Sessions Residency no Drawing Center, fez uma
residência no LabVERDE em Manaus, Brasil, e no Banff's A Position of DOCUMENTA
(13), em Alberta no Canadá. Ela possui um MFA da Columbia University e um BFA
da Cooper Union School of Art.
Ritu Vende Online (Ritu
Goes Online)
de Vrinda Samartha, 15:50 min., 2020, Índia.
Em 2016, Ritu Kaushik, uma dona de casa da periferia de Nova
Delhi, começou a vender bolsas na Flipkart com sua marca
Ritupal Collection. Nascida e criada em uma pequena aldeia em Sonipat
(Haryana), Ritu teve que interromper seus estudos aos 16 anos. Um ano depois,
ela se casou sob pressão familiar. A recém-casada Ritu começou a plantar e
criar gado, e investiu todo o seu tempo na família. À medida que seus filhos cresciam,
ela sentiu a necessidade de criar uma identidade para si mesma. Ela esperou 15
anos para terminar seus estudos. Ritu lutou obstinadamente contra a mentalidade
patriarcal ao seu redor para abrir seu próprio negócio.
=====
Vrinda é sócia e diretora da Believe Films. Ela começou como
assistente de direção da Trends Ad Films, onde trabalhou com o premiado diretor
V. K. Prakash. Desde então, ela fez parte em diversas campanhas e
longas-metragens nacionais e internacionais. Limitless (2017)
foi seu primeiro documentário de longa-metragem como diretora. Após uma
carreira de sucesso em festivais, o filme agora está sendo exibido pela
Netflix.
Motriz
de Rodolfo Magalhães, 18:33 min., 2020, Brasil.
Um relógio submerso perdido por anos nas águas de um moinho
de água parou de funcionar, para descobrir que traz de volta suas forças
motrizes.
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Rodolfo Magalhães é formado em Comunicação Social pela UFMG
(1990). É fundador e ex-sócio diretor da produtora Ciclope Multimídia e
atualmente dirige a Aroda Comunicação. É diretor, roteirista de projetos
audiovisuais educativos, séries para TV, institucionais, videoclipes, videoarte
e documentários, além de produção e direção de mídias digitais. Seus principais
trabalhos foram exibidos em mostras e festivais de diversos países, além do
Brasil; Alemanha, Áustria, Holanda, França, Inglaterra, Japão, China, Colômbia,
Argentina, Cuba e Estados Unidos.
Serviço
INDIE 2020 – Online
04 a 11 de novembro
Sessões gratuitas e online
instagram: @indie_festival
twitter: @indiefestival
http://www.facebook.com/
Fonte: Assessoria de Imprensa
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