CASA VOGUE MAIO: O MINIMALISMO POSTO EM REVISTA

 

Essencial, abstrato, austero, limpo, simples, elementar, inteligível, silencioso, sintético. Estes são alguns dos adjetivos associados ao minimalismo, tema central da edição de maio da revista Casa Vogue. A equipe ouviu especialistas para promover uma contextualização histórica e social do assunto, e como esse estilo pode ser, ao mesmo tempo, diversificado e excludente. A publicação destaca o trabalho da arquiteta e designer mineira Juliana Vasconcellos em um imóvel na capital paulista; o apartamento de um empresário grego em São Paulo, com projeto minimalista assinado pelo Atelier Peclat+Chow; o estilo caprichoso e extravagante do designer e galerista francês radicado no México, Emmanuel Picault; a filosofia de vida da designer dinamarquesa Yvonne Koné e as ponderações do crítico de arte Kyle Chayka.

Com inigualável efeito imagético, o termo minimalismo evoca instantaneamente um determinado tipo de espaço, onde sobressaem a luz, as superfícies e o vazio. Ainda assim, este retrato imaginário pode variar bastante - sinal da multiplicidade de interpretações que o conceito admite, desde sua origem nas artes até as influências contemporâneas, como mostra reportagem especial na edição. Se a diversidade de atributos associados ao que se entende hoje como arquitetura minimalista enriquece e facilita o entendimento do conceito, também indica a variedade de sentidos encontrados nessa corrente. A um só tempo, ela consegue a proeza de pautar desde microapartamentos-fetiche a manuais de organização doméstica. Não há fronteiras para o novo minimalismo, que alcança um sem-número de pessoas ao transformar- se em fenômeno mercadológico e ver-se incorporado ao senso comum. Os especialistas são unânimes: a referência mais literal ao minimalismo remete às artes visuais produzidas nos Estados Unidos na década de 1960, como mostra a reportagem especial que traz exemplos do minimalismo no Brasil e no mundo.

Longe do Brasil por uma temporada, um empresário do ramo de hotelaria vislumbrou uma boa oportunidade de negócio no leilão de um apartamento térreo de 140 m², situado no Itaim Bibi, em São Paulo. Mesmo sem agenda para a vistoria presencial, ele abraçou a aventura e deixou baterem o martelo para o imóvel. Seu lance seguinte foi garimpar em Minas Gerais o precioso trabalho da arquiteta e designer Juliana Vasconcellos para comandar a reforma, mais do que necessária. O salto se deu no vazio, mas o resultado acertou em cheio. Assinado pelo Atelier Peclat+Chow, que traz as transformações de um apartamento com 127 m², de um empresário grego na capital paulista. O projeto busca contar uma história pessoal e intransferível por meio de espaços, materiais, móveis, objetos e cores. Caprichoso e extravagante, o designer e galerista Emmanuel Picault, que protagoniza a capa da edição, não compactua com o convencional. Francês de nascimento, naturalizou-se mexicano há duas décadas e desde então vem contribuindo para transformar a capital de seu novo país em um dos lugares mais vibrantes da cena criativa internacional. Por fim, o arquiteto Thiago Bernardes apresenta uma casa na Fazenda Boa Vista, interior de São Paulo, que não nasceu para impressionar os de fora, mas para aproximar três gerações de uma família em seus momentos de lazer. Confira os detalhes dos projetos na seção Casas da edição.

Famosa por sua marca de sapatos e bolsas e por uma ampla gama de projetos criativos, a designer Yvonne Koné acredita que "eliminar o desnecessário e libertar-se do peso e do ruído gerados pelo acúmulo" foram fundamentais para montar seu apartamento de 109 m² em Copenhague, apresentado em detalhes no Em Casa Com .

O norte-americano Kyle Chayka, crítico de arte convertido ao jornalismo cultural, tornou-se um dos maiores comentaristas do minimalismo após lançar seu primeiro livro, The Longing for Less: living with minimalism (o desejo por menos: vivendo com minimalismo, em tradução livre, bloomsbury, 272 págs.). Em Entrevista, Kyle afirma que "o estilo de vida que prega possuir poucas coisas e atrela a frugalidade a um certo conforto espiritual carrega uma série de contradições - e em quase nada corresponde ao minimalismo com m maiúsculo nascido no bojo da arte, nos anos 1960".

Em DesignSeba Orth abre seu estúdio minimalista no Pacaembu, capital Paulista, contando detalhes de sua história e dos demais sócios que trabalham com materiais brutos e uma linguagem singular e carregada de simbolismo. O estúdio desenha interiores, móveis e objetos que atravessam o tempo.

Em uma reportagem especial e cheia de relatos pessoais, a editora de cultura de Casa Vogue, Ana Luíza Cardoso relata a experiência de abrir mão de 465 objetos de sua casa em um desafio de desapego, citado pelos palestrantes e podcasters norte-americanos Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus no documentário "Minimalismo Já!", que a Netflix lançou em janeiro. Uma experiência relevadora, que dura 30 dias, e transforma ambientes e pessoas.

Esses e outros conteúdos podem ser conferidos na íntegra na revista Casa Vogue de maio, que chega às bancas na segunda-feira (10).

Serviço

Revista Casa Vogue | Edição de maio

Nas bancas a partir de 10 de maio

Foto/crédito:  Tom de Peyret - Legenda: Revista Casa Vogue Maio 2021

Fonte: Assessoria de Imprensa


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