COMEÇA AMANHÃ O 10º OLHAR DE CINEMA - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURITIBA

 

A partir de amanhã, 6 de outubro, será dada a largada para mais um Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba. É a 10ª edição de um evento que começou sem grandes expectativas, como uma pequena mostra para exibir alguns filmes para o público de Curitiba e que tomou uma outra dimensão, se tornando um dos festivais mais esperados no Brasil. Em 2021, o Olhar marca a resistência do evento que não deixou de acontecer mesmo com todas as adversidades econômicas, sociais e sanitárias.

“A gente começou em 2012, num bom momento econômico, de euforia, de esperança de um País e, hoje, 10 anos depois, se encontra nesse momento obscurantista. O Olhar de Cinema acaba por atravessar todo esse período e não tem como essas coisas não interferirem diretamente na realização do evento, nas questões de financiamento e nessa luta que o audiovisual e a cultura hoje enfrentam, ou os festivais de cinema, de maneira mais específica”, afirma o diretor-geral do festival Antonio Gonçalves Junior. “Os 10 anos para mim representam a resistência. Para nós é extremamente importante o Olhar continuar existindo e sendo esse marco anual do grande encontro que a gente tenta fazer do cinema mundial e do cinema brasileiro independente”, complementa.

A abertura do Olhar de Cinema acontece a partir das 20h e o filme que iniciará o festival é o longa-metragem “O Dia da Posse”, de Allan Ribeiro, em estreia mundial. Outro filme brasileiro foi escolhido para o encerramento, que acontece no dia 14 de outubro: “Nós”, dirigido pela cineasta baiana Letícia Simões.

Esta décima edição mantém a tradição curatorial de buscar filmes que desafiem a audiência com novas estéticas e narrativas, e pensem questões atuais, humanas, sociais e econômicas. “São questões das quais não tem como a gente se ausentar”, afirma o diretor do festival. “Elas estão nos filmes e a gente presta atenção naquilo que está chegando para nós, sempre observando a inovação do formato.

Para Antonio, “Desde o início, o Olhar quis demonstrar seu posicionamento com uma curadoria marcante, mesmo que no começo houvesse estranhamento, como de fato aconteceu, em 2012 e 2013. Porém, depois as pessoas foram se acostumando com a proposta e com a ideia, e isso foi interessante porque nosso público foi aumentando e mais gente aderiu a esse cinema com caráter de inovação de linguagem, de busca de narrativas diferentes, e que, ao mesmo tempo, também não são filmes deslocados da realidade, do nosso contemporâneo no Brasil e no mundo”. 

Em 2021, mais uma vez, a programação acontecerá de forma totalmente online e os filmes ficarão disponíveis diretamente no site do festival: www.olhardecinema.com.br. . São 77 filmes, entre longas e curtas-metragens, divididos em sete mostras: Mostra Competitiva, Mostra Foco, Novos Olhares, Outros Olhares, Olhares Brasil, Exibições Especiais e Mirada Paranaense.

Os ingressos já estão à venda. A compra pode ser efetuada na página do título escolhido (https://www.olhardecinema.com.br/filmes/filmes-dia-a-dia/).  As sessões são sujeitas a lotação e os filmes poderão ser vistos apenas dentro do seu dia de exibição, das 6h da manhã até às 5h59 do dia seguinte e apenas dentro do território brasileiro.

Confira a lista completa de filmes por mostra:

MOSTRA COMPETITIVA

Longas-metragens

Conferência (Konferentsiya), de Ivan Tverdovskiy (Rússia)
Estilhaços (Esquirlas), de Natália Garayalde (Argentina)
O Protetor do Irmão (Okul Tiraşi), de Ferit Karahan (Turquia/Romênia)
O Sonho do Inútil, de José Marques de Carvalho Jr. (Brasil)
Rio Doce, de Fellipe Fernandes (Brasil)
Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas (Brasil)
Sonhos de Damasco (Damascus Dreams), de Emilie Serri (Canadá)
Um Céu Tão Nublado (Un Cielo Tan Turbio), de Álvaro F. Pulpeiro (Colômbia/Espanha/Reino Unido)
Zinder, de Aïcha Macky (Alemanha/França/Níger)

Curtas-metragens

A Máquina Infernal, de Francis Vogner dos Reis (Brasil)
Chão de Fábrica, de Nina Kopko (Brasil)
Meu Tio Tudor (Nanu Tudor), de Olga Lucovnicova (Bélgica/Hungria/Moldávia/Portugal)
Ouça a Batida das Nossas Imagens (Écoutez Le Battement de nos Images), de Maxime Jean-Baptiste e Audrey Jean-Baptiste (Bélgica)
Saúde! (Будьте Здоровы!), de Tatiana Chistova (Polônia/Rússia)
Sob a Máscara Branca: O Filme que Haesaerts Poderia Ter Feito (Onder Het Witte Masker: de Film Die Haesaerts Had Kunnen Maken), de Matthias De Groof (Bélgica)
Tecidos Brancos (Sër Bi), de Moly Kane (França/Senegal)
Tereza Joséfa de Jesus, de Samuel Costa (Brasil)
Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet (Brasil)
Vikken, de Dounia Sichov (França)

OUTROS OLHARES

Longas-metragens

A Calmaria Depois da Tempestade (Como el cielo después de llover), de Mercedes Gaviria (Colômbia)
A Matéria Noturna, de Bernard Lessa (Brasil)
Apenas o Sol (Apenas el Sol), de Arami Ullon (Paraguai/Suíça)
As Preces de Delphine (Les prières de Delphine), de Rosine Mbakam (Bélgica/Camarões)
Deus Tem AIDS, de Fábio Leal e Gustavo Vinagre (Brasil)
Garotas/Museu (Girls/Museum), de Shelly Silver (Alemanha)
Nunca Mais Serei a Mesma, de Alice Lanari (Argentina/Brasil/Honduras/México)
Rumo ao Norte (North by Current), de Angelo Madsen Minax (EUA)

Curtas-metragens

A Comunhão da Minha Prima Andrea (A Comuñón da Miña Prima Andrea), de Brandán Cerviño Abeledo (Espanha)
A Culpa Não é Nossa, de Humberto Schumacher (Brasil)
Carta do Seu País Distante (Letter From Your Far-off Country), de Suneil Sanzgiri (EUA)
Eu Espero o Dia da Nossa Independência, de Bruna Carvalho Almeida e Bruna Laboissière (Argélia/Brasil)
Há um Fantasma de Mim (Er Is Een Geest Van Mij/Hay Un Fantasma Mío), de Mateo Vega (Holanda/Peru)
Levados (Gare Aux Coquins), de Jean Costa (França)
Lili, Só (Duo Li), de Zou Jing (China/Hong Kong)
Nha Mila, de Denise Fernandes (Portugal/Suíça)
O que Não Se Vê, de Paulo Abreu (Portugal)
Perto de Você, de Cássio Kelm (Brasil)
Tamgù, de Isabel Loyer e Luis Paris (Argentina/França)

NOVOS OLHARES

A Cidade dos Abismos, de Priscyla Bettim e Renato Coelho (Brasil)
Crime Culposo (Jenayat-e bi deghat), de Shahram Mokri (Irã)
Esqui (Esquí), de Manque La Banca (Argentina/Brasil)
Rock Bottom Riser, de Fern Silva (EUA)
Tzarevna Descamada (Doch Rybaka), de Uldus Bakhtiozina (Rússia)
Virar Mar, de Philipp Hartmann e Danilo Carvalho (Alemanha/Brasil)

MOSTRA FOCO

Homenagem ao diretor palestino Kamal Aljafari

Longas-metragens

O Telhado (Al Sateh) (2006)
Porto da Memória (Minaa Al Zakira) (2009)
Recordação (Istiaada) (2015)
Um Verão Incomum (Un Unusual Summer) (2021)

Curtas-metragens

Balconies (2007)
Long Way From Amphioxus (2019)
Visit Iraq (2003)

EXIBIÇÕES ESPECIAIS

Capitu e o Capítulo, de Júlio Bressane (Brasil)
O Bom Cinema, de Eugenio Puppo (Brasil)
Por Trás da Muralha de Tijolos Vermelhos (理大圍城), de Hong Kong Documentary Filmmakers (Hong Kong)

OLHARES BRASIL

Longas-metragens

Carro Rei, de Renata Pinheiro (PE)
Mirador, de Bruno Costa (PR)
Nuhu Yãg Mu Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero (MG)
O Bem Virá, de Uilma Queiroz (PE)
Subterrânea, de Pedro Urano (RJ)

Curtas-metragens

A Guerra de Michael, de Gregorio Gananian e Daniel Tagliari (SP)
As Vezes que Não Estou Lá, de Dandara de Morais (PE)
Belos Carnavais, de Thiago B. Mendonça (SP)
Colmeia, de Maurício Chades (DF)
Palavra Grande, de Manoela Ziggiatti (SP)
Quando Chegar a Noite, Pise Devagar, de Gabriela Alcântara (PE)

MIRADA PARANAENSE

Longas-metragens

Bia Mais Um, de Wellington Sari
Ursa, de William de Oliveira

Curtas-metragens

A Busca do Eu e O Silêncio, de Giuliano Robert
Anamnese, de Tiago Lipka
Aquela Mesma Estação, de Luiz Lepchak
Elas São o Meu Início, de Jessica Quadros
Marcha de uma Liberdade Roubada, de Laís da Rosa Coelho
Meu Coração é um Pouco Mais Vazio na Cheia, de Sabrina Trentim
Retrato Falado, de Luiz Bonin e Oda Rodrigues
Segunda Natureza, de Milla Jung

Atividades paralelas

Além dos filmes, o Olhar de Cinema também realiza atividades paralelas como o Curitiba_lab, oficinas gratuitas e seminários. Entre elas estão a masterclass “Esboços de uma poética inconformista” com o diretor Radu Jude e mediação do crítico de cinema Roger Koza, além de várias conversas sobre festivais online, preservação, adaptação literária e decolonialidade. No Seminário de Cinema de Curitiba acontece também o pré-lançamento da coleção “Escrever Cinema”.
Já as oficinas gratuitas abordarão temas como as relações entre a direção e o elenco, por Filipe Matzembacher e Marcio Reolon; cinema negro, por Kênia Freitas; e literatura indígena, por Cristino Wapichana. As informações detalhadas de todas as atividades paralelas e dos ministrantes estão disponíveis no site.

Projeto Paradiso

Este ano, o Olhar de Cinema inicia a parceria com o Projeto Paradiso, , uma iniciativa filantrópica do Instituto Olga Rabinovich, que investe em formação profissional e geração de conhecimento com programas de bolsas, mentorias, cursos, seminários e estudos para profissionais do audiovisual. No dia 10 de outubro, às 16h, no canal  Youtube do Olhar de Cinema, será exibido a peça-filme “Os Negociantes”, de Murilo Hauser, adaptação de um texto original de Joël Pommerat. Na sequência acontecerá um seminário com o cineasta sobre “Adaptações literárias para meios audiovisuais”. O seminário abordará o processo criativo da obra, pensando as interseções possíveis entre as linguagens teatrais e audiovisuais e é uma iniciativa da Paradiso Multiplica.

App do Olhar

A programação completa está disponível no site e no app do Festival, que é gratuito e pode ser baixado na AppStore (https://apple.co/2HhUlBc) e no GooglePlay (https://bit.ly/2VxJOvx). Lá também é possível encontrar todas as atividades paralelas. 

SERVIÇO

10º Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba

De 6 a 14 de outubro de 2021

No site do Olhar de Cinema


Fonte: Assessoria de Imprensa

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