O PROJETO SEIS E MEIA TRAZ A PARAÍBA O QUARTETO EM CY E GRANDES ATRAÇÕES LOCAIS


Na capital paraibana o Projeto Seis e Meia será das vozes femininas que vão invadir o Teatro de Arena do Espaço Cultural, nesta quarta-feira (08), a partir das 18h30.

O Quarteto em Cy, um dos mais expressivos grupos vocais da história da MPB, será a atração principal do Projeto Seis e Meia, que terá o grupo paraibano Nossa Voz, um dos destaques da cena cultural de João Pessoa, fazendo a abertura da noite.

Em João Pessoa o Projeto Seis e Meia é realizado pela Acorde Produções e recebe o apoio cultural do Ambassador Flat, dos restaurantes Peixe Elétrico, Vila Cariri e Cia. do Chopp, da loja de móveis Arte Rústica e da construtora Brascon.

Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia entrada) e podem ser comprados antecipadamente ou na hora do evento no posto de vendas montado na entrada do Espaço Cultural. Informações: (83) 8857-4765

Em Campina Grande, o Seis & Meia acontece no Auditório do Centro de Convenções, Garden Hotel, às 18h30, e, Fábio Dantas e Júnior Menezes, farão abertura com o show Chico em Voz e Piano.

Os ingressos estão à venda no Teatro Municipal Severino Cabral e no Garden Hotel, valores: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia-entrada).

A realização da Prefeitura Municipal de Campina Grande com apoio do Governo do Estado.

A história do Quarteto em Cy:

O Quarteto em Cy foi formado em Salvador pelas irmãs Cyva, Cybele, Cynara e Cylene, estreando na TV Itapoã, em Salvador. Em 1959, Cyva foi para o Rio de Janeiro RJ tentar carreira artística, e depois as outras a seguiram. Conheceram, então, Vinícius de Moraes, que sugeriu o nome para o quarteto.

Em 1964 o quarteto fez o primeiro show, na boate carioca Bottle’s, e em seguida acompanhou Vinícius de Moraes e Dorival Caymmi em show produzido por Aluísio de Oliveira na boate carioca Zum-Zum, gravando o primeiro LP – Quarteto em Cy - pela Forma, onde se destacaram suas interpretações de Reza (Edu Lobo e Rui Guerra) e Berimbau.

Em 1965 lançou o LP Som definitivo, com, entre outras, Arrastão (Edu Lobo e Vinícius de Moraes) e Das rosas (Dorival Caymmi); e, em 1966, gravou o LP Quarteto em Cy, pela Elenco, com Pedro Pedreiro (Chico Buarque de Hollanda) e Canto de Ossanha (Baden Powell e Vinícius de Moraes).

Sem Cylene, que saiu do grupo para casar e foi substituída por Regina, cantora carioca que mudou seu nome para Cyregina, o quarteto foi aos EUA, ainda em 1966, apresentando-se em televisão. Na volta, participou do Show do crioulo doido, de Sérgio Porto, no Teatro Toneleros, no Rio de Janeiro.

A partir de 1967, Cynara e Cybele, sem se desligarem do quarteto, começaram a cantar em dupla, defendendo Carolina (Chico Buarque de Hollanda), no II FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, em que foram classificadas em terceiro lugar. Ainda no mesmo ano, o grupo lançou o LP Maré em Cy pela Elenco. Em 1968, Cynara e Cybele cantaram a musica vencedora do III FIC: Sabia (Chico Buarque de Hollanda e Tom Jobim); e o quarteto gravou, nesse mesmo ano, o LP Em Cy maior, pela Elenco, com Samba do crioulo doido (Sérgio Porto) e Juliana (Dorival Caymmi).

Através do produtor Aluísio de Oliveira, casado com Cyva, o quarteto foi contratado para atuar nos EUA Cynara e Cybele deixaram o conjunto nessa ocasião e foram substituídas por Cynthia e Cymiramis, ficando apenas Cyva, do quarteto original. No entanto, em janeiro de 1970, ainda nos EUA, o grupo se desfez, sendo reestruturado em 1912, quando Cyva voltou ao Brasil. A partir de então o quarteto foi formado por Cyva e Cynara e mais Soninha (Sonia Maria Ferreira de Medeiros Albuquerque, Rio de Janeiro 1947) e Dorinha (Dora Tapajós Gomes, Rio de Janeiro 1950).

O conjunto gravou, em 1972, pela Odeon, o LP Quarteto em Cy, com Quando o Carnaval chegar (Chico Buarque de Hollanda) e Tudo que você podia ser (Lô e Márcio Borges). Em 1975, lançou pela Philips o LP Antologia do samba-canção, com pot-pourri de Ary Barroso, Lupicínio Rodrigues, Herivelto Martins e outros, e em 1979 saiu Cobra de vidro, LP gravado com o MPB-4. No ano seguinte Cybele voltou ao grupo em lugar de Dorinha, e essa formação permanece há 18 anos, sempre sob a direção musical de Célia Vaz. Na década de 1980 gravaram os discos Quarteto em Cy interpreta Caetano, Milton, Gonzaguinha e Ivan (1981, Philips); Pontos de luz (1983, Som Livre); A arte do Quarteto em Cy (1984, Philips); e Para fazer feliz a quem se ama (1989, CBS).

Em 1989 o quarteto apresentou-se em Tóquio, participando de um festival de bossa nova, de shows na boate Kay e de um especial para a TV japonesa, juntamente com Carlos Lyra e Leila Pinheiro. Em 1992 viajou pela Espanha, com Carlos Lyra, Gilson Peranzetta e Maria Creusa, participando das comemorações dos 500 anos do descobrimento da América a convite do governo espanhol.

O quarteto voltou a se apresentar no Japão em 1997. No mesmo ano, recebeu o Prêmio Sharp de Musica como o melhor grupo vocal do ano e lançou pela Polygram o CD Bate boca, em que interpreta musicas de Chico Buarque e Tom Jobim ao lado do MPB-4. Na década de 1990 foram lançados os discos Chico em Cy (1991, CID); Vinícius em Cy(1993, CID); Trinta anos(1994, Polygram) e Brasil em Cy (1996, CID).

Em 1990 o Quarteto participava do remake do disco “Afro-Sambas”, feito por Baden Powell inicialmente para servir de brinde a um banco - posteriormente, o álbum seria reeditado em vários países e por diferentes gravadoras.

Em 1991 o Quarteto em Cy marca sua volta definitiva à música através do álbum “Chico em Cy”, iniciando sua nova fase na Companhia Industrial de Discos, a CID. No ano seguinte o grupo lança no mercado japonês o disco “Bossa em Cy”, através do selo Nanã, de Lisa Ono, em parceria com a BMG / Ariola. Em 1992 o grupo viaja a Espanha com Carlos Lyra, Gilson Peranzzetta e Maria Creuza, a convite do governo daquele país, para as comemorações dos 500 anos do descobrimento da América, apresentando-se nas cidades de Madri, Sevilha, Salamanca, Cáceres, Huelva e Badajós. Em 1994, comemorando 30 anos de carreira, o Quarteto grava o reflexivo álbum “Tempo e Artista” e, dois anos depois, “Brasil em Cy”, com releituras de clássicos da MPB com destaque para parcerias com Miúcha, Léo Gandelman, Gal Costa, Maria Bethânia e Zélia Duncan.

Em 1997, o Quarteto em Cy se apresenta novamente no Japão e grava, com o MPB4, o álbum “Bate-Boca”, tendo como base as canções de Tom Jobim e Chico Buarque. Ainda nesse ano, o grupo recebia o Prêmio Sharp de Música na categoria Melhor Grupo Vocal. Em 1998 o Quarteto torna a se apresentar no Japão, ano em que também lança novo disco com o MPB4: “Somos Todos Iguais”, baseado na faceta mais pop do repertório de Ivan Lins e Djavan. Em 1999 o grupo comemorava 35 anos de carreira com o show “Boas-Vindas” e lançava o álbum “Gil & Caetano em Cy”.

Em 2000, Quarteto em Cy e MPB4 se reúne novamente para o disco “Vinícius: A arte do Encontro”. Neste ano, o octeto realizou show homônimo no Canecão, acompanhado de Célia Vaz (violão), João Faria (baixo), João Cortez (bateria) e Pedro Reis (guitarra e bandolim). Em 2001 o Quarteto em Cy lança pela CID o álbum “Falando de Amor pra Vinicius”, originado de gravação resgatada dos arquivos de Cynara do show realizado em Curitiba, em 1981, ao lado do violonista Luís Cláudio Ramos. Ainda neste ano o Quarteto relembra os tempos de infância com o álbum “Hora da Criança”, em alusão ao projeto sociocultural homônimo que ainda vigora na Bahia. Em 2002 o grupo lança o conteúdo do show “Verdades e Mentiras”, apresentado no teatro Rival, no CD e DVD “Quarteto em Cy - Gravado ao Vivo no Rio de Janeiro”, apresentando repertório diversificado de diferentes momentos de sua carreira.

Em 2004 o Quarteto participou, ao lado de vários artistas, da gravação de CD e DVD do projeto “Hino do Fome Zero”. Em 2004, celebrando 40 anos de carreira, o Quarteto se apresentava no Teatro Rival (RJ), com banda formada pelos músicos Kiko Furtado, João Faria, João Cortez e Chico Faria. Neste mesmo ano é lançado pela Universal Music o álbum duplo “Quarteto em Cy - Quarenta Anos”, resgatando sucessos bem como gravações raras e inéditas do grupo.

Em 2006, com arranjos vocais de Cynara, o Quarteto em Cy lança pela gravadora Fina Flor o disco “Samba em Cy”, honrando o mais brasileiro dos estilos musicais e várias de suas vertentes – partido-alto, samba-enredo, samba maxixado, samba de terreiro, dentre outros – trazendo regravações de composições consagradas e salientando oito inéditas, com destaque para a faixa-título, composta por Ruy Quaresma e Ney Lopes especialmente para o Quarteto em Cy. Em 2007, o conjunto recebia indicação ao Prêmio TIM de Música Brasileira na categoria “Melhor Grupo de Samba”.

Em 2008, a produtora Filmação, em associação com a distribuidora Neo, lança em DVD o conteúdo do espetáculo em que Cyva, Cynara, Cybele e Sonya homenageiam Vinícius e Caymmi. O projeto “Quarteto em Cy no Show Vinícius & Caymmi em Cy”, produzido por Miguel Bacellar e dirigido por João Elias Júnior, faz menção ao famoso espetáculo apresentado em 1964 na boate Zum-Zum. Músicas como “Berimbau”, “Saudade da Bahia”, “História dos Pescadores” e “Samba da Bênção” não poderiam faltar, porém, outras tantas da carreira dos compositores e seus parceiros são apresentadas pelo Quarteto.

Acesse: www.quartetoemcy.com.br

Sobre Nossa Voz:

Formado em 1987, o grupo vocal Nossa Voz especializou-se em cantar músicas do repertório popular brasileiro, principalmente de compositores como Tom Jobim, Chico Buarque de Holanda, Ivan Lins, Milton Nascimento, Djavan e muitos outros, com estilo próprio, em vocal de quatro vozes.

Seu primeiro CD, lançado no segundo semestre de 1994, traz composições próprias e arranjos de sua criadora, compositora e líder da banda, Thaise Gadelha. Em 1987, no festival latino-americano de Artes e Cultura, realizado em Brasília - DF, o Nossa Voz foi aplaudido e mereceu destaque diante de outros artistas convidados para o evento.

O show “Marias”, realizado em 1989, no Teatro Paulo Pontes (João Pessoa) e no Teatro Severino Cabral (Campina Grande) foi considerado um dos melhores do ano. Entre 1990 e 1991, o grupo realizou uma turnê que abrangeu Recife, Maceió, Fortaleza e Natal, recebendo excelente aceitação do público e da imprensa.
Em 1992, o Nossa Voz recebeu o “Troféu Paraíba”, outorgado pelo Gabinete Paraibano de Cultura ao grupo como melhor vocal feminino do Estado. Em 1996 realizou turnê por Brasília e São Paulo, onde participou do programa Jô Soares Onze e Meia. O Nossa Voz atuou ainda no CD “Tinto e Tropical”, de Glorinha Gadelha, e do primeiro DVD de Sivuca.

O grupo é formado por Thaise Gadelha (teclado e vocal), Gracinha Carvalho (vocal), Ariadne Lima (vocal) e Germana Sales (percussão), e conta também com a participação dos músicos Betinho Muniz (teclado), Glauco Andreza (bateria) e Adriano Ismael (baixo).

Conheça Fábio Dantas e Júnior Menezes:

A idéia de montar o show surgiu em meados de dezembro de 2004, quando o cantor Júnior Menezes e Fábio Dantas tinham acabado de se conhecer em um restaurante de Campina Grande-PB.

Os dois Escolheram o compositor Chico Buarque, na opinião de ambos, o melhor de todos os músicos do Brasil.

O CD foi gravado em 2005, e foi sucesso de público e crítica no lançamento ocorrido no Teatro Municipal Severino Cabral.

A idéia do projeto é inédita no meio cultural local, pela escolha de um só compositor e pela nova roupagem - voz e piano, destacando o repertório e a voz do intérprete, nos aspectos técnicos e emocionais.

Foto: Reprodução/divulgação.

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