Em
plena atividade aos 89 anos, ele é violonista, compositor e
multi-instrumentista (toca violão de seis e sete cordas, violão tenor,
bandolim, banjo, cavaquinho, viola de dez cordas, guitarra amplificada, guitarra
portuguesa e contrabaixo), nascido em 6 de setembro de 1921, na cidade de
Jardim, no Cariri cearense.
Gosto musical desde menino:
O gosto musical de Zé Menezes foi despertado quando, aos seis anos de idade, ouviu a banda de música de sua cidade natal. Começou a tocar requinta e depois cavaquinho ainda criança, surpreendendo a todos com sua habilidade. Passou, então, a ser conhecido como Zé do Cavaquinho. Aos nove anos de idade apresentou-se para o padre Cícero Romão Batista, interpretando um choro de sua autoria denominado "Meus oito anos". Por volta dos doze anos, mudou-se com um primo para Fortaleza, capital cearense, local em que trabalhou por um ano num serviço de auto-falantes. É considerado um dos grandes cavaquinistas da MPB.
Iniciou a carreira artística com apenas oito anos de idade, quando foi convidado pelo maestro Arlindo Cruz para se apresentar profissionalmente em um cinema na cidade cearense de Juazeiro do Norte. Atuou posteriormente na orquestra do maestro Arlindo Cruz em apresentações na cidade de Crato, CE. Aos 11 anos de idade, já era membro da Banda Municipal de Juazeiro. Em 1938, depois de passar um tempo em Fortaleza, retornou a Juazeiro do Norte, e passou a atuar em bailes e também em cinemas. Na mesma época, tornou a encontrar o primo Luís Rosi, que na ocasião estava liderando uma jazz band e seguiu novamente com ele para Fortaleza. Na capital cearense, passou a atuar como violonista na Ceará Rádio Clube, criando depois um regional que atuou nessa Rádio durante quatro anos.
O gosto musical de Zé Menezes foi despertado quando, aos seis anos de idade, ouviu a banda de música de sua cidade natal. Começou a tocar requinta e depois cavaquinho ainda criança, surpreendendo a todos com sua habilidade. Passou, então, a ser conhecido como Zé do Cavaquinho. Aos nove anos de idade apresentou-se para o padre Cícero Romão Batista, interpretando um choro de sua autoria denominado "Meus oito anos". Por volta dos doze anos, mudou-se com um primo para Fortaleza, capital cearense, local em que trabalhou por um ano num serviço de auto-falantes. É considerado um dos grandes cavaquinistas da MPB.
Iniciou a carreira artística com apenas oito anos de idade, quando foi convidado pelo maestro Arlindo Cruz para se apresentar profissionalmente em um cinema na cidade cearense de Juazeiro do Norte. Atuou posteriormente na orquestra do maestro Arlindo Cruz em apresentações na cidade de Crato, CE. Aos 11 anos de idade, já era membro da Banda Municipal de Juazeiro. Em 1938, depois de passar um tempo em Fortaleza, retornou a Juazeiro do Norte, e passou a atuar em bailes e também em cinemas. Na mesma época, tornou a encontrar o primo Luís Rosi, que na ocasião estava liderando uma jazz band e seguiu novamente com ele para Fortaleza. Na capital cearense, passou a atuar como violonista na Ceará Rádio Clube, criando depois um regional que atuou nessa Rádio durante quatro anos.
Em 1943, foi ouvido pelo radialista César Ladeira, que na ocasião visitava o
Ceará, e por ele foi levado para o Rio de Janeiro, onde foi contratado pela
Rádio Mayrink Veiga e passou a dirigir dois programas semanais nos quais tocava
violão, cavaquinho, viola, guitarra, bandolim, violão tenor e banjo, quando
alcançaria bastante sucesso e reconhecimento. Por essa época, atuou com Djalma
Ferreira, Oscar Belandi e Chuca Chuca, no Hotel Quitandinha, em Petrópolis
(RJ). Em 1945, passou a fazer parte do grupo Milionários do Ritmo. No ano
seguinte, atuou na Rádio Globo e também na boate Casablanca.
Em 1947, foi contratado pela Rádio Nacional e passou a atuar ao lado de Garoto
no programa "Nada além de dois minutos". Ainda na Rádio Nacional,
passou a atuar como solista e participar de orquestras e acompanhar os grandes
artistas da época. Permaneceu nessa emissora por cerca de duas décadas. Em
1948, teve sua primeira composição gravada, o samba "Nova ilusão",
parceria com Luiz Bittencourt, lançado pelo grupo Os Cariocas, na gravadora
Continental. Esse samba, inclusive, acabou se tornando o prefixo das
apresentações do grupo Os Cariocas. Em 1949, teve o samba-canção "Mais uma
ilusão", com Luiz Bittencourt, gravado por Nuno Roland na Continental. Na
década de 1950, alcançou sucesso como instrumentista, chegando a ter alto
número de vendagem de discos.
Em 1950, o samba "Nova ilusão" foi regravado por Francisco Sergi e
sua orquestra. Nesse ano, seu choro "Sereno", com Luiz Bittencourt,
foi gravado por Chiquinho do Acordeom na Todamérica. Ainda no mesmo ano, gravou
solo ao violão tenor, na Todamérica, os choros "Comigo é assim" e
"Seresteiro", de sua autoria e Luiz Bittencourt. Em 1951, gravou na
Sinter, com seu conjunto, o baião "Não interessa não" e o choro
"Vitorioso", com Luiz Bittencourt. Gravou também, em solo de
cavaquinho, o choro "Encabulado", de sua autoria e Luiz Bittencourt,
e o baião "De papo pro á", de Joubert de Carvalho, e, em solo de
violão elétrico, o samba "Copacabana", de João de Barro e Alberto
Ribeiro, e a valsa "Um domingo no Jardim de Alah", de Lírio Panicali.
Também no mesmo ano, o baião "Não interessa não" foi regravado com
sucesso por Heleninha Costa e César de Alencar, e o samba "Tudo
azul", com Luiz Bittencourt foi lançado pelo grupo vocal As Moreninhas. Em
1952, gravou a marcha "Meu cavalo Alumínio", de Claribalte Passos e
Lírio Panicali, e o "Baião do Ceará", de sua autoria e Moreira.
Em 1953, teve o samba "Nova ilusão" regravado por Dick Farney e seu
quinteto. Nesse ano, gravou o choro "Vai ou não vai?", de Lírio
Panicali e Paulo César, e o bolero "Mentira de amor", de Paulo César.
Em 1954, gravou o mambo "Um, dois, três", de sua autoria, os choros
"Borocochô", de Paulo César e Lírio Panicali, e
"Currupião", de Luiz Bittencourt e Jairo Argileu, e a toada-baião
"Se você não tem amor", de Lírio Panicali e Jairo Argileu. Nesse ano,
lançou pela Sinter o LP "A voz do violão".
Em 1955, o samba-canção "Mais uma ilusão" foi regravado pelo cantor
Jimmy Lester, na Copacabana. Nesse ano, gravou com seu conjunto os sambas
"Amor brejeiro", de Alain e P. Saka, e "Violão na
gafieira", com Luiz Bittencourt. Gravou ainda na guitarra elétrica o
bolero "Il torrente", de Leo Carmie e C. Liman, e ao cavaquinho a
polca "Polca brasileira", de Altamiro Carrilho e Ari Duarte. Também
nesse ano, gravou pelo selo pernambucano Mocambo o choro
"Maluquinho", de sua autoria, e o baião "Meu xodozinho", de
sua autoria e Neusa Rodrigues.
Em 1957, gravou com seu quarteto o bolero "Nunca, jamais", de Lalo
Guerrero, os slows "Na você, na chitarra e o poco e luna", de Rossi e
Calise, e "Le rififi", de Gerard e La Rue, e o samba
"Maracangalha", de Dorival Caymmi, além do "Bolero
napolitano", de sua autoria e Luiz Bittencourt, e o choro "Faz que
vai", de sua autoria. Ainda nesse ano, lançou o LP "Ritmos em alta
fidelidade". Também no mesmo ano, gravou na Mocambo, com o grupo
"José Menezes e Seus Melodistas", o choro "Temperado", de
sua autoria e Inaldo Vilarim, o beguine "Ritmo latino", de Victor
Young, o bolero "Anastácia", de Newman e Webster, e o samba
"Gafieira é comigo", de sua autoria.
Em
1958, gravou a balada-rock "Come prima", de Taccani, Panzeri e Di
Paola e a batucada "O-lá-lá bambolê", de Luiz Bittencourt e Marival.
No ano seguinte, gravou de sua autoria e Luiz Bittencourt a batucada
"Carrilhão na batucada", e de Antônio Carlos Jobim e Vinícius de
Moraes, o samba "A felicidade". Poucos anos antes, sua biografia
aponta um dado importantíssimo: Na Rádio Nacional, conheceu o maestro Radamés
Gnattali, passando a integrar o Quarteto Continental, formado por ele, Radamés
Gnattali, Luciano Perrone e Vidal. Posteriormente o grupo passou a ser um
quinteto com a entrada de Chiquinho do Acordeom. Depois, Aída Gnattali, irmã de
Radamés, passou a integrar o grupo criando-se assim, o Sexteto Radamés Gnattali
com o qual viajou em 1959 para a Europa. O conjunto apresentou-se na BBC de
Londres, UNESCO, Sorbonne e em programas de televisão de emissoras na Itália,
Portugal e Alemanha. Foi o primeiro a registrar o concerto de Radamés Gnattali
para guitarra elétrica dedilhada, o "Concerto carioca", gravado com
acompanhamento da Orquestra Sinfônica Continental.
Em 1960, gravou o samba "E daí...?", de Miguel Gustavo, e o fox-trot
"Noites de Moscou", de Dunayevsky. Nesse ano, apresentou-se com a
Orquestra da Rádio Nacional, executando a abertura da série de
"Choros", de Villa-Lobos, contando com a presença do compositor e
maestro na platéia. Em 1961, lançou o LP "Para ouvir, dançar e amar",
pela RCA Victor. No mesmo ano, gravou com seu conjunto pela Philips as músicas
"Nunca aos domingos" e "Taki", da trilha sonora do filme
"Nunca aos domingos".
Em 1962, lançou o primeiro LP da série "Os Velhinhos Transviados",
gravados com seu conjunto que tinha esse nome. Nesse LP, gravou entre outras,
as composições "Nós os carecas", de Arlindo Marques Júnior e Roberto
Roberti; "Pierrot apaixonado", de Heitor dos Prazeres e Noel Rosa;
"Fica comigo esta noite", de Nelson Gonçalves e Adelino Moreira;
"Chuá, chuá", de Ary Pavão e Pedro de Sá Pereira; "Bossa
nova", de sua autoria; "Donga brincando", de Alfredo C. Bricio; "Samba
toff", de Orlandivo e Roberto Jorge; "Trabalhar, eu não", de
Almeidinha, e "Estão batendo", de Gadé e Walfrido Silva. Ainda em
1962, lançou o LP "Os Velhinhos Transviados - Sensacionais".
Lançou em 1963, os LPs "Os Velhinhos Transviados - Fabulosos" e
"Os Velhinhos Transviados - Espetaculares". Em 1964, no LP "Os
Velhinhos Transviados - Bárbaros!", gravou músicas como "Mas, que
nada", de Jorge Benjor; "Louco", de Henrique de Almeida e Wilson
Batista; "Rio", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli;
"Sa-sa-ruê", de Marino Pinto e Pernambuco; "Zé de
Conceição", de João Roberto Kelly, e "Tome polca (Bailarico das
Noivas)", de Luiz Peixoto e José Maria de Abreu. Com o grupo Os Velhinhos
Transviados gravou 13 LPs.
Na década de 1970, integrou a Orquestra da Rede Globo de Televisão como primeiro
guitarrista. Nessa emissora, compôs o tema de abertura do programa "Os
trapalhões". Em 1971, lançou o LP "Os Velhinhos Transviados na
curtisom", no qual foram registradas, entre outras, as músicas "Você
abusou", de Antônio Carlos e Jocafi; "Alfredinho no choro", de
Alfredo F. Bricio; "Shirley Sexy", de Fred Falcão e Arnoldo Medeiros;
"Eu te amo meu Brasil", de Dom; "Festa para um rei negro",
de Zuzuca; "Alta sociedade", de Nonato Buzar e Marcos Vasconcelos;
"Pinta brava", de Décio Pacheco da Silveira, e "Apesar de
você", de Chico Buarque, que logo depois seria proibida pela censura do
regime militar.
Em
1993, participou do projeto "Viva Garoto - Projeto Memória
Brasileira", em homenagem ao instrumentista Garoto, tendo participado do
disco que foi lançado pelo Núcleo Contemporâneo, na faixa "Nosso
choro", de Garoto, interpretada juntamente com o violonista Dino 7 Cordas.
Em 1995, lançou o CD "Chorinho in concert", pela gravadora CID, no
qual interpretou "Lamento", de Pixinguinha e Vinícius de Moraes;
"Carinhoso", de João de Barro e Pixinguinha; "Primeiro
amor", de Patápio Silva; "Um a zero", de Benedito Lacerda e
Pixinguinha; "Moto perpétuo", de Paganini; "Apanhei-te
cavaquinho", de Ernesto Nazareth; "Vivo sonhando", de Garoto;
"Gente Humilde", de Garoto, Chico Buarque e Vinicius de Moraes; e
"Encabulado", "Seresteiro", "Comigo é assim" e
"Tudo azul", parcerias com Luiz Bittencourt; além de
"Aconchegante", "Choro de uma corda só",
"Menezeando", "Intro para Garoto", "Tropeçando",
"Tô querendo", "Contrapontando" e "Meus anos",
todas de sua autoria.
Em 1998, gravou o CD "Relendo Garoto", só com músicas do violonista
paulista, com quem tocou com muito sucesso na década de 1940, incluindo obras
como "Quanto dói uma saudade", "Meditando", "Vivo sonhando",
"Tristeza de um violão" e "Meditação". Pouco depois, atuou
como solista convidado de grandes orquestras, como a Orquestra Sinfônica de
Porto Alegre - OSPA, na abertura do MERCOSUL. Como compositor, teve músicas
gravadas por cantores como Os cariocas, Miúcha, Emílio Santiago e Tom Jobim e
ainda Billy Eckstine que registrou "Nova ilusão". Seu principal
parceiro foi Luís Bittencourt e seu principal sucesso o samba "Nova
ilusão". Em 2000, gravou um CD com obras inéditas destinado ao mercado
norte-americano. Em 2003, fez os arranjos de corda e tocou guitarra e viola no
CD "Forró na lua", lançado por Jadiel Guerra pelo selo Atração.
No mesmo ano, teve destacada atuação no Festival de Forró de Itaúnas, Espírito Santo, sendo aclamado pelo público jovem presente ao evento. Ao final de 2004, recebeu homenagem no Teatro Maison de France, no Rio de Janeiro, quando se exibiu, acompanhado por orquestra, para um auditório lotado, sendo intensamente aplaudido. Em 2007, lançou no Teatro Rival BR o CD "Gafieira carioca", no qual interpretou entre outras composições o samba-canção "Nova ilusão", com Ismael Neto. Em plena atividade aos 89 anos, lançou em 2010, um Box com 3 CDs e um DVD e realizou shows em cidades como Fortaleza e Brasília. No mesmo ano, apresentou-se na série BRatuques do percussionista Marco Lobo no SESC Ginástico no centro do Rio de Janeiro, tocando com Moreno Veloso. No mesmo ano, recebeu o Diploma Ernesto Nazareth no Sarau Chorando com Joel no Instituto Cultural Cravo Albin quando se exibiu com cinco instrumentos de corda.
FONTE: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira http://www.dicionariompb.com.br/
Foto:
Reprodução/divulgação.No mesmo ano, teve destacada atuação no Festival de Forró de Itaúnas, Espírito Santo, sendo aclamado pelo público jovem presente ao evento. Ao final de 2004, recebeu homenagem no Teatro Maison de France, no Rio de Janeiro, quando se exibiu, acompanhado por orquestra, para um auditório lotado, sendo intensamente aplaudido. Em 2007, lançou no Teatro Rival BR o CD "Gafieira carioca", no qual interpretou entre outras composições o samba-canção "Nova ilusão", com Ismael Neto. Em plena atividade aos 89 anos, lançou em 2010, um Box com 3 CDs e um DVD e realizou shows em cidades como Fortaleza e Brasília. No mesmo ano, apresentou-se na série BRatuques do percussionista Marco Lobo no SESC Ginástico no centro do Rio de Janeiro, tocando com Moreno Veloso. No mesmo ano, recebeu o Diploma Ernesto Nazareth no Sarau Chorando com Joel no Instituto Cultural Cravo Albin quando se exibiu com cinco instrumentos de corda.
FONTE: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira http://www.dicionariompb.com.br/
Postar um comentário