A Folha de S.Paulo anuncia
que a votação popular da categoria “Escolha do Leitor” do Prêmio Empreendedor Social está aberta.
Realizado em parceria com a Fundação Schwab, o concurso chega à
13ª edição com a indicação de Bernardo Bonjean (Avante);
Hamilton Henrique da Silva (Saladorama); Ralf Toenjes (Associação de Apoio
Renovatio); Renan Ferreirinha, Tábata Amaral e Lígia Stocche (Movimento Mapa
Educação); Ronaldo Lemos (Instituto Tecnologia e Sociedade); e Valdeci Ferreira
(Fraternidade Brasileira de Assistência ao Condenado). O eleito pelo voto dos
internautas, que vai até o dia 3 de novembro, às 18 horas, será conhecido na
cerimônia de premiação em 6 de novembro, no Teatro Porto Seguro, em São Paulo.
Na votação popular, os seis
finalistas competem entre si, tanto os candidatos ao Prêmio Empreendedor Social, para projetos
maduros, quanto aqueles que disputam o Prêmio EmpreendedorSocial de
Futuro, voltado a iniciativas em fase de consolidação. A categoria tem
o patrocínio da Fundação Banco do Brasil. “Essa parceria com o Prêmio Empreendedor Social reforça o
que fazemos aqui. Buscamos o desenvolvimento e a inclusão social das
pessoas. É uma honra ter essa parceria com o prêmio,
ainda a mais na categoria Escolha do Leitor.
Tem tudo a ver com o que fazemos, que é buscar mais
proximidade com a população em geral”, avalia Ausclepius Soares,
presidente da Fundação Banco do Brasil.
Premiação
Realizado em parceria com a Fundação
Schwab, o concurso chega à 13ª edição com a indicação de
Bernardo Bonjean (Avante); Hamilton Henrique da Silva (Saladorama); Ralf
Toenjes (Associação de Apoio Renovatio); Renan Ferreirinha, Tábata Amaral e
Lígia Stocche (Movimento Mapa Educação); Ronaldo Lemos (Instituto Tecnologia e
Sociedade); e Valdeci Ferreira (Fraternidade Brasileira de Assistência ao
Condenado).
Criado em 2005 pela Folha de S.Paulo
e Fundação Schwab – correalizadora do Fórum Econômico Mundial de
Davos e idealizadora do concurso no mundo –, o Prêmio Empreendedor Social
tem o objetivo de selecionar e fomentar os líderes socioambientais mais
empreendedores do Brasil – que desenvolvam iniciativas inovadoras,
sustentáveis e com comprovado impacto socioambiental. O Folha Empreendedor Social de
Futuro, por sua vez, é dedicado aos líderes sociais de até 35 anos que
estão à frente de iniciativas mais recentes, com um a três
anos de atuação. Criada pela Folha de S.Paulo em 2009, essa premiação utiliza
os mesmos parâmetros internacionais da Schwab para avaliar e
contemplar propostas inovadoras que ainda precisam de visibilidade e de
capacitação para aumentar sua atuação e influência.
O Prêmio Empreendedor Social tem
patrocínio de Coca-Cola, IEL (Instituto Euvaldo Lodi), uma iniciativa da CNI
(Confederação Nacional da Indústria), e Fundação Banco do Brasil.
Conta com a Latam como transportadora oficial e o apoio do Instituto
C&A e do Teatro Porto Seguro, além da parceria estratégica
de ESPM, FDC, Insper e UOL.
FINALISTAS DE 2017
PRÊMIO EMPREENDEDOR SOCIAL
Bernardo Bonjean |
Avante
CEO da fintech Avante, Bernardo
Bonjean é formado em Administração e já trabalhou em bancos como o Pactual; foi
sócio da XP Investimentos – que recentemente recebeu um investimento de mais de
R$ 5 bilhões do Itaú. Em Harvard, realizou o curso OPM
(Owner/President Management), onde formou seus valores de empreendedor.
Desde então, Bernardo sentiu que o mercado financeiro poderia fazer mais para reduzir
desigualdades econômicas, o que o levou a criar a Avante,
uma instituição de microcrédito focada em empreendedores da base da pirâmide.
Para ajudar a mitigar
os problemas de calote neste grupo de alta vulnerabilidade, a Avante
centra os investimentos em tecnologia e no treinamento de agentes de crédito.
Tecnologia para entender o perfil de cada cliente e, assim, gerar um score
de crédito mais confiável; agentes para dar um olhar humano aos
desafios e necessidades dos clientes. A Avante opera em 116 cidades
pobres do Nordeste, oferecendo microcrédito com taxas entre
2,5% e 5,4%. A atuação do microcrédito da Avante é
direcionada para cidades com até 50% da média de renda
nacional, atingindo um público normalmente negligenciado pelos bancos de
varejo.
Ronaldo Lemos |
Instituto Tecnologia e Sociedade
Colunista da Folha de S.Paulo,
Ronaldo Lemos é professor na Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ) e fundou o Instituto Tecnologia e Sociedade (ITS) para explorar
todos os potenciais do uso de inovações tecnológicas para alcançar
fins sociais e políticos, por meio de educação e pesquisa. Seguidor do economista
e filósofo indiano Amartya Sen, Lemos acredita que o acesso à tecnologia
representa uma grande expansão das capacidades humanas, dentre elas, a de
impactar políticas públicas.
O ITS opera em diversas frentes,
sendo as duas principais advocacy em direitos na internet e
participação pública digital. Em seus esforços de advocacy, o ITS
já influenciou o Supremo Tribunal Federal (STF) em decisões sobre o direito ao
esquecimento e na promulgação do Marco Civil da Internet – que
protege a neutralidade da rede, além de outros direitos. Para
aumentar a participação social na legislação, o ITS
desenvolveu o aplicativo Mudamos, que inova ao criar uma assinatura
digital com validade legal, capaz de ser usada para assinar
petições em projetos de lei. A ferramenta já influenciou legislações
em ao menos duas capitais, sendo uma delas uma lei antipoluição.
Valdeci Ferreira |
Associação de Proteção e Assistência ao Condenado
Em 1983, Valdeci Ferreira visitou uma
prisão pela primeira vez e não resistiu por mais de 15 minutos, pensando quão
pequeno era defronte à situação dos encarcerados. Quatro anos depois, Valdeci
fundou a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), em
Itaúna (Minas Gerais) – e criou uma metodologia para administrar e
assistir prisões no Brasil, presente hoje em 19 países. Baseadas em uma rotina
de 12 passos inspirada em valores cristãos, as APACs são conhecidas por serem
prisões nas quais os internos detêm as chaves das próprias celas.
Em 1995, Valdeci fundou a Fraternidade
Brasileira de Assistência ao Condenado (FBAC) para ajudar a organizar
as atuais 48 APACs em uma federação, com o objetivo de chegar a um
diálogo mais produtivo com o poder público. Além das APACs atuais,
que beneficiam 3.500 internos, já existem 150 em fase de implementação.
Hoje, a FBAC funciona supervisionando a metodologia das APACs e
negocia com governos estaduais a implementação das novas
“cadeias humanizadas”. Ao contrário do nível de 85% de reincidência
nas cadeias comuns, as APACs – geridas indiretamente pela FBAC de Valdeci –
mostram índices próximos a 28%. Há outros atributos de performance
que destacam vantagens frente às cadeias tradicionais.
PRÊMIO EMPREENDEDOR SOCIAL DE
FUTURO
Hamilton Henrique
da Silva | Saladorama
Hamilton Henrique da Silva, 29 anos,
fundou o Saladorama em 2014. A ideia do negócio, que busca
democratizar o acesso à alimentação saudável, surgiu depois de uma experiência
própria do empreendedor. Aos 20 anos, Hamilton conseguiu uma bolsa de
estudos em um curso de engenharia no Rio de Janeiro, onde conheceu o conceito
de negócio de impacto – que o levaria mais tarde a trabalhar em
um coworking em Botafogo, que oferecia refeições aos usuários.
Foi lá que Silva percebeu a falta de opções de comida saudável na
periferia.
Nasceu assim o Saladorama,
negócio social que fornece alimentos saudáveis a baixo
custo via delivery e restaurantes próprios. Além disso,
oferece oficinas de formação para pessoas de comunidades que querem
empreender seus próprios restaurantes ou trabalhar nos restaurantes da rede.
Hoje, o negócio social conta com cinco unidades que operam
como delivery e/ou restaurante em Florianópolis (SC), Recife (PE), Rio de
Janeiro (RJ), Sorocaba (SP) e São Luís (MA). O fornecimento de alimentos e as
formações, oficinas e palestras sobre o tema já alcançaram cerca de 28 mil
pessoas.
Renan Ferreirinha,
Tábata Amaral e Lígia Stocche | Movimento Mapa Educação
O Mapa da Educação surgiu de um
encontro, em 2013, de três adolescentes que estudavam em Harvard e no MIT, nos
Estados Unidos. Motivados por histórias e contextos pessoais diferentes, Renan
Ferreirinha (23 anos), Tábata Amaral (23 anos) e Lígia Stocche (27 anos) se
engajaram para criar o movimento com a certeza de
que a educação é o único caminho para um país menos desigual e
mais próspero. Em 2014, prepararam o Manifesto Mapa do Buraco,
apontando os principais gargalos da educação brasileira.
A intenção era disponibilizar um
documento robusto que pudesse orientar todo candidato a cargo eletivo
no Brasil – que tivesse como plano avançar com a educação no
país. Foi então que decidiram criar o Movimento Mapa Educação e
mobilizar os jovens a partir de dois pilares: a fiscalização
política e a produção de conteúdos que qualifiquem o debate e
tornem a educação uma prioridade na agenda nacional. Em 2016,
debateram sobre educação com candidatos à prefeitura do Rio
de Janeiro, São Paulo e Salvador, além do Ministério da Educação e
Câmara dos Deputados. Nesse mesmo ano, mobilizaram 200 jovens e mapearam
iniciativas dessa juventude para melhoria da qualidade da educação.
Ralf Toenjes |
Associação de Apoio Renovatio
Ralf Toenjes, 26 anos, fundador da
Renovatio, é formado no Insper (SP) em Economia e Negócios e em Direito pela
USP. Em 2013, conheceu uma tecnologia alemã de fabricação de óculos a baixo
custo, o OneDollarGlasses. Na volta ao Brasil, identificou que 42 milhões de
brasileiros precisam de óculos e não sabem. Para mudar essa
realidade, criou em 2014 a Associação de Apoio Renovatio, com a missão
de democratizar o acesso à visão no Brasil.
A Associação opera por meio de
mutirões oferecendo consultas oftalmológicas e óculos de grau. Os atendimentos
são realizados por oftalmologistas voluntários em um ônibus equipado que
permite ao paciente já sair com o diagnóstico e com os seus
óculos. Para a produção dos óculos, foi fundada em 2014 a ótica
VerBem. O modelo de vendas se divide em compre um, doe um (óculos a partir
de R$ 119), valores mais acessíveis (óculos a partir de R$ 39) e
óculos grátis (viabilizado pelas parcerias com empresas e ONGs).
Hoje, a Renovatio conta com parceiros como Bank of America,
Atento, eÓtica, Giv.On – que já aportaram mais de R$ 680 mil na startup que
distribuiu mais de 15 mil óculos, em 17 Estados brasileiros.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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