Conhecida por seus papeis na televisão e no cinema,
a atriz Maria Ribeiro lança em maio o livro Tudo o que eu sempre
quis dizer, mas só consegui escrevendo. A obra reúne mais de 80
mensagens sobre os mais diferentes temas – desde cartas para familiares e
antigos amores, a mensagens à Maria de 20 e 10 anos atrás.
Dentre os destinatários, encontram-se nomes
como Paulo Betti, Caio Blat, Steve Jobs, Winona Ryder, Lais Bodansky, Gregório
Duviver, Fernanda Lima e Mallu Magalhães, criadora da capa do livro. No campo
político, a autora endereça opiniões ao prefeito João Dória sobre a importância
do grafite em São Paulo, fala a respeito das acusações contra o ex-presidente
Lula, critica a postura do deputado Jair Bolsonaro e dá um recado a Marcelo
Crivella.
O feminismo marca grande parte dos textos da atriz,
que dispensa os parabéns no Dia da Mulher e troca as flores por equidade de
direitos e liberdade sobre o corpo feminino. “Precisamos ser mesmo muito
feministas por que ainda somos machistas”, afirma.
Em tom confessional, Maria Ribeiro divide a
intimidade familiar em cartas para a mãe, para o pai e para seus dois filhos,
João e Bento. De maneira franca, aborda sua polêmica saída do programa Saia
Justa em uma carta à companheira de sofá, Barbara Gância. Já o humor
dá as caras na ameaça de desfazer a amizade com Bruna Marquezine, caso ela
volte a excluir as fotos de Neymar das redes sociais, e quando pede para a
produtora Paula Lavigne desbloqueá-la do Instagram.
Nascida em uma família de classe-média alta, a
autora demonstra ao longo das páginas, como tomou consciência social com o
passar do tempo, ao perceber que a realidade dela destoava dentro de um país
tão desigual. Ela também reconhece outras tantas mudanças ao longo de seus 41
anos, como uma boneca russa que traz dentro de si muitas versões de si própria.
Em Tudo o que eu sempre quis dizer, mas só consegui escrevendo,
o leitor entrará em contato com a Maria Ribeiro mulher, filha, mãe, esposa,
atriz, escritora e amiga.
SOBRE
FICHA TÉCNICA
304 páginas | R$ 44,90
TRECHOS
Carta para Maria de 18
“Porque você não pede pra mudar de fase, você muda
e pronto, você que se vire. Ficam dois vocês tendo que caber em um de uma hora
pra outra. Então de repente você não tem mais nada a ver com as suas amigas do
colégio, nem tem vontade de fazer as mesmas coisas e nem de ouvir as mesmas
músicas”
Carta para Maria de 28
“Você acabou de ser mãe e de alguma maneira
isso lhe deu um sentido definitivo, de forma que mesmo as questões mais
difíceis agora têm uns intervalos de sofrência Maiara e Maraisa maiores. O
momento em que o Dida pegou seu filho e colocou nos seus braços foi definitivo.
Você tinha 27, mas ali o sentido disse “oi”. O sentido disse “oi”, e tá aqui
até hoje. Doze anos depois. Não é pouco. Você é mãe, Maria. Todo o resto
importa menos. Obrigada, João”
Carta para Fátima Bernardes
“Eu queria te pedir desculpas. Eu não queria ter
sido invasiva. Eu não queria ter dito o que disse. Quer dizer, que eu até
queria. Mas eu não podia. Eu não podia, perdão. A gente não é amiga. A gente
não é colega. A gente não é nada. Não é porque eu fui encontrar no seu programa
que se chama Encontro que eu posso te dar um abraço no meio de uma sapataria”
Carta para Eliane Giardini
“Eu achava que você me odiava. E eu, além do ciúme,
tinha pânico de te encontrar na rua. Eu te achava foda e gata e uma puta atriz
e uma mulher. Eu não me achava uma mulher de jeito nenhum. Não é que eu não me
achasse. Eu não era”
AUTORA
Maria Ribeiro cursou Jornalismo na PUC-RJ, mas logo
a carreira de atriz se impôs em trabalhos marcantes no teatro, no cinema e na
televisão. Em 2017, foi protagonista do longa-metragem Como nossos pais,
de Laís Bodanzky, pelo qual conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de
Gramado. Além de uma filmografia extensa, que inclui Tropa de
Elite (2007) e Tropa de Elite 2: o inimigo agora é outro (2010),
de José Padilha, na TV Maria integrou a bancada do programa de debates Saia
Justa, do canal GNT, de 2013 a 2016. Publicou em 2015 o livro Trinta
e oito e meio e estreia na Editora Planeta com Tudo o que eu
sempre quis dizer, mas só consegui escrevendo.
Fonte: Assessoria de Imprensa Editora Planeta
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