Guitarra distorcida, vozes ancestrais e um baixo que pulsa como alerta. “Não Mais Poços de Petróleo”, música-manifesto lançada nesta semana pelo Greenpeace Brasil, reúne Frejat, Xênia França e Thaline Karajá em um protesto sonoro contra a exploração de petróleo na Amazônia. A faixa, assinada por Carlos Rennó e Frejat, ganha as redes a poucos dias do leilão de 47 blocos na Bacia da Foz do Amazonas, marcado pela ANP para o próximo dia 17. Para assistir ao clipe, clique aqui.
“Essa canção é sensibilidade afinada com a ciência. Uma resposta artística à insanidade de perfurar a Amazônia enquanto o planeta clama por freio”, afirma Rennó. Frejat, que divide a autoria e participa com vocais e guitarra, reconhece o ineditismo do projeto em sua trajetória: “Não costumo fazer música ativista, mas esta era necessária. A questão é muito maior do que só a transição energética do Brasil, mas é a contribuição do Brasil para a transição energética global.”, afirma o músico que contou com um apoio conhecido no trabalho e ressaltou a importância das parcerias na canção: “Rafael Frejat, meu filho, me ajudou na produção musical Xênia e Thaline estão maravilhosas, cantando com muita força e muita personalidade”.
Combinando guitarra elétrica, a bateria inventiva de Marcelinho da Costa e o baixo de Maurício Almeida, a música constrói uma base tensa, quase cinematográfica, para o coro de vozes que exige freio imediato à exploração de combustíveis fósseis em territórios sensíveis. É arte que soa como aviso.
As interpretações femininas atravessam a faixa com força e lirismo. “Quando artistas se unem por uma causa, geramos consciência coletiva”, diz Xênia França. “A Amazônia está em risco. A arte mostra que há outras formas de existir: com cuidado, não dominação.” Já Thaline Karajá é direta: “A luta contra a exploração de petróleo na Amazônia é garantir um futuro verde para os nossos filhos.”
Gravado nos estúdios Dubrou (RJ) e Space Blues (SP), o videoclipe também possui imagens de lideranças indígenas, como Luene Karipuna, e ativistas como a bióloga e comunicadora Jessi Alves e as atrizes Laila Zaid e Yanna Lavigne, ampliando o alcance do manifesto. Imagens da floresta se misturam a registros de resistência.. O clipe transforma o protesto em linguagem visual e pública — uma tomada de posição contra os riscos impostos ao Grande Sistema Recifal da Amazônia, bioma ameaçado pelos planos de perfuração. “A exploração de petróleo na Foz do Amazonas representa uma ameaça significativa aos ecossistemas marinhos e aos modos de vida das comunidades costeiras.”, afirma a coordenadora da Frente de Oceanos do Greenpeace Brasil, Mariana Andrade.
A campanha também convida a população a assinar uma petição digital que pede o cancelamento do leilão e cobra dos governos uma transição energética justa e imediata. O vídeo está disponível nos canais do Greenpeace Brasil. Ações de divulgação do clipe foram realizadas, como projeções na Times Square (Nova York), assim como estão programadas ações urbanas em cidades brasileiras como Macapá, Belém, São Luís, Brasília e Itajaí.
Ficha técnica
Frejat - Voz e guitarra
Thaline Karajá - Voz
Xênia França - Voz
Rafael Frejat - Guitarra, violão, teclados, percussão e vocais
Maurício Almeida - Baixo
Marcelinho da Costa - Bateria
Letícia Pedroza | Murilo Santos | Day Duarte | Cozme - Vocal
Gravada e mixada no Estúdio Dubrou por Renato Muñoz, Frejat e Rafael Frejat
Voz Thaline gravada por Rodrigo Duarte
Voz Xênia França Gravada por Alexandre Fontanetti no Estúdio Space Blues
Masterizada por Ricardo Garcia no Magic Master
Sobre o Greenpeace Brasil
O Greenpeace Brasil é uma organização ativista ambiental sem fins lucrativos, que atua desde 1992 na defesa do meio ambiente. Ao lado de todas as pessoas que buscam um mundo mais verde, justo e pacífico, a organização atua há mais de 30 anos pela defesa do meio ambiente denunciando e confrontando governos, empresas e projetos que incentivam a destruição das florestas.
Fonte/Imagem-divulgação: Assessoria de
Imprensa
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