EXPOSIÇÃO COLETIVA INAUGURA ESPAÇO REPÚBLICA E TRANSFORMA PRÉDIO HISTÓRICO EM NOVO POLO DE ARTE NO CENTRO DE SP

 


A Avenida São Luís, centro de São Paulo, recebe um novo capítulo em sua história: a abertura da exposição coletiva que marca a inauguração do Espaço República. A mostra reúne obras de 22 artistas residentes que mantêm seus ateliês no prédio e propõe um mergulho na produção contemporânea que hoje pulsa no coração da capital paulista.

Com curadoria de Andrés Inocente Martín Hernández, pesquisador, crítico de arte e PhD, a exposição inaugura oficialmente os cinco andares do edifício icônico, agora dedicados integralmente à criação artística que vão de ateliês de produção a salas para cursos, passando por oficinas e um espaço expositivo profissional.

A exposição, que fica em cartaz até 20 de setembro, também é um gesto coletivo. “Essa mostra é um retrato vivo da potência artística que está sendo gestada aqui. É emocionante ver a diversidade de linguagens, materiais e propostas que surgem desse convívio diário entre artistas”, afirma o curador Andrés Hernández, que acompanha de perto a produção dos ateliês.

O prédio, com longa história familiar e comercial, começou sua transformação durante a pandemia. Com os conjuntos corporativos esvaziados no pós-pandemia, o artista e empreendedor Philip Haji-Touma, idealizador do projeto, decidiu abrir os andares para a criação.

“Eu via muitos artistas talentosos à procura de espaço para trabalhar, mostrar ou ensinar. Criei esse ambiente para suprir essas lacunas e formar um ecossistema que viabilize a produção artística como um todo, como um laboratório”, afirma Phil.

Hoje, o Espaço República abriga três andares de ateliês (privativos e coletivos), um andar para cursos e oficinas, e um andar expositivo com estrutura profissional. Mais do que alugar salas, o projeto oferece infraestrutura que inclui curadoria, apoio fotográfico, produção e montagem de exposições.

“É uma resposta concreta a um mercado que muitas vezes carece de espaços capazes de acolher projetos oferecendo estrutura organizada e profissional para viabilizar seus anseios artísticos”, completa Philip.

Entre os participantes está Gabriella Arantes, que apresenta três obras em diferentes linguagens. Para ela, a experiência sintetiza a força da coletividade: Nesta exposição consigo trazer diferentes modalidades artísticas que venho explorando, como gravura, cerâmica e pintura. Acredito na soma, sempre. Trocar experiências e discutir sobre arte nos fortalece a cada dia. O Espaço República me acolheu há quase seis meses e hoje percebo o privilégio que é estar em um hub com ateliês, curadorias, cursos e mentorias, num bairro onde tudo acontece.”

Já Sheila Kracochansky destaca o impacto do projeto no território. Para a artista, o renascimento do centro é visível: “O centro de São Paulo renasce em meio a suas arquiteturas, canteiros, calçadas e memórias. Nesse contexto, a criação de ateliês independentes em um único espaço adquire papel importante nesse renascimento. A presença de artistas independentes em um hub voltado às práticas contemporâneas é inspiradora, pois impacta diretamente o entorno, atraindo mais arte e artistas para o local.” Para a mostra, ela selecionou peças da série Híbridos em um corpo-território, que dialogam tanto com a obra modernista de Roberto Burle Marx quanto com as esculturas de Henry Moore.

O artista João Rietmann também ressalta como o prédio potencializa pesquisas artísticas que dialogam com o espaço urbano: “Meu trabalho investiga um corpo híbrido, em trânsito entre o orgânico e o artificial. Trazer o ateliê e essa pesquisa para a exposição, dentro desse espaço urbano, amplia o diálogo que venho buscando no meu processo. Esse núcleo cria possibilidades para a arte no centro de São Paulo. Ele ajuda a ativar o território, gera encontros e se estabelece como uma adição à rota cultural da cidade.”

“Mais do que uma exposição, o projeto pretende ser um hub artístico que acolhe, projeta e conecta artistas. Todo o trabalho foi concebido de forma colaborativa: grande parte da mostra e do ecossistema do Espaço República foi construída com a ajuda e indicações dos próprios artistas internos.

Além da exposição, o público poderá participar de ateliês abertos, visita guiada com o curador e rodas de conversa ao longo da programação, sempre de quinta a sábado.

Serviço Exposição de inauguração do Espaço República

Abertura: 28 de agosto, das 17h às 21h

Visitação:  29 de agosto a 20 de setembro

De quinta à sábado das 13h às 18h

Endereço: Avenida São Luís, 86 – República, São Paulo

Foto/crédito: Felipe Ghirello - Legenda: Exposição coletiva no Espaço República

Fonte: Assessoria de Imprensa

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