TEATRO GLÁUCIO GILL CELEBRA 60 ANOS COM DOCUMENTÁRIO NO FESTIVAL DO RIO 2025

 


Teatro Gláucio Gill, em Copacabana, celebra seus 60 anos de existência com um gesto de reconstrução simbólica que ficará eternizado. Durante a reforma entregue no início de 2025 pelo Governo do Estado, uma ausência inquietante veio à tona: não havia um acervo histórico organizado que reunisse cartazes, fotografias, programas e depoimentos das inúmeras montagens que passaram por ali. “Como comemorar seis décadas sem memória?”, indagou Rafael Raposo, ator, diretor e gestor cultural à frente do teatro nos últimos três anos.


Dessa constatação nasceu uma verdadeira caçada cultural. Equipes foram às ruas, convocaram artistas, ex-funcionários e produtores a contribuir com registros e lembranças. Houve até quem se capacitasse em curso no Arquivo Público para aprender a lidar com esse material. Aos poucos, formou-se um arquivo vivo, carregado de afeto, que hoje pertence ao Gláucio Gill e à cidade.


A trajetória desse resgate se transforma em Gláucio Gill – Um Teatro em Construção, documentário dirigido por Lea van Steen e Rafael Raposo, que estreia no Festival do Rio 2025, dentro da mostra Première Brasil: Retratos. Com 61 minutos de duração e alternando imagens em cor e preto e branco, o filme costura passado e presente em um espaço literalmente em obras, onde as paredes em transformação dialogam com a memória das grandes montagens.


Entre os depoimentos, destacam-se momentos de emoção como a fala de Marieta Severo, que revisita o legado de Aderbal Freire-Filho, homenageado com um camarim batizado em seu nome. O documentário também reúne nomes como o ator Mateus Solano, as autoras vencedoras do Shell Carla FaourJulia Spadaccini e Renata Mizrahi, o ator e encenador Bruce Gomlevsky, a atriz e diretora Inez Viana, o músico Pedro Baby e os atores e diretores Michel Blois Gustavo Gasparani, entre outros artistas que marcaram presença na história e no cotidiano do teatro.


Um dos marcos relembrados é a montagem de A Mulher Carioca aos 22 anos, dirigida por Aderbal no início dos anos 1990, um espetáculo de fôlego que se estendia por quatro atos, com cerca de cinco horas de duração, e que lotou temporadas, consolidando o Gláucio Gill como referência da cena carioca.


Mais do que um registro histórico, o documentário é também um retrato poético da relação entre o espaço físico e as memórias afetivas que o habitam, mostrando como a preservação cultural se constrói coletivamente.


Sessões no Festival do Rio


Quarta, 08/10 – 21h30 – Estação NET Rio 3 (sessão com apresentação)


Quarta, 08/10 – 21h30 – Estação NET Rio 2


Quinta, 09/10 – 14h00 – CineCarioca José Wilker 1


Sexta, 10/10 – 16h00 – Cine Santa Teresa


Fonte/Imagem-divulgação: Assessoria de Imprensa

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