Ondas de calor, secas prolongadas, enchentes devastadoras e florestas em colapso. A websérie documental SINAIS DA TERRA, produzida pelo Sesc São Paulo e disponível no YouTube, reúne depoimentos de grandes nomes da ciência, da arte e do ativismo para discutir o impacto das mudanças climáticas e os desafios que se impõem à humanidade.
Entre os episódios já disponíveis, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, propõe uma reflexão sobre a incerteza e a urgência de agir:
“Uma boa parte da nossa juventude hoje vive um problema grave de depressão do futuro, de não saber como ele vai ser. Antes, a gente se preparava para viver num mundo estabilizado em suas regularidades naturais. Isso mudou. Como é que a gente consegue se planejar para algo que a gente não consegue sequer imaginar como vai ser? O futuro é um pretexto para a gente fazer as coisas agora.”
Nascida e criada na Amazônia, Marina fala sobre a perda dos antigos códigos mitológicos que protegiam a natureza e a necessidade de reconstituir uma ética de cuidado. Para ela, cada instituição e indivíduo têm um papel essencial na reconstrução da esperança e da responsabilidade ambiental.
O líder indígena Ailton Krenak, referência fundamental do pensamento ambientalista contemporâneo, alerta para a gravidade do cenário e para a necessidade de reaprendizagem coletiva:
“Tudo indica que uma boa parte de nós não vai ficar viva nas próximas décadas diante dos eventos climáticos. Nós vamos ter que nos educar para entender o sinal da Terra. Ela é mestra e não vai dar segunda prova.”
O climatologista Carlos Nobre, um dos cientistas brasileiros mais reconhecidos no debate internacional, reforça a gravidade da crise e o risco dos chamados pontos de não retorno:
“Se a temperatura global ultrapassar os 2 °C, poderemos perder até 70% da floresta amazônica até 2100. Isso lançaria centenas de bilhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera. Chegar a 3 °C ou 4 °C significaria tornar grande parte do planeta inabitável, uma nova extinção em massa.”
Com 15 episódios, Sinais da Terra traz ainda depoimentos de Padre Júlio Lancellotti, Dráuzio Varella, Miguel de Barros, Luciana Gatti, Katiúscia Ribeiro, Paulo Artaxo, Ná Ozzetti, Uýra Sodoma, Amanda Costa, Carla Akotirene, Nei Xakriabá e Jorge Bodanzky. Cada episódio se constrói como um fragmento de uma narrativa maior, em que ciência, arte e espiritualidade se cruzam para interpretar — e reagir — aos sinais do planeta.
A estreia da série acontece em um momento simbólico: às vésperas da COP30, conferência global que reúne em novembro, em Belém (PA), lideranças de quase 200 países para discutir justiça climática e metas de redução de emissões. Enquanto o mundo busca respostas, SINAIS DA TERRA convida à escuta e à ação.
SESC SÃO PAULO
Com 78 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de mais 40 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões da educação e da cultura, com ações nas áreas físico-esportivas, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania, voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. Mais informações, sescsp.org.br.
SERVIÇO
SINAIS DA TERRA
Webserie de entrevistas
Direção: Alisson Sbrana
Plataforma: YouTube do Sesc São Paulo
Conteúdo: 15 episódios
Duração aproximada: 5 a 6 min cada
Classificação indicativa: Livre
Assista em youtube.com/sescsp
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Fonte/Imagem-divulgação: Assessoria de Imprensa –
Legenda: Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, em episódio da webserie “Sinais da Terra”. Foto: Sesc São Paulo.
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