Novos procedimentos utilizando alta tecnologia são apresentados com frequência na área da saúde suplementar, ao mesmo tempo, implantar essas tecnologias tem um custo muito alto. Como encontrar um meio-termo? Essa é a discussão que o médico Luiz Fernando Kubrusly, mestre e doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), vai trazer durante a sua palestra no 10º Seminário UNIDAS, no dia 29 de abril, em Brasília.
Para Kubrusly, é necessário promover a estratificação da utilização de um novo recurso tecnológico. Isso significa fazer uma análise dos novos procedimentos apresentados e identificar quem realmente pode se beneficiar com o uso dessas tecnologias. É importante pensar qual é o custo dessa nova solução; o universo de pessoas que ele atinge e em quem ele será utilizado. A principal reflexão é trazer a alta tecnologia para um recurso finito e entender quem são os candidatos beneficiados.
Em sua palestra, Kubrusly trará como exemplo prático o TAVI (transcatheter aortic valve implantation), que é um procedimento pouco invasivo, que permite a correção em uma redução no diâmetro da válvula aórtica, uma das quatro válvulas cardíacas. O TAVI é uma tecnologia cara, mas que cresceu muito no setor e tem sido muito utilizada. Inicialmente era aplicada apenas em pacientes de altíssimo risco, depois, com bons resultados, começaram a usar em pacientes de alto risco, depois médio e agora foi lançado para baixo risco, o que o cirurgião cardiovascular considera uma quebra de barreiras. "O TAVI é um exemplo típico que se for criado algum tipo de parceria, pode trazer um benefício muito grande tanto de economia, quanto de colocação e estratificação no paciente correto", acrescenta.
O médico acredita que o principal desafio na área da saúde suplementar é justamente envolver todos os participantes, como fonte pagadora, hospitais e médicos para criar essas parcerias que ainda não existem na área de alta tecnologia, gestão de saúde, médicos e hospitais. "Esse é o grande benefício do Congresso UNIDAS, é a hora que você consegue colocar médicos, hospitais e operadoras de autogestão em uma mesma área, trabalhando para um só fim", finaliza.
Sobre:
10º Seminário
O 10º Seminário UNIDAS será realizado nos dias 29 e 30 de abril, no Windsor Plaza Hotel, em Brasília, no Distrito Federal. Ao promover o seminário anual, a UNIDAS proporciona a difusão de conhecimento, a troca de informações e o debate de experiências em gestão de saúde para estimular a reflexão com todos os agentes do segmento, proporcionar relacionamento entre as filiadas, seus gestores e os representantes do mercado.
UNIDAS
A UNIDAS - União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde é uma entidade associativa sem fins lucrativos, representante das operadoras de autogestão do Brasil. A autogestão em saúde é o segmento da saúde suplementar em que a própria instituição é a responsável pela administração do plano de assistência à saúde oferecido aos seus empregados, servidores ou associados e respectivos dependentes. É administrado pela área de Recursos Humanos das empresas ou por meio de uma Fundação, Associação ou Caixa de Assistência – e não tem fins lucrativos. Atualmente, a UNIDAS congrega cerca de 120 operadoras de autogestão responsáveis por prestar assistência a quase 4,7 milhões de beneficiários, que correspondem a 11% do total de vidas do setor de saúde suplementar. É entidade acreditadora chancelada pelo QUALISS, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio do programa UNIPLUS.
Serviço
10º Seminário UNIDAS – Gestão das informações em saúde como estratégias para tomada de decisão
Palestra: Alta Tecnologia x Recurso Finito. O que fazer?
29 de abril, 16h30 às 17h30
Local: Windsor Plaza Hotel – Brasília-DF
Mais informações: http://10seminario.unidas.org.br/
Fonte: Assessoria de Imprensa
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