Em pé, na banheira ou com tinta verde. Conheça
algumas manias bizarras dos maiores nomes da literatura universal:
10)
Douglas Adams: à base de Pink Floyd
NASCIMENTO 11 de março de
1952
MORTE 11 de maio de 2001
PAÍS Inglaterra
OBRA MAIS FAMOSA O
Guia do Mochileiro das Galáxias
Adams gostava de escutar música
enquanto trabalhava. “Shine On You Crazy Diamond”, do Pink Floyd, tocou à
exaustão enquanto ele escrevia O Guia do Mochileiro das Galáxias. Já na
época da continuação O Restaurante no Fim do Universo, o vício foi “One
Trick Pony”, de Paul Simon. Amigo de David Gilmour, do Pink Floyd, Adams
batizou o último álbum de estúdio da banda, The Division Bell(1994).
9)
George R. R. Martin: um gibi para espairecer
NASCIMENTO 20 de setembro
de 1948
PAÍS EUA
OBRA MAIS FAMOSA As
Crônicas de Gelo e Fogo
E quando dá aquele branco e a
inspiração não vem? A solução do autor dos livros que geraram a série Game
of Thrones é ler algumas das centenas de HQs em seu acervo particular. Fã
da Marvel, Martin até mandou uma carta para a editora, em 1964, aos 16 anos. Em
uma entrevista recente, disse que, se pudesse, gostaria de escrever histórias
para o Doutor Estranho.
8) Stephen
King: começando bem o dia
NASCIMENTO 1947
PAÍS EUA
OBRAS MAIS FAMOSAS Carrie,
a Estranha, O Iluminado e A Torre Negra
Todas as manhãs (inclusive
sábados, domingos e feriados), King caminha de 3 a 5 km. E, no trajeto, já
define o que vai escrever naquele dia. Ao voltar para casa, toma um copo de
água gelado (ou uma xícara de chá) e, a partir das 8h30, começa a trabalhar.
Cumpre uma cota mínima de produção: todo dia, tem que escrever ao menos dez
páginas. Às tardes, prefere descansar e ler cartas dos fãs. As noites são
reservadas à leitura, à família e aos jogos do time de beisebol Boston Red Sox.
7) Dan
Brown: mente sã, corpo são
NASCIMENTO 22 de junho de
1964
PAÍS EUA
OBRA MAIS FAMOSA O
Código da Vinci
Brown é um
“madrugador” mais radical que Stephen King. Ele acorda às 4h e faz
ginástica. Às 5h, começa a escrever, mas, de hora em hora, faz uma pausa. Só
que esse “descanso” é uma série de flexões, abdominais e alongamentos! Segundo
o escritor, os exercícios o ajudam a manter “o sangue e as ideias em constante
movimento”.
6)
Honoré de Balzac: imagine o bafo!
NASCIMENTO 20 de maio de
1799
MORTE 18 de agosto de 1850
PAÍS França
OBRAS MAIS FAMOSAS A
Comédia Humana e Ilusões Perdidas.
O autor de A Mulher de
Trinta Anos, livro que inspirou o termo “balzaquiana”, era viciado em café.
Chegava a consumir 50 xícaras por dia! Ou até mastigava um punhado de grãos
como se fossem amendoins. Vícios são comuns entre gênios das palavras: James
Joyce (Ulysses) era apaixonado por chocolate e Mark Twain (As Aventuras de Tom
Sawyer) só escrevia fumando charuto, por exemplo.
5)
Paulo Coelho: assina ou morre!
NASCIMENTO 24 de agosto de
1947
PAÍS Brasil
OBRAS MAIS FAMOSAS O
Alquimista e Brida
O autor não
aceita mais participar de noites de autógrafo. Criou um trauma depois
que foi ameaçado por uma multidão enfurecida com o anúncio do fim de uma feira
de livros, em Buenos Aires, e por um “admirador” que puxou um revólver na hora
de exigir sua assinatura, em Zagreb, na Croácia. Em ambos os casos, Coelho
atendeu ao público.
4)
Alexandre Dumas: síndrome de Adão
NASCIMENTO 24 de julho de
1802
MORTE 5 de dezembro de 1870
PAÍS França
OBRAS MAIS FAMOSAS Os
Três Mosqueteiros e O Conde de Monte Cristo
Para se forçar a trabalhar até
concluir um livro, ele entregava todas as roupas a um criado. Assim, não
poderia sair de casa (a não ser que curtisse um passeio pelado!). Ele também
gostava de acordar cedo, sentar-se debaixo do Arco do Triunfo (um dos principais
cartões- postais de Paris) e devorar maçãs. Dumas adorava qualquer forma
da fruta: pura, em compota, em geleia, em cidra…
3)
Victor Hugo: o rei das varizes
NASCIMENTO 26 de fevereiro
de 1802
MORTE 22 de maio de 1885
PAÍS França
OBRAS MAIS FAMOSAS O
Corcunda de Notre Dame e Os Miseráveis
Em pé, apoiado em uma mesa e na
frente de um espelho. Era assim que ele gostava de escrever. A mania começou na
Ilha de Guernsey, na Normandia, para onde se mudou em 1851, quando Napoleão III
assumiu a França. Goethe (Fausto), Virginia Woolf (Mrs. Dalloway) e a novelista
Gloria Perez também são exemplos da “literatura vertical”. Trabalhar de pé
parece cansativo? Marcel Proust, Truman Capote e George Orwell concordam: eles
só conseguiam escrever deitados.
2)
Pablo Neruda: a cor da esperança
NASCIMENTO 12 de julho de
1904
MORTE 23 de setembro de
1973
PAÍS Chile
OBRA MAIS FAMOSA Cem
Sonetos de Amor
Na autobiografia Confesso
Que Vivi, o poeta chileno revelou que só conseguia usar tinta verde (um símbolo
de sua fé em um futuro melhor). Jamais escrevia com azul, preto ou vermelho.
Durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), deixou um poema inacabado só
porque seu estoque de tinta verde acabou. Dez dias depois, quando chegou uma
nova provisão, Neruda já havia perdido a inspiração e preferiu não retomar a
obra.
1) Agatha
Christie: banho de inspiração
NASCIMENTO 15 de setembro
de 1890
MORTE 12 de janeiro de 1976
PAÍS Inglaterra
OBRA MAIS FAMOSA Assassinato
no Expresso do Oriente
Durante anos, repórteres
britânicos pediram para fotografar Agatha no trabalho, em sua escrivaninha. Mas
ela nunca aprovou a ideia. O motivo só veio a público em sua autobiografia,
lançada postumamente em 1979. Nela, a autora revela que não usava escrivaninha.
Aliás, sequer escrevia na sala ou no quarto. Ela entrava na banheira, cheia de
água morna, e lá bolava suas histórias. “O lavatório com tampo de mármore era
um ótimo lugar para escrever”, confessou. Apaixonada por água, ela até surfou
durante uma viagem para o Havaí com o marido, em 1922. (Outro grande fã de
trabalhar na banheira? O poeta brasileiro Vinicius de Moraes).
FONTES Livros Autobiografia,
de Agatha Christie, A Vida Secreta dos Grandes Autores, de Robert
Schnakenberg, Confesso Que Vivi, de Pablo Neruda, Sobre a Escrita, de
Stephen King, e Os Segredos dos Grandes Artistas, de Mason Curre
Link: Design do Escritor
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