A precisão
das agulhas e o olhar cuidadoso de Verginia Piva de Andrade dão vida e cor a
paninhos de prato, toalhas de banho e mesa e fraldas de bebê. Aos 83 anos, a aposentada – moradora de Osasco, São Paulo
– executa com primor a arte de bordar tecidos aprendida ainda criança. São
flores, frutas, bichinhos e uma variedade de desenhos que servem de inspiração.
Os bordados sempre chamaram atenção dos amigos e vizinhos; com o delicado
ofício, conquistou uma clientela para vender o trabalho artesanal
e ganhar uma renda extra que complementa o salário mínimo que recebe da
aposentadoria.
Contudo, em
2017, a aposentada se viu desmotivada a exercer a atividade, que exigia plena
visão. “Minha mãe sempre foi muito ativa e a dificuldade em enxergar impedia
que continuasse a atividade. Por um tempo, mesmo sem ver direito, ela insistia
e usava apenas as agulhas de crochê, que são maiores. O ponto saia errado e ela
falava que estava envelhecendo dia a dia. Era muito triste vê-la naquela
situação”, relata a filha Nilva Piva.
Verginia
foi diagnosticada com catarata, doença responsável
por 51% dos casos de cegueira no mundo, sendo a população acima dos 50 anos a
de maior incidência da catarata senil – um
processo natural de envelhecimento do cristalino e que pode ser completamente
reversível com a cirurgia. Segundo dados do World
Report on Disability, a cada cinco segundos, uma pessoa se torna cega
no mundo; até 2020, estima-se que o número de pessoas com deficiência visual
poderá dobrar.
Com a venda
dos bordados, a aposentada chega a ganhar em média R$ 600 por mês. O valor fez
falta no orçamento e a família buscou pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o
tratamento, mas a demora na fila – a previsão era de um ano nessa lista de
espera – obrigou a família a buscar atendimento particular para devolver o
prazer de bordar de Verginia Piva. Após a cirurgia feita
na Central da Catarata, a aposentada recuperou a
visão; o ofício que complementa a renda; e a alegria de viver.
Impacto
da saúde ocular na capacidade de
gerar renda
O
acesso ao atendimento médico oftalmológico é
decisivo para alterar as condições de saúde ocular da população. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) aponta que se houvesse um número maior de ações efetivas
de prevenção ou de tratamento, 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados.
A catarata também atrapalhou os planos financeiros de
Antônio Dionísio do Nascimento, dono de uma pequena mercearia em Ilha Comprida,
litoral de São Paulo. Sem conseguir enxergar direito contratou uma pessoa para
ficar em seu lugar, gerando um gasto não previsto no negócio. Após aguardar um
ano na fila de espera do SUS, devido a diabetes alterada, foi informado na
última avaliação médica antes da cirurgia de catarata que teria que voltar
para o final da fila e recomeçar os procedimentos e exames para poder realizar
a cirurgia.
A solução
foi buscar atendimento particular. Em uma semana, por meio da Central da Catarata, o comerciante fez a correção da opacidade do
cristalino. “Meu pai não enxergava nada, precisava andar com apoio de algum
parente e não conseguia nem dirigir, coisa que sempre amou fazer. Quando ele
fez a cirurgia, tudo se renovou, não só a visão, mas
ele curou a depressão e se tornou ativo, pois voltou a trabalhar. Meu pai é um
novo homem", revela a filha, Andréa do Nascimento.
“O trabalho é a principal fonte de sustento das famílias e só
de pensar em ficar afastado por problema de saúde já tira o sono de muita
gente. A catarata é completamente reversível e os
familiares são um fator importante para ajudar o paciente a buscar auxílio. Contudo,
a visão é algo que só a própria pessoa detecta. Ninguém consegue perceber o
quão ruim está a visão do outro indivíduo. Por isso é importante sempre
procurar incluir o oftalmologista na rotina médica”, esclarece Guilherme de
Almeida Prado, fundador da Central da Catarata,
negócio de impacto social que dá acesso a cirurgia à
população de baixa renda.
Com Valder
Bastos dos Santos, que encarna a drag queen Tchaka, a situação
não foi diferente. O ator – que reside em São Paulo – conta como a catarata atrapalhava sua vida profissional nos palcos. “Trabalho muito com o corpo, voz e visão. Antes de fazer
a cirurgia eu precisava da ajuda das produtoras
para me posicionar no palco, além disso nas apresentações, cerimônias e
coletivas de imprensa que precisava ler algo tinha inúmeras dificuldades”,
diz.
Para
solucionar o problema, oficializou a união com o companheiro – com quem vivia
há 18 anos – para aderir ao plano de saúde do
marido. Contudo, a demora para realizar a cirurgia mesmo
pelo plano de saúde fez com que buscasse alternativa mais rápida; pela
internet, encontraram a Central da Catarata.
“Quando
tirei o tampão do olho, após a cirurgia, meu marido
me levou para a janela para ver o máximo de cor possível. Ali eu chorei muito
em poder voltar a ver cada detalhe que a gente
passa, as vezes, despercebido: um pôr do sol, uns cílios, uma borboleta, uma
calça justa, um boy passando. É sensacional poder enxergar as cores dessa vida
linda que a gente tem. A Central da Catarata foi
um marco que me auxiliou positivamente para que que pudesse realizar a cirurgia com conforto, segurança e rapidez”, comemora.
Sobre
a Central da Catarata
Maior
central de agendamento de cirurgia de catarata do país, a Catarata tem o objetivo de
garantir acesso das pessoas de baixa renda à cirurgia de catarata. Fundada em 2017 pelo empreendedor Guilherme de
Almeida Prado, o negócio social já realizou mais de 500 procedimentos para
correção da opacidade do cristalino. A iniciativa conta com três clínicas
afiliadas em São Paulo, todas com centros cirúrgicos próprios: Instituto da
Visão (IPEPO); Clínica Oftalmológica Guarnieri e Hospital de Olhos de São Paulo
(HOSP). O processo de afiliação das clínicas é norteado por três pilares:
médicos formados nas melhores universidades; clínicas com mais de 20 anos de
experiência; e especializadas em catarata.
Como
negócio de impacto social, a Central da Catarata tem
viabilizado cirurgias a preços mais acessíveis e condições facilitadas de
pagamento. No pacote estão incluídos os custos com equipe médica, sala
cirúrgica, exames oftalmológicos, lente intraocular e consultas
pós-operatórias. Esse custo é possível mediante uma estratégia simples:
utilizar horários vagos nesses centros de excelência oftalmológica para atender
a população de menor renda. Em 2019, a expectativa é chegar à marca de mil
procedimentos www.centraldacatarata.com.br
Fonte/Imagem-reprodução/divulgação: Assessoria de Imprensa
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