A primeira edição de 2020
da Revista
29HORAS já está disponível para retirada gratuita nos
terminais de embarque e desembarque dos
aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont
(RJ). Neste mês, as celebridades de destaque são Ivete Sangalo e
Jesuíta Barbosa, que estampam as capas de São Paulo e Rio de Janeiro,
respectivamente. Nesta edição é possível
conferir uma matéria especial sobre a cidade de São Paulo, que neste ano completa 466 anos, além de saber quais são as
principais atrações e dicas para quem está passando pela quinta maior ponte
aérea do mundo.
Edição paulistana – Ivete Sangalo
Nascida em Juazeiro, na
Bahia, Ivete Sangalo é uma pessoa completamente enérgica e carrega o Axé nas veias. Além de ser
um símbolo do Carnaval brasileiro, ela é, sem
dúvidas, uma das maiores artistas do nosso
país. No entanto, sobre esse assunto ela deixa claro que não gosta de comparações. O que
importa é incluir todo mundo na sua música. “Se
relacionar bem é empatia. Eu quero ser
respeitada e ouvida por todos, então me esforço para perceber as outras pessoas também”, diz.
Em 2020 a musa completa 27
anos de carreira, com uma coleção interminável de sucessos que dialogam com o Brasil.
Exemplo disso é o hit
“Festa”, um gatilho de felicidade que traz à
tona lembranças do pentacampeonato da
Copa do Mundo de 2002,
por ter sido a música de comemoração do troféu em diversas mídias,
inclusive na televisão. “Nunca imaginava cruzar as
fronteiras da Bahia, a música que eu faço é original de onde venho.
Então me deixa honrada ser compreendida e acolhida
pelo país, ainda mais em clima de união”, conta.
E Ivete não ultrapassou somente as fronteiras da Bahia, como também
as do Brasil. Seu repertório, com mais de 300 canções, inclui parcerias com diversos artistas
internacionais, como Nelly Furtado, Alejandro Sanz e Dave Matthews Band. Ela
também já foi reconhecida em mais de 150
premiações dentro e fora do Brasil, como o Grammy Latino. “Vejo que a minha música mexe com as
pessoas”, afirma.
Atualmente, “Veveta” enfrenta
uma agenda intensa com dez shows por mês, e concilia os seus compromissos
com o The Voice Brasil, reality show da Rede
Globo em que atua como jurada desde 2018. Na última edição,
ela dividiu o júri com Michel Teló, Iza e Lulu
Santos, na seleção e aconselhamento dos
participantes. Para os novos talentos que almejam o sucesso
no mundo da música, a cantora deixa um recado: digo para terem uma postura
honesta com todo mundo, seja com o público, com
os jurados e com outros artistas. As pessoas lembram disso, você acaba colhendo
a honestidade”.
No mês que vem, como de costume nos últimos 27 anos, Ivete está
se preparando para arrastar multidões no Carnaval de Salvador. Ela é atração no bloco Coruja, nos
dias 22, 23 e 24, e também terá um camarote próprio para convidados no circuito
Dodô (Barra-Ondina). “No Carnaval, não tem jeito, eu não saio de lá. Curto muito as festas do Rio, de Sampa e de Olinda, o Carnaval é diverso
e traz muitos estilos. Mas abraçamos a rota de Salvador há muito tempo e não tenho
planos de sair de lá. É a minha casa”, diz. E para finalizar, a cantora diz
que o ano só começa de fato
depois dos festejos, e declara: “o melhor jeito de passar o Carnaval é comigo!”.
Edição carioca – Jesuíta Barbosa
Com apenas 28 anos, Jesuíta
Barbosa já se consagra como um grande ator no cenário brasileiro. O seu mais recente papel na televisão, o Jerônimo de Verão 90 (novela da Rede Globo exibida entre os meses de janeiro e julho de 2019),
rendeu-lhe o prêmio de Melhor Ator de Novela no
Troféu Domingão Melhores do Ano
2019. No entanto, ele conta que o seu
personagem, um vilão, desagradou a sua avó, que
deixou de assistir a novela por conta das
maldades de Jerônimo. “Eu argumentei: ‘mas, vó,
tô fazendo a novela para a senhora ver’. E ela: ‘Não vou
ver mais isso, não. Nojento!’. Ela acabou comigo, foi engraçado”.
No entanto, a revolta da
avó de Jesuíta (ou Jesus, como é apelidado pela família e amigos) e o prêmio de Melhor Ator de Novela é reflexo de um trabalho feito com maestria e entrega total na
construção dos personagens. Há 11 anos trabalhando
como ator, ele coleciona uma série de trabalhos
no teatro, na televisão e no cinema. Um dos mais
recentes é o musical
“Lazarus”, último trabalho do cantor inglês
David Bowie, falecido em 2016. “Eu cantei na peça e não acreditava
que poderia cantar bem daquele jeito no palco.
Também pintei o cabelo de loiro,
talvez para me aproximar do personagem,
ou do Bowie mesmo”, conta.
Artista nato, ele defende a
arte como algo essencial para a vida. “É nela que a
gente encontra a dureza da busca pela verdade, pelos nossos demônios, a nossa
morada nesse planeta estranho e bonito ao mesmo tempo. Arte consolida
disparidades, a beleza, a feiura, os medos e a coragem. Possibilita uma leveza
ao nos livrar da ignorância, da verdade única estabelecida pelas instituições
sociais e religiosas, porque questiona. Ir ao cinema e sair de lá completamente mudado, ouvir uma música que nos
transforme, são provas de sua
força”, reflete.
Muito ligado a questões de gênero, Jesuíta conta que deu os seus primeiros passos
como ator no coletivo “As Travestidas” – trabalho que foi
essencial para a sua trajetória. “O coletivo me
possibilitou uma salvação; fazer o contrário do que o mundo pré-datado,
ditado pelo Estado e pela Igreja, costuma impingir. Foi a partir d’As
Travestidas que passei a entender o feminino. E
entendi, nessa sociedade extremamente machista e violenta, que existe uma
beleza e grandiosidade no feminino. Ela é tão absurdamente grande e fantástica que precisa ser
condenada pela sociedade, porque do contrário
ela toma para si o poder. O feminino é a energia mais poderosa do mundo”,
afirma.
Na situação atual
que o país se encontra, o ator
lamenta a censura que a arte vem sofrendo e desabafa: “quando souberem
que educar é conhecer a ciência, quando
começarmos a discutir gênero e entender as diferenças de sexualidade,
a sociedade será menos doente e mais acolhedora. A gente tem um déficit gigante
na educação, e não apenas em
termos de sexualidade. Hoje, por exemplo, o acesso à arte tem sido restringido. Há cortes de incentivo ao audiovisual e a censura está dando as
caras novamente no nosso país”.
Clicando no hiperlink Revista
29HORAS é possível conferir
a íntegra das edições de São Paulo
e Rio de Janeiro.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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