MAM SÃO PAULO AMPLIA SUA PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA DE NOVEMBRO A PARTIR DO PROTAGONISMO NEGRO

 

Ao longo de novembro, o Museu de Arte Moderna de São Paulo traz ao público atividades educativas online e presenciais pensadas a partir do protagonismo negro de artistas, curadores, educadores e pesquisadores. A programação inclui diversas experiências de saberes pedagógicos e artísticos para todas as idades.

Entre as atividades propostas pelo MAM Educativo, destacam-se a live de narração de história, um panorama virtual sobre o recorte do acervo do MAM São Paulo com foco na produção de autoria negra brasileira, e encontro online que relaciona o museu e seus públicos a partir de temas como negritude, branquitude, anticolonialismo e democracia.

Ao longo do ano, a programação educativa do MAM trabalha a intersecção das artes com eixos temáticos que fomentam a produção cultural plural e diversa. Propostas que abarcam as culturas da infância, populares, de rua, gêneros e etnias povoam o museu por meio das ações promovidas pelo MAM Educativo.

Confira a programação:

Programa de Visitação | 20 de novembro, às 17h

Live em Libras com Leonardo Castilho

Eixo Tecnologias assistivas

Leonardo Castilho é surdo e, desde os 10 anos, ator, performer, educador, ativista, MC e produtor. É um dos idealizadores e responsável pela festa ‘Vibração’, pelo Bloco Vibramão - Carnaval, produtor da ‘Sencity Brasil’ e de festas para a comunidade surda de São Paulo, produtor executivo do Festival de Folclore Surdos, e produtor/artista do Festival Clin D'Oeil (França). Faz parte da empresa GDAF (EUA). Desde 2005 atua no setor Educativo do MAM São Paulo como educador, produtor de acessibilidade, assistente e professor dos cursos de Performance e Corposinalizante do Programa Igual Diferente. O projeto Corposinalizante recebeu o 1º lugar no Prêmio Darcy Ribeiro 2009 (IPHAN/MinC). É MC do Slam do Corpo e foi repórter em Libras para o canal Multishow no Rock in Rio 2017. Já interpretou músicas em libras no Palco Sunset dos shows de Liniker e Banda Baiana System no Rock in Rio e Auditório Ibirapuera.

Contatos com a arte | 24 de novembro, das 16h às 18h

Temáticas indígenas nas escolas: questões sobre interculturalidade, direitos humanos e socioambientais, com Daiara Tukano, Cristine Takuá, Luana Minari e mediação de Paula Berbert

Acessível em libras, com inscrição prévia (100 vagas)

Inscrição no link: https://mamsaopaulo.byinti.com/#/ticket/

Eixo Arte e Ecologia

Atividade sobre experiências práticas de ensino-aprendizagem das temáticas indígenas em ambientes educacionais formais e não-formais com apresentação de conhecimentos introdutórios sobre as múltiplas realidades dos povos indígenas no Brasil.

interculturalidade constitui um enorme desafio para os sistemas educacionais do Brasil, um país pluriétnico, em que vivem mais de 250 povos indígenas, falantes de aproximadamente 180 línguas diferentes. O apagamento da presença e da contemporaneidade dos povos indígenas ainda é marcante nos currículos escolares, mesmo com diversos instrumentos legais, como a própria Constituição de 1988 e, especialmente, a lei 11.645/2008, instituindo a obrigatoriedade do ensino de histórias e culturas indígenas na educação básica.

Para a mudança desse quadro é fundamental que se estimule a formação de educadores, criando condições para a ampliação dos saberes sobre os povos originários, a diversidade de suas cosmovisões e suas formas de bem-viver junto à natureza. Nesse sentido se faz necessário ainda problematizar nossas práticas de ensino-aprendizagem a partir dos valores dos direitos humanos e socioambientais.

Daiara Tukano é artista, ativista dos direitos indígenas e comunicadora do povo Yepá Mahsã, mais conhecido como Tukano. Estudou Artes Visuais na Universidade de Brasília, onde também se titulou mestre em Direitos Humanos. Suas práticas articulam as linguagens artísticas às práticas educativas e à comunicação em prol dos direitos indígenas. Nesse sentido destaca-se sua atuação como professora de artes na rede pública do Distrito Federal (2014 e 2017), e desde 2015 como coordenadora da Rádio Yandê, primeira web-rádio indígena do Brasil.

Cristine Takuá é professora e artista indígena do povo Maxakali. Formada em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista, ministra aulas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia na Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kua-I, (Terra Indígena Ribeirão Silveira, Bertioga - SP). É fundadora e diretora do Instituto Maracá e foi representante de São Paulo na Comissão Guarani Yvyrupa (2016-2019).

Luana Minari é professora e artista. Formada em Artes Visuais atua entre a educação e a arte desde 2004, quando começou a trabalhar como educadora em espaços de ensino não formal. Desde 2012 ministra aulas de artes visuais no ensino formal para os segmentos fundamental 1, 2 e ensino médio. No campo da educação possui experiência com formação de professores, coordenação pedagógica em projeto cultural e assessoria didático pedagógica para material didático. Integra o coletivo ocupeacidade: plataforma de produção e experimentação gráfica em processos autorais e colaborativos (oficinas e mutirões de cartazes); habita o Parquinho Gráfico (Casa do Povo/SP).

Paula Berbert é antropóloga e programadora cultural. É doutoranda no Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade de São Paulo, onde realiza pesquisa sobre arte indígena contemporânea. Atua nos campos da curadoria e mediação intercultural, articulando iniciativas de artistas e cineastas indígenas a equipamentos culturais e instituições ocidentais de arte. Tem experiência em comunidades pedagógicas formais e não-formais, especialmente nos temas da arte-educação, dos direitos humanos e socioambientais, das questões indígenas e feministas. É mestre em Antropologia (2017, UFMG) e especialista em Estudos e Práticas Curatoriais (2019, FAAP).

Contatos com a arte | 25 de novembro, às 16h

Acessibilidade cultural e Audiodescrição, com Bell Machado

Acessível em Libras, com inscrição prévia (100 vagas)

Inscrição no link: https://mamsaopaulo.byinti.com/#/ticket/

Eixo Tecnologias assistivas

O encontro propõe uma reflexão sobre a importância da arte para a formação cultural e a necessidade de políticas públicas que promovam a acessibilidade cultural e a convivência com a diversidade. Serão abordadas questões referentes ao conceito, objetivos e aplicabilidades do recurso de acessibilidade comunicacional da audiodescrição, assim como sua importância para pessoas com deficiência visual terem acesso às linguagens artísticas. A audiodescrição é o recurso que permite, por meio das descrições das imagens, a ampliação do repertório imagético e o desenvolvimento de novas relações simbólicas, tão fundamentais para a fruição das artes.

Bell Machado é audiodescritora, roteirista e narradora em museus, cinema e teatro. Formadora em cursos de audiodescrição na empresa Quesst Consultoria em acessibilidade e audiodescrição. Bacharel em Filosofia com mestrado em Multimeios no Instituto de Artes/Unicamp/SP.

Contatos com a arte | 26 de novembro, às 16h

Acervos falantes: MAM São Paulo com Claudinei Roberto

Acessível em libras, com inscrição prévia (100 vagas)

Inscrição no link: https://mamsaopaulo.byinti.com/#/ticket/

Apoio Itaú Cultural

O encontro visa realçar a importância dos museus enquanto equipamentos de educação e formação cidadã, e nesse sentido observar o que eles têm a nos dizer a partir de seus acervos. O curador e artista Claudinei Roberto abordará os diálogos possíveis entre o museu e seu público sobre questões essenciais como: negritude, branquitude, anticolonialismo e democracia.

Claudinei Roberto da Silva é artista visual e curador formado em Educação Artística pelo Departamento de Arte da Universidade de São Paulo. Em 2004 atuou como educador no MAC USP; em 2007 foi subcoordenador do Educativo da Fundação Bienal (27ª Bienal de São Paulo); em 2009-2010 foi vice-coordenador e coordenador interino dos Núcleos de Educação do Museu da Imagem e do Som de São Paulo/Paço das Artes SP; entre 2010-2013 foi coordenador de Educação no Museu Afro Brasil; entre 2013-2014, Coordenador Artístico-Pedagógico do projeto "A Journey through African Diaspora", do American Aliance of Museums/ Museu Afro Brasil/ Prince George African American Museum.

Sobre o MAM São Paulo

Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de áudio-guias, vídeo-guias e tradução para a língua brasileira de sinais. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

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Foto/crédito: Karina Bacci - Legenda: Contatos com a arte, encontro sobre Artistas negros/as no acervo do MAM São Paulo: um recorte temporal, com o pesquisador Deri Andrade, do Projeto Afro 

Fonte: Assessoria de Imprensa


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