Para entender
as formas mais comuns de violência, a ESET buscou informações de uma das mais importantes
campanhas, o projeto colaborativo global Take Back The Tech!, que incentiva as mulheres
a dialogar sobre violência online.
Abaixo, as três principais formas de agressão virtual:
Chantagem: ocorre
quando um indivíduo ou grupo ameaça revelar informações difamatórias ou nocivas
sobre uma pessoa se um determinado preço não for pago. Em muitos casos, o
pagamento não é monetário, mas pode incluir favores sexuais ou controle
emocional sobre a pessoa afetada. Um caso especial é o da vingança de
pornografia: quando alguém publica conteúdo como fotos ou vídeos sem o
consentimento da parte afetada, seja para provocar
humilhação ou vender o conteúdo a terceiros.
Assédio Virtual: como
o nome já diz, está relacionado ao assédio, a humilhação e lesões sofridas
durante do uso da mídia digital. Inclui a representação de identidade, a
criação de falsos perfis online e até a
vigilância através de spyware ou acesso a perfis de redes
sociais. Em muitos casos, os atacantes se escondem atrás do anonimato e incitam
a sua campanha de ódio através do uso de hashtags e publicações a serem
compartilhadas por grupos de pessoas. É conveniente bloquear o perseguidor e
tentar cortar os canais de comunicação imediatamente. No caso de continuar a
acontecer, as cópias das comunicações devem ser mantidas, não excluídas. Isto
irá legitimar o próximo passo: a busca das autoridades locais. Devido ao
aumento dos casos e ao fato de que mais e mais mulheres levantarem a voz, a
legislação está mudando para contemplar e dar
atenção a esses casos.
Discurso de ódio: qualquer
expressão que trivialize ou incite a violência com
base no gênero. Não deve ser confundido com a liberdade de expressão, que é um
direito universal, mas que tem limitações na medida em que entra em contato com
outros direitos. Na maioria dos países, o discurso de ódio é proibido quando
incentiva agressões ou ações prejudiciais. Um dos cenários mais repetidos está
relacionado ao discurso de ódio contra mulheres
jornalistas; especialmente quando falam de temas historicamente dominados por
homens, como esportes, jogos ou política.
"De acordo com um estudo com dados de 2012 a 2014,
41% dos casos de violência contra mulheres online foram perpetrados por alguém conhecido. Por esta
razão, é fundamental não ver a agressão virtual como um fenômeno separado, mas
como violência de gênero: muitos casos de
assédio virtual são gerados em um contexto de violência doméstica",
explica Matías Porolli, especialista em segurança informática de ESET América Latina.
Por fim, a ESET faz
algumas recomendações para segurança
tecnológica:
·
Use
senhas seguras e não as empregue em vários sites.
·
Para evitar
cair em ataques de phishing, não insira senhas ou dados pessoais em sites que
gerem desconfiança. Também evite clicar em links que provêm de e-mails
aparentemente falsos ou mensagens estranhas nas redes sociais.
·
É
importante ativar a verificação em duas etapas para acessar
e-mails ou redes sociais, para receber um
código especial sempre que quiser entrar de um dispositivo não reconhecido.
·
Evite
enviar informações sensíveis ou confidenciais de redes wi-fi públicas;
especialmente as abertas, de bares ou cafés, por exemplo. As redes domésticas
ou as 3G ou 4G de provedores de telefone são mais seguras. Você também precisa
ter certeza de navegar por sites confiáveis, que usem https. Eles são
reconhecidos pelo cadeado verde, você também pode usar uma extensão do
navegador, como HTTPS Everywhere, que criptografa as
informações de sites desprotegidos, tornando-as mais seguras.
·
Em
relação aos dispositivos móveis, recomenda-se usar um PIN ou código de
bloqueio para evitar o acesso físico a ele.
·
Use
criptografia de informações. Assim, as fotos, vídeos e outros conteúdos do
telefone não serão acessíveis sem a senha.
·
Excluir
informações de um dispositivo muitas vezes envolve mais do que apenas apaga-las
dele. Em alguns casos, as informações são carregadas automaticamente para a nuvem, portanto, também é necessário excluí-las de
lá.
·
Utilize
um software antivírus. Procure um bom e conhecido.
·
Ao
fazer sexting, é importante ter em mente que aplicativos de mensagens como o
WhatsApp criptografam mensagens de ponta a ponta, mas uma vez que é enviado, o
conteúdo não é apagado. O Snapchat permite o uso de publicações temporárias que
são excluídas após um tempo, mas nada impede alguém de tirar uma captura de
tela. Portanto, o aplicativo mais seguro é Confide, que exclui mensagens não
apenas de dispositivos, mas também de servidores depois de terem sido
visualizados e bloqueia tentativas de captura de telas. Além disso, é possível
se registrar com um e-mail, sem ter que inserir o número de telefone.
Para acessar mais informações sobre segurança informática,
visite o portal: https://www.welivesecurity.
Fonte/Foto-reprodução-divulgação: Assessoria de Imprensa
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