CLÁUDIA RAIA ESTRÉIA EM JOÃO PESSOA COM O MUSICAL PERNAS PRO AR





Musical será apresentado, dias 29 e 30 deste mês, no Teatro Paulo Pontes, em João Pessoa

Uma pacata dona de casa, bem casada, ainda jovem, muito certinha, daquelas que participam de reuniões do Rotary Club, vai à academia, cuida da casa e do marido, viaja para Miami nas férias e faz macramê. Esta é Helô, personagem interpretada pela atriz Cláudia Raia em seu novo musical, "Pernas pro ar", que será apresentado nos dias 29 e 30 deste mês, no Teatro Paulo Pontes, em João Pessoa. Mas a mulher exemplar está prestes a sucumbir à tentação de descobrir uma vida mais emocionante.

"Uma figura aparece para Helô, que não sabe se está sonhando, e diz ser um demônio. Ele vai tentá-la e avisar que ela está em uma encruzilhada - explica Cláudia Raia, completando que o suposto demônio avisa a Helô que "o inferno é lugar de gente medíocre".

Sem saber se está sonhando, Helô embarca em uma viagem sem sair de seu quarto, vivendo novas experiências.

"As pernas de Helô ganham vontade própria", adianta a atriz.

A viagem dentro do quarto de Helô é possível graças a cenários de alta tecnologia, criados por meio de projeções volumétricas.

Cláudia Raia conta que o espetáculo nasceu de um sonho.

"Sonhei com uma caixa dentro da qual eu contava histórias do universo feminino", contou.

Para o diretor Cacá Carvalho, a peça pode ser melhor definida como teatro musical.

"A dramaturgia anda junto com o canto e a dança", diz Carvalho. "A maioria das pessoas acha musical um gênero menor, banal. Mas não é quando tudo se integra e o público não tem aquela sensação de "ih, agora ela vai começar a cantar". É uma história contada e cantada - completa Cláudia.

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Trata-se de um projeto caro e ousado, por ser itinerante. Cláudia Raia viaja acompanhada por uma equipe de 53 pessoas e três carretas de 30 metros com equipamento, cenários e figurinos. Mas a atriz tem como objetivo popularizar o musical, apresentando a peça em todo o Brasil.

"Por que só fazer musical no eixo Rio - São Paulo? Quero ir a lugares inusitados, encontrar outras tribos, pessoas que nem costumam ir ao teatro", declarou Cláudia, também produtora do espetáculo.

Ela agora busca parcerias com governos e prefeituras para poder fazer apresentações gratuitas em lugares públicos. O Rio cedeu a Quinta da Boa Vista. Em Manuas, o espetáculo será apresentado em frente ao Rio Amazonas. Falta negociar com a prefeitura de São Paulo.

Segundo Cláudia Raia, quem já assistiu ao musical, saiu exclamando: "que diferente!".

"Era o que queríamos ouvir. Nós todos temos mais de 25 anos de carreira (referindo-se também ao diretor Cacá Carvalho, e Alonso Barros, coreógrafo e codiretor) e é uma benção surpreender o público a essa altura", disse.

O argumento da peça é de Luís Fernando Veríssimo, escritor que é fã de musicais. Cacá Carvalho costuma se dedicar a teatro experimental e aventura-se pela primeira vez na direção de um musical. Alonso Barros trabalha há 22 anos coreografando musicais na Europa.

editoração: júnior damasceno
Fonte: Jornal União

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