A Ciência está em todo lugar, na
natureza, na tecnologia, no trabalho, no lazer. Mas poucos notam essa presença
e importância. Frequentar museus e centros de ciência, a despeito da pouca
quantidade de aparatos do tipo no país, não é um hábito nacional. O Museu
Nacional do Rio de Janeiro, que foi destruído por um incêndio no último dia 03
de setembro e possuía um acervo de importância mundial, recebeu apenas 190 mil
visitantes no ano passado, número muito baixo quando comparado a outros museus
de igual importância pelo mundo.
“É uma questão que vai além da falta de investimento pela qual o museu
estava passando, é sobre tornar os brasileiros habituados a frequentar espaços
de ciência”, afirma Wilson Namen, o Wil, físico e integrante do Grupo Ciência
em Show.
A experiência do Grupo mostra que as pessoas têm curiosidade e se
interessam pelo tema. Uma das iniciativas realizadas pelo Ciência em Show é o
Pocket Museum, um museu interativo e itinerante destinado ao público
de qualquer idade que queira vivenciar a ciência de forma descomplicada e
divertida.
Projetado pelo arquiteto e designer gráfico Rodrigo Ohtake, o Pocket
Museum foi desenvolvido como uma fábrica de ideias que desperta o interesse e a
curiosidade. O visitante circula pelo ambiente com diversos experimentos
interativos distribuídos em estações e guiados por professores da área.
Durante o trajeto de 45 minutos é possível interagir com o Gerador de Van
de Graaff, Bobina de Tesla, Bolas de Plasma e até com uma câmera infravermelha
com tecnologia de ponta, capaz de revelar a radiação infravermelha. "A
ideia do Pocket Museum surgiu da nossa constante reflexão de como a ciência
ocupa todos os espaços e de como podemos torná-la mais evidente na vida das
pessoas. Esse projeto encanta com a ciência”, diz Ana Ralston, especialista em
inovação do Grupo Ciência em Show.
“As pessoas se emocionam e é muito comum vê-las
perguntando e relacionando o fenômeno observado com as atividades do dia a dia,
seja da casa, do trabalho e até mesmo dos conteúdos escolares. Isso só reforça
que a população tem interesse, mas não tem acesso. Quando a ciência vai até o
público de forma significativa e contextualizada, como no caso da exposição em
Shoppings, a aceitação é total. Esse é um ponto para se refletir até mesmo
enquanto política nacional”, conclui Wil.
A perda do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro é irreparável e motivo
de tristeza para o Brasil e o mundo. “A ciência é de todos e para todos. Não
deve ser praticada, em sentido amplo, apenas por cientistas, mas por todos os
cidadãos. É necessário um esforço generalizado, de cientistas e não cientistas,
para facilitar o acesso à ciência, seja em grandes museus ou em pequenas
iniciativas locais, contribuindo para a sua disseminação. Só assim vamos ver
museus cheios o ano todo e, no futuro, cidadãos mais engajados e atentos a
qualquer ação – ou negligência – que coloque em risco patrimônios dessa
magnitude”, conclui Daniel Ângelo, cientista integrante do Grupo Ciência em
Show.
Sobre o Ciência em Show (www.cienciaemshow.com.br) – Ensinar e
comunicar a ciência de maneira descomplicada e descontraída é o que o Ciência
em Show acredita e coloca em prática há 18 anos. Todas as propostas dos
cientistas formados pela USP são fundamentadas em sólidos referenciais teóricos
e trazem uma visão moderna do ensino, que aproveita espaços diversos para
facilitar a aprendizagem. Os professores Wilson Namen, Gerson Santos e Daniel
Ângelo e a pedagoga e especialista em tecnologia Ana Ralston conduzem o Ciência
em Show pela direção da inovação e da tecnologia com projetos na TV, internet,
editoras, espaços públicos e instituições de ensino.
Fonte/Fotos-reprodução/divulgação: Assessoria de
Imprensa
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