Nas escolas, as crianças permanecem horas em
espaços fechados, aprendendo a obedecer, apropriando-se de conteúdos muitas
vezes distantes de seus interesses. O trabalho
de Lea Tiriba aponta caminhos para uma educação comprometida
com a saúde das crianças e do planeta, buscando
concepções e práticas que religuem os seres humanos à
natureza e digam não ao consumismo e ao
desperdício.
Com base em extensa pesquisa de
campo e bibliográfica, a autora sugere o respeito às
vontades do corpo. Desencoraja o “emparedamento” das
crianças e propõe um aprendizado que reorganiza a
relação entre educadores e educandos, questionando a
centralidade das professoras no processo
pedagógico e propiciando o surgimento de relações horizontais.
Inspirando-se em pensadores
libertários, como Paulo Freire, Lev Vygotsky, Félix Guatarri,
Boaventura de Souza Santos, Leonardo Boff entre outros, a autora nos convida a
abraçar a solidariedade planetária. Em vez de cimento, paredes e grades,
uma perspectiva de futuro que permita o movimento dos corpos, para a
inventividade, a livre criação, a capacidade de escolhas e os
encontros que geram alegria.
Lea Tiriba é educadora ambientalista e professora na Escola de Educação da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), onde coordena o Núcleo
Infâncias, Natureza e Artes (NiNa) e o grupo de
pesquisa Infâncias, Tradições Ancestrais eCultura Ambiental (GiTaKa). É
graduada em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), mestre em Educação pela Fundação Getulio Vargas
(FGV) e doutora em Educação pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Faz parte do Movimento
Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (Mieib), do Movimento
Articulação Infâncias-RJ, do Fórum Permanente
de Educação Infantil do Rio de Janeiro
(FPEI-RJ) e da Associação de Educadores de América
Latina e Caribe (Aelac-Rio).
Serviço
EDUCAÇÃO INFANTIL COMO DIREITO E ALEGRIA- Em busca de pedagogias
ecológicas, populares e libertárias - Lea Tiriba
308
páginas
Editora
Paz& Terra
(Grupo
Editorial Record)
Fonte: Departamento de
Comunicação - Grupo Editorial Record
Postar um comentário