Durante a COP30, em Belém do Pará, a Selvagem apresenta o livro Manifesto pelo florescer da diversidade, dos antropólogos britânicos Jerome Lewis e Chris Knight, publicado pela Dantes Editora.
A obra será lançada em edições separadas — uma em português e outra em inglês — com tiragens voltadas à circulação internacional e a ações de visibilidade durante a conferência.
Ilustrado por mulheres indígenas das Escolas Vivas e por lideranças do povo Ashaninka, o livro traduz em palavras e imagens a visão de que o florescimento da diversidade é uma condição vital para a continuidade da vida na Terra.
O lançamento integra a programação paralela da COP30 e contará com diferentes eventos distribuídos ao longo da conferência, em locais como a COP do Povo, o Pavilhão da Ford Foundation (Zona Azul), a Cúpula dos Povos e o Museu das Amazônias, além de ações públicas durante a grande marcha prevista para 15 de novembro. Páginas do manifesto foram concebidas como cartazes destacáveis, em português e inglês, que circularão pelos espaços da cidade e nas áreas de credenciamento da conferência.
Segundo Anna Dantes, cofundadora da Selvagem, “trata-se de um manifesto que pode ser lido e também espalhado. Cada página é um convite a pensar outro modo de existência, um exercício de abundância num mundo que aprendeu a valorizar a escassez.”
“Enquanto o sistema econômico extrai da vida o que pode ser convertido em lucro, as comunidades tradicionais produzem abundância. A vida busca essa abundância o tempo inteiro, porque é da sua natureza florescer”, afirma.
Os autores Lewis e Knight, ambos ligados à University College London, são referências na antropologia contemporânea. Lewis dirige o Centre for Anthropology of Sustainability e o Flourishing Diversity Project, advoga para a valorização dos esforços de conservação indígenas, para suas terras e para uma melhor representação no uso de novas tecnologias. Knight é autor de Blood Relations: Menstruation and the Origins of Culture (Relações de sangue: menstruação e as origens da cultura), de 1991, e membro-fundador do Radical Anthropology Group, que oferece palestras semanais para disponibilizar gratuitamente ao público as pesquisas antropológicas mais recentes.
A publicação foi traduzida por Marina Matheus e conta com ilustrações de Cristine Takuá, Yaka Huni Kuin, Thais Desana, Larissa Baniwa, Sueli Maxakali, Moisés e Wewito Piyãko. O livro integra o conjunto de edições da Dantes Editora que compõem a constelação de saberes e experiências da Selvagem, rede que desde 2018 conecta conhecimentos indígenas, científicos e artísticos.
Presença na Conferência
Durante a COP30, serão distribuídos 1.000 exemplares em inglês e 500 em português, em parceria com a Ford Foundation, que apoiará as ações no espaço da Zona Azul. Paralelamente, livrarias parceiras — como a Travessa — exibirão vitrines dedicadas ao manifesto. “Estamos lançando este manifesto num contexto em que a própria ideia de diversidade precisa ser defendida como política vital”, afirma Anna Dantes.
“É um gesto simbólico e prático, porque propõe que o florescimento da vida depende da cooperação entre diferentes modos de existir. O livro nasce da escuta e da troca entre mundos: indígenas, científicos, poéticos e cotidianos”, descreve.
O Manifesto pelo florescer da diversidade reafirma a vocação da Selvagem de atuar como uma rede de aprendizagem e tradução entre mundos, além de cultivar projetos como as Escolas Vivas, o Grupo Traduções e os Cadernos Selvagem. Essas experiências expressam a convicção de que o conhecimento é também um campo de resistência, no qual a cultura se coloca como defesa da vida.
Como adquirir
A publicação pode ser adquirida no site da Dantes Editora e em livrarias parceiras. Cartazes e materiais visuais serão produzidos e instalados em Belém durante a COP30, espalhando, “aos quatro ventos”, o chamado que dá nome ao livro — um convite ao florescer da diversidade como ato ético, ecológico e urgente.
Ficha técnica:
Título: Manifesto pelo florescer da diversidade
Editora: Dantes
Autores: Jerome Lewis e Chris Knight
Tradutora: Marina Matheus
Ilustrações: Aza, Cristine Takuá, Larissa Baniwa, Thais Desana, Yaka Huni Kuin, Sueli Maxakali, Wewito Piyãko, Moisés Piyãko, Mongemba BaYaka e Selvagem Ciclo.
Idiomas: português e inglês
Número de páginas: 160
ISBN: 978-65-88069-10-3
Formato: 14 x 21 cm
Ano: 2025
Valor: R$ 59,90
Disponível no site: https://dantes.com.br/produto/ 5605/
Sobre a Selvagem – Selvagem Ciclo de Estudos é uma organização não governamental que envolve um ciclo de estudos sobre a vida, o movimento indígena das Escolas Vivas e uma rede colaborativa voltada a aprendizagens e traduções entre mundos. Desde 2018, nos dedicamos a estudar, compartilhar, registrar e apoiar saberes indígenas, compondo diálogos entre ciências e artes. Tudo o que a Selvagem cria é disponibilizado gratuitamente.
Suas ações são direcionadas para apoiar as Escolas Vivas, centros indígenas de transmissão de conhecimentos tradicionais, garantindo o repasse de recursos financeiros diretamente a cada escola e criando ações em conjunto. Todo esse movimento contribui para outros caminhos de educação, imaginando posturas regenerativas e não destrutivas de estar no mundo. A Selvagem é cofundada por Ailton Krenak, Anna Dantes e Madeleine Deschamps, e conta com uma rede de apoiadores filantrópicos e parceiros institucionais para viabilizar seu trabalho. No site da Selvagem é possível conhecer mais sobre o movimento e as formas de apoiá-lo.
Fonte/Imagem-divulgação: Assessoria de Imprensa

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